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sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

Antipetista doente e 'pensador' medíocre, Pondé substitui o cadáver de Olavo como guru bolsonarista

Por Kiko Nogueira, no DCM: desde a morte do saudoso Olavo de Carvalho em janeiro de 2022, os bolsonaristas estavam órfãs de um guru. Não estão mais. A ausência foi preenchida por Luiz Felipe Pondé, filósofo, escritor, colunista da Folha, comentarista da TV Cultura, palestrante e energúmeno militante. Pondé tem um assunto de "estudo": o PT. Esse é o objeto de sua obsessão calculada para ganhar likes e engajamento na extrema-direita.

www.seuguara.com.br/Luiz Felipe Pondé/guru/Olavo de carvalho/Lula/judeus/Israel/

"O governo do PT é inimigo dos judeus", escreveu ele no X depois que o Lula decidiu subscrever a denúncia por genocídio contra o Estado de Israel, na Corte Internacional de Justiça, em Haia. Cinquenta e sete países apoiam a medida.


"Lula acaba de apoiar a acusação de Israel estar cometendo genocídio. Quem sabe agora, afora os judeus idiotas antissemitas de plantão, que o PT, Lula e seus asseclas, nunca mais ganhe votos da comunidade judaica. Nem no município, nem no estado, nem nas eleições federais".

Pondé não é judeu, não fala por eles e "comunidade judaica" é uma abstração monolítica que só existe naquela cabeça careca. Mas o que importa é causar.


O "pensamento vivo" do herdeiro de Olavo Cheira mal como o cadáver do velho fascista, seu pai espiritual.

Pondé, como Olavo, representa a vulgarização da figura do filósofo, com sua escolha oportunista pela indigência mental feita para agradar gente burra que se impressiona com uma citação de Nietzsche. 

Ele vai ao Pânico, da Jovem Pan, ele bate na Venezuela, ele ataca o STF, ele diz que o Brasil é uma "ditadura", ele é contra o "politicamente correto" etc. O pacote completo do perfeito animal bolsonarista.


Se Olavo tinha o inseparável cigarro, Pondé tem o charuto fálico. A barba hirsuta e malcheirosa compõe a figura "moderna", "jovem", "iconoclasta". Ele sofre por saber que é feio, mas acha que fica irresistível para as mulheres com seu tipo intelectual selvagem.

Em 2019, Olavo de carvalho chamou Pondé de "mentiroso, difamador barato, sem valor, um coitado e um zero à esquerda intelectualmente". Olavo tinha razão.


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quinta-feira, 26 de agosto de 2021

Como os grandes filósofos explicam os golpistas brasileiros. Por Lenio Streck

Por Lenio Luiz Streck, no Conjur: Em tempos de ode ao golpismo - poxa, só se fala disso, com anúncio para 7 de setembro (já está até ficando chato!) - em que, em nome da democracia, prega-se a sua extinção, fiz uma pesquisa para saber o que os filósofos e literatos poderiam dizer sobre os golpistas brasileiros, que vão de cantores sertanejos à motoristas e fazendeiros, passando por policiais militares dos Estados.
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domingo, 8 de janeiro de 2017

'Ignorância agressiva já é amplamente dominante na cultura brasileira'


Por Lenio Streck - A cultura dos néscios já é dominante em Pindorama. De há muito! Um néscio é um ser humano tolo, alienado, que nem sabe que não sabe das coisas do mundo. Mas paradoxalmente tem a mais absoluta certeza que sabe de tudo. Ele está em todos os lugares: na academia falando mal dos políticos e dizendo que já não aguenta pagar tanto imposto; nos rádios dando opinião sobre segurança pública, dizendo que tem de matar todo mundo; o néscio sempre é radical; finge-se sempre de ultraliberal; quando pode, diz que no tempo dos militares era melhor.



