Justiça Eleitoral cumpre busca e apreensão contra Sergio Moro por ilegalidade em campanha
A decisão do Tribunal Regional, assinada por Melissa de Azevedo Olivas, juíza auxiliar do TRE-PR, atendeu pedido da Federação Brasil da Esperança no Paraná (organização formada pelo PT, PCdoB e Partido Verde).
A organização argumentou que os materiais impressos da campanha de Moro violam a legislação eleitoral, uma vez que o conteúdo descrito, busca "esconder" os suplentes do eleitor.
“Observa-se que nas redes sociais do Twitter, Instagram e no site oficial, indicados na inicial, o candidato sequer menciona o nome dos suplentes, em absoluta inobservância à legislação eleitoral. Quanto às demais redes sociais informadas, é evidente a desconformidade entre o tamanho da fonte do nome do candidato a senador relativamente a dos suplentes”, diz um trecho da decisão sobre os materiais de campanha de Moro.
A assessoria de Moro se manifestou por meio da seguinte nota: “A busca e apreensão se refere tão somente à, supostamente, os nomes dos suplentes não terem o tamanho de 30% do nome do titular. Todavia, isso não corresponde com a verdade. Os nomes estão de acordo com as regras exigidas, sendo assim, a equipe jurídica pedirá a reconsideração da decisão. A busca e apreensão foi feita na residência, uma vez que o endereço foi indicado no registro da candidatura. No local, nada foi apreendido.”
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Quem são os suplentes que Moro tenta esconder?: "O escolhido para primeiro-suplente no Senado, foi o advogado Luis Felipe Cunha, filiado ao União Brasil. Cunha firmou contratos milionários na Petrobras quando Moro era juiz na Lava jato e, agora, é acusado pelo Podemos - antigo partido de Moro - de querer receber R$ 60 mil sem contraprestação de serviços.
Com vários investimentos no banco BTG Pactual, Cunha declarou à Justiça Eleitoral um patrimônio superior a R$ 7,1 milhões. Amigo pessoal do ex-juiz há mais de uma década, hoje Cunha coordena a campanha de Moro ao Senado."
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"Para o cargo de segundo suplente foi escolhido o empresário Ricardo Guerra, que assumiria o mandato no Senado em caso de impossibilidade de Moro e Cunha. Diretor executivo do Grupo Guerra, ele é irmão do deputado estadual Luiz Fernando Guerra (União), e declarou ter mais de R$ 20 milhões em bens."
Fonte: GGN/Carta Capital
Imagem: reprodução/Foto: Lula Marques/Agência PT
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