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sábado, 16 de dezembro de 2023

Al Ahly vence o Al-Ittihad e enfrentará o Fluminense nas semifinais do Mundial de Clubes

O Al Ahly venceu o Al Ittihad por 3 a 1 nesta sexta-feira (15), no Estádio Rei Abdullah, em Jedá, na Arábia Saudita, pelas quartas de final do Mundial de Clubes. Com este resultado, o Al Ahly enfrentará o Fluminense em uma das semifinais da competição. Maaloud, El Shahat e Ashour marcaram os gols da vitória do time do Egito, enquanto o astro francês Benzema, que perdeu um pênalti, descontou para os árabes. Confira os melhores momentos da partida.
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terça-feira, 15 de agosto de 2023

O que está por trás do acordo bilionário de Neymar com a Arábia Saudita

Publicado por Icaro Brum, no DCM: De acordo com o jornal francês L'Équipe, Neymar aceitou uma proposta do clube pertencente ao Reino da Arábia Saudita, e será jogador do Al-Hilal. O Paris Saint-German (PSG) receberá cerca de 90 milhões de euros (R$ 482 milhões) pela transferência.
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sábado, 12 de agosto de 2023

US$ 25 mil para Bolsonaro, leilão de joias da Arábia e venda de barco: as revelações de Cid em um só áudio

Publicado por Beatriz Castro, no DCM: Em apenas um único áudio obtido pela Polícia Federal, Mauro Cid revelou três assuntos que comprometem ele e outros aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na operação que investiga a venda ilegal de presentes oficiais.

www.seuguara.com.br/Mauro Cid/Polícia Federal/áudio/

Segundo informações do G1, entre os temas tratados no áudio está 25 mil dólares supostamente endereçados a Bolsonaro. Cid também fala sobre as tratativas para a venda de estátuas de palmeira e um barco folheados a ouro, recebidos pela comitiva brasileira durante visita oficial ao Bahrein em 2019.

Além disso, ele ainda menciona as negociações para levar a leilão um dos Kits recebidos na Arábia Saudita com relógio e joias masculinas.

O inquérito indica que a mensagem foi enviada por Cid ao assessor especial do Bolsonaro Marcelo Câmara.

www.seuguara.com.br/Mauro Cid/Bolsonaro/áudio/Polícia Federal/


Veja o que Mauro Cid disse sobre cada assunto:


25 mil dólares para Jair Bolsonaro

No áudio, Mauro Cid afirma que o pai, o general Mauro Lourena Cid, estaria com 25 mil dólares, "possivelmente pertencentes a Jair Bolsonaro", conforme a PF. O ex-ajudante de ordens diz ainda que está com medo de usar o sistema bancário para entregar o dinheiro ao ex-presidente e fala sobre a preferência por fazer a entrega em dinheiro vivo, ou "em cash".


"Tem vinte e cinco mil dólares com meu pai. Eu estava vendo o que, que era melhor fazer com esse dinheiro levar em 'cash' aí. Meu pai estava querendo inclusive ir ai falar com o presidente (...) E aí ele poderia levar. Entregaria em mãos. Mas também pode depositar na conta (...). Eu acho que quanto menos movimentação em conta, melhor né? (...)", questiona Cid.

Marcelo Câmara responde por mensagem de texto: "Melhor trazer em cachê".


Venda das esculturas de palmeira e barco

Na mesma mensagem, Cid relata a Marcelo Câmara que não conseguiu vender, nos Estado Unidos, as esculturas de palmeira e de barco, recebidas por Bolsonaro em visita ao Bahrein, quando era presidente.

De acordo com o ex-ajudante de ordens, a operação não foi concluída porque as peças não são de ouro maciço. Ele afirma que ainda tentava negociar com outro homem, não identificado. 