Enfim, um néscio...é um néscio. Ah: ele também está nos elevadores. O néscio não suporta o silêncio. Tem de falar algo. Cuidado com ele. No direito, o néscio (ou a néscia, se assim quiserem no politicamente correto) tem um discurso pronto: direito é bom senso! Direito é uma coisa simples!

Parem de teorizar! Na prática, a teoria é outra: eis a frase chave do imaginário néscio!

O que os filósofos diriam dos néscios? Como responderiam, por exemplo, à pergunta “por que um néscio somente perde a timidez escondido nas redes sociais (ou redes nesciais”?” Por que a internet é o locus privilegiado dos néscios? Por que o Direito capturou tantos néscios (e néscias)?

Néscio

Vamos às respostas dos filósofos:

Parmênides: tudo permanece (inclusive os néscios); Platão: os néscios fazem parte do mundo sensível. Jamais alcançarão o suprassensível. Por isso, para eles, as sombras são a realidade. Não sairão jamais da caverna.

Gorgias de Leôncio, o sofista mais famoso: um néscio é incognoscível e, se for cognoscível, é impossível contar para o vizinho;

Santo Agostinho: toma [algum livro] e lê (a frase é autoexplicativa).

Guilherme de Ockham: não há néscios universais; apenas néscios singulares;

Maquiavel: atrás de um néscio sempre surge outro. Não deixe nenhum perto de você.

Heidegger: faz parte do modo próprio de ser no mundo o néscio ser assim; há uma pré-compreensão que funciona como um “adiantamento de sentido”: o sentido de quem é néscio sempre chega antes.

Descartes: néscios não possuem cogito, por isso, não existem.

Kant: não existe um néscio em si.

Hegel: Deutschland ist kein Staat mehr (a Alemanha não é mais um Estado, disse Hegel [de verdade] apavorado com o número de néscios na Alemanha).

Wittgenstein (do Tractatus): se os limites da linguagem são os limites do mundo, néscios possuem apenas um “mundinho”.

Marx: néscios são o lúmpen; não falo deles; com eles não há revolução.

Gadamer: sempre sobra algo no ato de interpretar, mas o néscio deixa passar tudo;

Dworkin: a raposa sabe muitas coisas, o ouriço sabe uma grande coisa, mas o néscio não sabe nenhuma coisa.



E há uma frase famosa atribuída a Martin Luther King: não me preocupa o barulho feito pelos néscios; o que me inquieta é o silêncio dos não-néscios (dos anti-néscios).

Contemporaneamente, os néscios vêm assumindo lugar de destaque em outros campos. Estão na música, iluminando-nos com sertanejo universitário (ou algo do gênero ou espécie).

Frequentam demais os programas de debates esportivos. Frases idiotas ou palavras sem sentido são transformados em hits, como “bora” (ou algo tão néscio quanto). Notícias bizarras ocupam o espaço na mente do néscio de forma privilegiada.

Os jargões preferidos dos néscios são: “chega de filosofar”; “o mundo deve ser descomplicado”; “parem com essa discussão inútil: vamos ser práticos”...!

Só que o problema da prática é que ela tem a capacidade de anestesiar, de naturalizar, de embrutecer.
Como diz Heidegger, não há nada mais distante de nós, na cotidianidade, do que nossos óculos.

O néscio fica preso na cotidianidade, no dia a dia, perde o referencial crítico e se torna presa fácil para o reducionismo e a simplificação.

Desde já, advirto que toda solução simples para questões complexas é um engodo. E toda postura de se contentar com respostas prontas e reducionismos revela falta de senso crítico.

Uma existência autêntica é feita de esforço, leitura e abertura. A suspensão dos prejuízos (no sentido gadameriano de conceitos prévios sobre algo) é o que possibilita a ampliação de horizontes.

Viver com autenticidade requer reflexão. Fuja dos néscios. Não seja um deles.

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terça-feira, 21 de julho de 2015

Vídeo: Palestra imperdível - Ética do cotidiano

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