'Vidas de dois milhões de palestinos estão nas mãos de um governo abertamente racista', diz documentarista Júlia Bacha [vídeo]
"o contexto agora é que a vida de dois milhões de pessoas dentro da Faixa de Gaza está nas mãos de um governo abertamente racista, com apoio completo do governo americano".
Assista:
Julia Bacha falando o que a mídia não tem coragem de falar: “O contexto agora é que a vida de dois milhões de pessoas dentro da Faixa de Gaza está nas mãos de um governo abertamente racista, com apoio completo do governo americano”.pic.twitter.com/aqpr06hanP
— Lázaro Rosa 🇧🇷 (@lazarorosa25) October 15, 2023
Leia também matéria da Reuters sobre o conflito no Oriente Médio:
GAZA/JERUSALÉM (Reuters) - O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu nesta domingo "demolir o Hamas", enquanto os militares israelenses se preparam para iniciar as operações de solo em Gaza, com o objetivo de erradicar o grupo militante, cujo mortal ataque em cidades da fronteira com o Estado judaico deixou a nação atônita.
Israel disse que os cidadãos da Faixa de Gaza devem ir para o sul, o que já foi feito por centenas de milhares de pessoas no enclave controlado pelo Hamas. A região abriga 2,2 milhões de pessoas, cerca de metade na própria cidade de Gaza.
Dentro do município, onde as condições de vida estão se deteriorando e as mortes de pessoas aumentando por conta dos bombardeios israelenses, civis disseram que não têm para onde fugir e que não estão seguros em nenhum lugar. O Hamas pediu que os cidadãos permaneçam onde estão.
Devido ao temor de que o conflito possa sair do controle, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, continua visitando países do Oriente Médio, em busca de evitar a escalada das tensões e assegurar a libertação dos 126 reféns que, de acordo com Israel, foram levados pelo Hamas de volta para a Faixa de Gaza.
Líderes árabes salientaram a importância de proteger os civis de Gaza. O presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, que tem a única fronteira viável com o enclave, disse estar negociando a chegada de ajuda humanitária e chamou as ações de Israel de punição coletiva.
Na fronteira com o Líbano, militantes do Hezbollah -- apoiados pelo Irã, que é inimigo regional dos israelenses -- entraram em conflito novamente com forças do Estado judaico neste domingo, realçando as preocupações de que a situação saia do controle na região.
Em ligação com o seu colega francês, o presidente do Irã, Ebrahim Raisi, alertou para uma possível escalada do conflito caso Israel ataque a Faixa de Faza, de acordo com a imprensa estatal iraniana.
Netanyahu convocou o gabinete expandindo de emergência de Israel, incluindo legisladores da antiga oposição, pela primeira vez neste domingo: "O Hamas pensou que iria nos demolir. Nós é que vamos demolir o Hamas", disse, acrescentando que as demonstrações de unidade "mandam uma mensagem clara para a nação, o inimigo e o mundo".
Israel está realizando o bombardeio mais intenso que a Faixa de Gaza já sofreu, em resposta à morte de 1.300 pessoas depois que combatentes do Hamas invadiram cidades israelenses no dia 7 de outubro. Eles atiraram em homens, mulheres, crianças e soldados, além de terem feito reféns. Foi o pior ataque contra civis da história de Israel.
O setor militar israelense contabilizou 279 soldados mortos na ação.
As autoridades de Gaza disseram que mais de 2.300 pessoas foram mortas nos ataques de retaliação de Israel até o momento, um quarto delas criança, e quase 10.000 ficaram feridas. Os hospitais estão com falta de suprimentos e lutando para lidar com o fluxo de feridos.
Via: 247
Imagem: reprodução/GloboNews
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