"(...) aquelas peças que eu trouxe do Brasil: aquele navio e aquela árvore; elas não são de ouro. Elas tem partes de ouro, mas não são todas de ouro (...) Então eu não estou conseguindo vender. Tem um cara aqui que pediu para dar uma olhada mais detalhada para ver o quanto pode ofertar (...) eu preciso deixar a peça lá (...) pra ele poder dar o orçamento. Então eu vou fazer isso, vou deixar a peça com ele hoje (...)", diz.


Leilão do Kit de joias de Bolsonaro

Em seguida, Cid fala com Marcelo Câmara sobre um "Kit", contendo um relógio, que ira a leilão no dia 7 de fevereiro de 2023.

Ele não detalha o Kit no áudio, mas, segundo a PF, ele se referia a caixa de joias masculinas recebida por Bolsonaro na Arábia Saudita, e que o Tribunal de Contas da União (TCU) ordenou que fosse devolvido à União poucos meses depois.

"(...) o relógio aquele Kit lá vai, vai, vai pro dia sete de fevereiro, vai pra leilão. Aí vamos ver quanto que vão dar (...), diz Cid.

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sábado, 5 de agosto de 2023

Mauro Cid tentou vender Rolex recebido por Bolsonaro

Por Yurick Luz, no Diário do Centro do Mundo: A Comissão Parlamentar de Inquérito Mista (CPMI) do 89 de janeiro analisa e-mails do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), negociando um relógio da marca Rolex recebido em uma viagem oficial. A informação é do jornal O Globo.
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quarta-feira, 22 de março de 2023

A nova desculpa de Bolsonaro para adiar entrega das joias e armas ao governo Lula

Por Ivan Longo, no Fórum: Nesta terça-feira (21), dia em que venceria o prazo determinado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) para que Jair Bolsonaro entregasse à Secretaria-Geral da Presidência do governo Lula as joias milionárias e armamentos recebidos em viagens ao Oriente Médio entre 2019 e 2022, a defesa do ex-presidente enviou um ofício à Corte na tentativa de ganhar mais tempo. O caso já é alvo de investigação da Polícia Federal.
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quinta-feira, 16 de março de 2023

Surreal: Eduardo Bolsonaro diz que escândalo das joias é culpa do PT

Por Henrique Rodrigues, no Forum: O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), assim como os dois irmãos mais velhos, não costuma economizar na, digamos, cara de pau quando precisa dar uma desculpa "oficial" para os fanáticos e extremistas seguidores de seu pai, a numerosa patota apelidada não muito carinhosamente de "gado". Só que desta vez, quebrando o silêncio sobre o escândalo das joias milionárias "dadas" pelo governo da Arábia Saudita e que o chefe do clã teria tentado surripiar, ele foi longe demais.
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segunda-feira, 13 de março de 2023

Os protagonistas do caso das joias milionárias sauditas

DW/Brasil: Desde que veio à tona no início do mês, o caso envolvendo joias apreendidas pela Receita Federal (RF) em outubro de 2021, no volta de uma viagem de uma comitiva do governo Bolsonaro à Arábia Saudita, ganha contornos cada vez mais curiosos. Inicialmente, os itens avaliados em R$ 16,5 milhões foram identificados como um presente do governo saudita à então primeira-dama Michelle Bolsonaro, que recusou ter conhecimento da cortesia.

www.seuguara.com.br/personagens/joias sauditas/

A revelação do episódio, porém, levou o atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, a enviar um ofício à Polícia Federal (PF) nesta segunda-feira (06/03) para apurar suspeitas de crime em uma séria de tentativas frustradas do governo Bolsonaro em reaver as joias. 

À medida que os detalhes do escândalo vêm à tona, mais personagens envolvidos vêm à tona. Veja quem são os principais nomes.


Michelle Bolsonaro, a ex-primeira-dama

A ex-primeira-dama afirmou que não sabia do certo presente e chegou a fazer piada nas redes sociais sobre as joias. Em sua primeira reação pública, Michelle disse: "Quer dizer que, 'eu tenho tudo isso' e não estava sabendo? Meu Deus! Vocês vão longe mesmo hein?! Estou rindo da falta de cabimento dessa vexatória impressa."


