sexta-feira, 28 de julho de 2023
terça-feira, 14 de março de 2023
Messianismo e cambalacho: os casos de Bigode e Sheik explicam o que é o bolsonarismo. Por Luan Araújo
Por Luan Araújo, no DCM: A gente sabe que o bolsonarismo é uma seita que usa muitos termos e atitudes dogmáticos para angariar seguidores E estes seguidores, para tristeza de toda a sociedade e azar de alguns ingênuos, como aparentemente esclarecido meia Gustavo Scarpa, ex-jogador do Palmeiras e hoje no Nottingham Forest (ING) e o lateral Mayke, ainda palmeirense, que caíram em um golpe de uma empresa de pirâmide induzido pelo ex-colega de ambos Willian Bigode, hoje no Fluminense.
Willian, jogador de vida discreta, mas muito religioso, postou na véspera do dia do segundo turno das eleições uma foro com toda sua família vestida de verde e amarelo e pedindo votos para Jair Bolsonaro. Típico. Bolsonarista como ele, era o seu amigo e empresário Gabriel de Souza Nascimento, dono da Xland Holding Ltda, cuja orientação da WLJC, empresa de Willian, fez Scarpa e Mayke aplicarem 6 a 4 milhões de reais, respectivamente, em uma verdadeira furada.
A forma como os dois jogadores caíram no suposto esquema de criptomoedas é bem surreal e mostra como é fácil as pessoas caírem em promessas fáceis. E é bem típico do bolsonarismo, que apresentou em 2018 uma solução fácil para a política brasileira. 57 milhões de brasileiros caíram igual patos.
Acessei o processo do Mayke do @Palmeiras hoje. Os prints de conversas com a sócia do Bigode são surreais… Fica realmente difícil não responsabilizar o Willian nessa história toda, a indicação e a orientação são da WLJC, empresa do jogador do @FluminenseFC: pic.twitter.com/9MabhLP2hc
— Bibiana Bolson (@bibianabolson) March 13, 2023
Mas não só de cambalachos messiânicos vivem os jogadores e ex-jogadores bolsonaristas. Na última sexta-feira (10), Emerson Sheik, com quem Willian Bigode coincidentemente formou dupla de ataque no Corinthians entre 2011 e 2012, foi denunciado pela Justiça do Rio de Janeiro por ter ajudado o bicheiro Bernardo Bello a lavar dinheiro.