Marcos André Soeiro, militar que levou as joias 

Foi na mochila de Marcos André Soeiro, na época assessor do então ministro de Minas e Energia, Bento de Albuquerque, que as joias forma encontradas.

Segundo o documento da RF sobre o ocorrido no aeroporto de Guarulhos, o militar da comitiva de Bolsonaro disse não ter nada a declarar, mas, ao passar pela alfândega e ser solicitado por um fiscal a colocar sua mochila no raio-x, "observou-se a existência de joias". A bagagem foi então revistada, e os agentes encontraram um criado com um par de brincos, um anel, um colar e um relógio com diamantes da marca suíça Chopard. Os objetos foram compreendidos.

De acordo com o documento, o militar informou ao então ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque.


Bento Albuquerque, ex-ministro de Minas e Energia

Em uma primeira tentativa de liberar as peças, Bento Albuquerque alegou se tratarem de um presente para a então primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

Um ofício do gabinete do ex-ministro, ainda de 2021, pedia a liberação dos "presentes retidos", justificando ser "necessário e provisório que seja dado ao acervo o destino legal adequado".

Ao jornal Folha de S.Paulo, porém, o ex-ministro resistiu que sua equipe teria tentado trazer presentes caros para Michelle e que ele próprio teria tentado reaver as peças. 

"Eu já tinha passado pela imigração e pela alfândega [em Guarulhos] quando fui chamado de volta porque abriram a mala do Soeiro e descobrimos as joias. Não sabíamos do conteúdo. Achávamos que eram presentes convencionais, não joias", afirmou. 


Posteriormente, a assessoria de Bento Albuquerque afirmou que as joias seriam "presentes institucionais destinados à representação brasileira integrada pela Comitiva do Ministério de Minas e Energia - portanto, ao Estado brasileiro", e que, em decorrência, "o Ministério de Minas e Energia adotaria as medidas cabíveis para o correto encaminhamento legal do acervo recebido". 


Fabio Wajngarten, ex-chefe da Secretaria de Comunicação Social

Após a revelação do caso, o ex-chefe da Secretaria Especial de Comunicação Social Fabio Wajngarten tentou justificar o caso através de um documento divulgado nas redes sociais onde o governo Bolsonaro, ainda em 2021, alegava que as joias seriam preservadas para incorporação "ao acervo privado do Presidente da República ou ao acervo público da Presidência da República".

"No termo de apreensão dos bens (presentes presidenciais) constam joias e uma miniatura de um cavalo", tuitou Wajngarten no dia 4 de março. "As joias estavam numa caixa selada que só foi aberta pela receita no aeroporto. Ninguém sabia o que tinha dentro."


Mauro Cid, ajudante de ordens de Bolsonaro

Poucos dias antes do fim do governo Bolsonaro, em 28 de dezembro de 2022, o tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, ajudante de ordens do ex-presidente, concedeu um ofício com o brasão da República para pedir a divulgação das joias apreendidas em Guarulhos.

No documento, obtido nesta quinta-feira (03/09) pela GloboNews, Mauro Cid dizia que as esperanças que continham os itens estariam no "acervo privado" de Bolsonaro. 

Após envio do ofício e aconselhado por amigos, Mauro Cid teria optado por repassar a missão de recuperar as joias a seu auxiliar, o sargento da Marinha Jairo Moreira da Silva, que foi então aguardado a Guarulhos no dia seguinte.


Sargento Jairo Moreira da Silva

No dia 29 de dezembro, antepenúltimo dia do governo Bolsonaro, o primeiro-sargento da Marinha Jairo Moreira da Silva, auxiliar de Mauro Cid, foi enviado a Guarulhos num avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para tentar, sem sucesso, recuperar as peças, argumentando que elas não poderiam ficar retidas à iminente mudança de governo.

Em imagens de vídeo transitar pelo G1, o sargento é flagrado tentando coagir o fiscal da Receita a liberar as joias: "não pode ter nada do [governo] antigo para o próximo. Tem que tirar tudo e levar", disse Moreira da Silva ao funcionário da Receita. 


Marco Antônio Lopes Santana, agente da Receita

Marco Antônio Lopes Santana foi o servidor da Receita Federal que rejeitou a liberação das joias ao sargento Jairo Moreira Silva. 

O funcionário da alfândega não entregou o material, argumentando que não poderia entregar os itens sem os devidos documentos.

Ele disse a Jairo que não tinha nenhuma informação sobre a liberação das joias e que não entregaria nada.

Lopes Santana resistiu à pressão para entregar o material se recusando, inclusive, a atender o telefonema do então chefe da Receita, que ligou no celular de Julio Cesar no momento em que o militar tentou convencer Marco Antônio, sem sucesso.


Julio Cesar Vieira Gomes, ex-chefe da Receita Federal

Segundo o jornal Folha de São Paulo, em dezembro do ano passado, Bolsonaro também teria conversado por telefone com o então chefe da Receita Federal Julio Cesar Vieira Gomes sobre a liberação das joias.

Gomes teria rejeitado os servidores de Guarulhos para liberarem a entrega das peças ao ex-presidente. Ele teria inclusive participado da elaboração do ofício emitido por Mauro Cid em 28 de dezembro, orientando o ajudando de ordens sobre como redigir o texto endereçado a ele mesmo no intuito de liberar as joias apreendidas.

Em 30 de dezembro, um dia depois de Julio Cesar ter agido para tentar liberar ilegalmente as joias, o ex-chefe da Receita Federal foi nomeado como adido do órgão em Paris pelo governo Bolsonaro. A nomeação, entretanto, foi cancelada pelo atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad.


Jair Bolsonaro, o ex-presidente

Inicialmente, o ex-presidente recusou ter conhecimento dos presentes. Posteriormente, no entanto, após a recepção do recebimento de um segundo pacote com joias, Bolsonaro confirmou que as peças - relógio, caneta, abotoaduras, anel e um tipo de rosário islâmico - foram construídas ao acervo pessoal dele.

Em declaração à CNN, o ex-presidente disse ainda que não houve ilegalidades no caso e que teria seguido a lei em relação aos presentes sauditas.

Há registros de que Jair Bolsonaro tentou liberar as peças apreendidas através do Ministério das Relações Exteriores, da Economia e de Minas e Energia, além de seu próprio gabinete presidencial.


VIA


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sábado, 11 de março de 2023

Todas as cordas de Hamilton Mourão. Por Moisés Mendes

Publicado originalmente por Moisés Mendes, em seu blog: Não há, mesmo que se preocupe muito, nenhuma frase de Hamilton Mourão que mereça registro. Mas esta semana o general-senador produziu uma sentença que parou na capa de todos os jornais. Mourão disse, a respeito do caso das joias da arábias: "A corda vai acabar arrebentando do lado mais fraco".

www.seuguara.com.br/Hamilton Mourão/senador/joias/

É o discurso da platitude, que sempre socorre quem busca dizer alguma coisa que não diga nada em momentos difíceis. É uma das frases mais repetidas desde tempos bíblicos.

A corda não vai arrebentar, vai acabar arrebentando. Mourão poderia ter dito, se fosse mais específico, que vai sobrar para o sargento que foi a Guarulhos tentar liberar as joias, quando Bolsonaro poderia ter mandado um motoboy.


A corda dificilmente vai arrebentar do lado do almirante que despachou o sargento a São Paulo em avião da FAB. Dificilmente do lado do ex-chefe da Receita.

O outro almirante, o que trouxe as joias da Arábia Saudita, esse deve ter cordas reforçadas. Mourão conviveu com essa gente.

Sabe onde tudo vai arrebentar. No garimpo, arrebentou no lado da chinelagem dos garimpeiros que trabalhavam para grandes grupos financeiros.

Todos os grandões da Amazônia forma protegidos pelo governo de Bolsonaro, porque ficaram do lado forte da corda em Brasília. 


Mourão também conhece essa gente. Foi o xerife da região como presidente do Conselho Nacional da Amazônia. Saiu dizendo que sua função era consultiva, não era deliberativa.

Uma corda fraca, mesmo com estrelas, não consegue camuflar sua fraqueza. A CPI do Genocídio, por exemplo, produziu um relatório com 79 nomes de acusados de crimes graves.


A corda até então forte, daqueles que tinham de foro especial, está intacta. Augusto Aras decidiu que ninguém mexeria com Bolsonaro, os filhos, os ministros.

Eram 13 as pessoas protegidas por imunidades, incluindo dois colegas de farda de Mourão. Os generais Braga Netto e Augusto Heleno.

Na corda que talvez seja mais fraca estão os 66 sem foro, incluindo cinco coronéis inativos. O Ministério Público parece não querer testar a fortidão da corda dos coronéis, porque nada avança nos pedidos de indiciamento. 


Havia corda de todo tipo em Brasília no governo tutelado pelos militares. Cordas para civis, cordas para fardados, cordas para milicianos e para o centrão.

Bolsonaro está agarrado em Orlando a algo que parece, mas não é mais uma corda, é um fio desencapado.

Os militares que o sustentaram preferem falar das cordas dos outros, para não ter que testar a própria corda.


Hamilton Mourão Bolsonaro sabe que poderão prender o sargento mandalete. Mas não prenderão Bolsonaro.

Que a corda do transfóbico Nikolas Ferreira é forte, porque é da nova geração da cordoaria bolsonarista.

Que os grileiros continuam grilando e os escravagistas continuam escravizando porque têm cabos de aço.


Mourão sabe que, no 8 de janeiro, sobrou para manés e terroristas de segunda classe, porque eles acreditaram no incitamento dos manezões da primeira classe. A corda arrebentou no lado do Zé das Couves.

É hora de testar a fortidão das cordas de Michelle, dos filhos de Bolsonaro, do entorno que prestava serviços à família.

Até a corda de Sergio Moro será avaliada pela Justiça Eleitoral, que geralmente só cassa mandato de prefeitinho do interior ou de quem caiu em desgraça entre os grandes.


A corda citada pelo general está no gerúndio e assim tudo continua com seu ritmo, e a novidade de hoje é a mesma da semana passada e nada de importante acontece no que precisa acontecer. 

No Brasil do gerundismo, ninguém confia nem na corda da forca. Em tempos de platitudes, é preciso explicar que também essa corda é metafórica.

Porque hoje até as metáforas acabam arrebentando do lado mais fraco.

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quinta-feira, 9 de março de 2023

Vídeo mostra servidores sendo pressionados para liberar as joias

Por Fernando Miller, no DCM: Reportagem exibida pela TV Globo nesta quarta-feira mostra que o ex-ministro der Minas e Energia, Bento de Albuquerque, disse na alfândega do Aeroporto de Guarulhos que os presentes dados pelos sauditas estavam destinados para a então primeira-dama, Michelle Bolsonaro. "Isso tudo vai entrar lá para a primeira-dama", disse ele, para justificar o ingresso das joias no país sem o devido recolhimento dos impostos.

www.seuguara.com.br/vídeo/joias/alfândega/Guarulhos/
Imagens captadas do ex-ministro Bento Albuquerque na alfândega do aeroporto de Guarulhos. Reprodução TV Globo

O vídeo também confirma que o ex-ministro poderia ter declarado os bens como patrimônio do Estado brasileiro, mas a alternativa foi recusada. As joias são avaliadas em R$ 16,5 milhões.


O vídeo também exibe o assessor Marcos André Soeiro, o portador do conjunto de joias, sendo abordado pelos funcionários da alfândega. Em sua primeira versão, entretanto, ele disse que os objetos pertenciam a Bento Albuquerque: "É um presente do príncipe regente da Arábia Saudita para o ministro."


Neste momento, o ex-titular da pasta das Minas e Energia retorna à alfândega para resolver a questão:

"Nunca resolvi coisa grande. Mas quando você vai para um lugar desse, o cara chega e vai te dando, quem sofre é quem tem que carregar (...) Depois desse evento, que a gente foi para o aeroporto, o cara chegou lá...Eu ainda assinei o papel dizendo que a gente recebeu".

Bento Albuquerque representou o Brasil na cúpula "Iniciativa Verde do Oriente Médio", realizada na Arábia Saudita.


Outro momento exibido pela reportagem foi a tentativa do primeiro-sargento da Marinha, Jairo Moreira da Silva, que deslocou-se a São Paulo vindo de Brasília para reaver as joias em 29 de dezembro de 2022.

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Jairo Moreira da Silva, na alfândega do aeroporto de Guarulhos. Reprodução TV Globo

Nesta tentativa, ela disse que não poderia ficar nada para o próximo governo Lula. Paralelamente, o ex-secretário da Receita Federal, Julio Cesar Vieira Gomes, tentava pressionar o auditor da Receita, Marco Antônio Lopes Santana, que não cedeu e também não atendeu ao telefonema de seu superior hierárquico.

O servidor insistiu que a liberação somente se daria mediante o pagamento dos impostos ou a declaração dos itens como sendo patrimônio da União, ambas hipóteses não verificadas no episódio.


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quarta-feira, 8 de março de 2023

PF descobre que Bolsonaro recebeu pessoalmente segundo pacote de joias; ex-presidente nega crime

GGN: A Polícia Federal descobriu que um documento que mostra que o segundo pacote de joias de luxo, entregue às autoridades brasileiras pelo governo da Arábia Saudita, foi listado e entregue como item pessoal ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

www.seuguara.com.br/joias/Bolsonaro/Polícia Federal/

O pacote contém um relógio, abotoaduras, caneta, anel e um tipo de rosário, todos da marca de luxo Chopard. A polícia ainda investiga o paradeiro do estojo. De acordo com o G1, aliados de Bolsonaro dizem que o segundo pacote foi catalogado e despachado na mudança do ex-presidente.


Também segundo informações do G1, a PF vai ouvir os servidores que listaram e repassaram as joias ao acervo privado de Bolsonaro. A lei determina que presentes do gênero devem ser direcionados ao acervo presidencial. A investigação será sobre o crime de descaminho de bens materiais não declarados.

Em nota obtida pela GloboNews, Jai Bolsonaro afirmou que não cometeu nenhuma irregularidade e que obedeceu aos critérios para ficar com presentes legalmente taxados por sua "natrueza personalíssima".


As autoridades ainda investigam a entrada irregular no País de outro estojo de joias, composto por colar, par de brincos, relógio e anel de diamantes, também da marca Chopard. O ex-ministro Bento Albuquerque, receptor do pacote na Arábia Saudita, alegou que as joias seriam um presente para Michelle Bolsonaro.


Qual o valor estimado do estojo?

Levantamento feito pelo GGN mostra que um relógio da marca Choapard similar ao que Bolsonaro recebeu pessoalmente pode custar, em média, 40 mil euros, ou mais de 220mil reais.

As abotoaduras custam, segundo o site da Chopard, entre 600 euros a 1 mil euros (quase 5,5 mil reais na cotação atual).

Uma caneta similar a que foi encontrada no estojo embolsado por Bolsonaro custa entre 540 euros até 670 euros (mais de 3,6 mil reais).


Leia também:

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Clique na imagem/reprodução: GGN
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