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sábado, 27 de julho de 2024

Reforma de casa: por que coronel Naime pediu Pix para "patriotas"

Reportagem de Galtiery Rodrigues, no Metrópoles: A informação de que a esposa do coronel Jorge Eduardo Naime, símbolo da direita após o 8 de janeiro, pediu doações via Pix para ajudar a quitar "dívidas urgentes" da família, enquanto realiza uma grande reforma na própria residência, teve grande repercussão desde que o Metrópoles revelou o caso, em primeira mão, nessa segunda-feira (22/07).

www.seuguara.com.br/Coronel Naime/8 de janeiro/Pix/patriotas/

Diversos "patriotas" e militares da extrema direita fizeram doações no Pix que ela passou a divulgar nas redes sociais, depois que o marido acabou preso em decorrência das acusações do 8 de janeiro. Naime era chefe do Departamento de Operações (DOP) da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), mas não estava no cargo quando a Praça dos Três Poderes foi invadida por extremistas no início do ano passado, dias após a posse de Lula.


O coronel estava de licença-recompensa à época e foi acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de omissão, diante do ocorrido. Naime foi o primeiro militar da alta cúpula da PMDF a ser preso no âmbito do inquérito do 8 de janeiro, e teve o salário suspenso pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em agosto de 2023. 

Desde então, a esposa dele, Mariana Fiuza Taveira Adorno Naime, passou a pedir doações no recém-criado perfil no X. Além de apontar supostas dívidas urgentes que precisavam ser quitadas, ela ressaltava, ainda, o papel do marido enquanto "herói" e "preso político". Naime que segue réu e respondendo ao processo, não pode usar as redes sociais.


Apesar dessas alegações, a esposa do coronel deu início a uma grande reforma na casa de alto padrão onde eles vivem em Vicente Pires, no Distrito Federal. As intervenções ocorrem, principalmente, na área da piscina. Essa constatação deixou uma grande pergunta no ar: para que, afinal, a família Naime pediu doações via Pix?     


Pedidos sucessivos de ajuda via Pix

Mariana classificou a suspensão do salário do marido pelo STF de "tortura psicológica". A conta dela no X, por onde foram feitos os pedidos de doação via Pix, foi aberta um mês após o bloqueio da remuneração do coronel. 

Nas primeiras postagens, ela começou a pedir ajuda financeira. "Nossa família está contando com sua ajuda, seja doando ou compartilhando nossos dados. Cada gesto faz a diferença. Venha fazer parte dessa união", escreveu Mariana em uma imagem com a foto de Naime fardado.


Para engajar os seguidores, ela compartilhava, ainda, notícias sobre a prisão do marido. Isso ficou evidente, por exemplo, em dezembro de 2023, quando o ministro Gilmar Mendes negou o pedido de soltura do coronel. Mariana informou, no X, que Naime estava com febre e abalado psicologicamente.

A Associação dos Oficiais (Asof) da PMDF, que era presidida por Naime antes da prisão do militar, também começou a fazer campanha de arrecadação de dinheiro, principalmente entre os homens da corporação.

Dois militares, a major Cristiane Caldeira, tesoureira a entidade, e o presidente da Asof, coronel Leonardo Morares, fizeram um vídeo para reforçar o pedido, dizendo que o dinheiro seria "destinado totalmente aos familiares", para "manutenção das famílias". 


Com tantos pedidos sucessivos, uma seguidora chegou a questionar Mariana em junho deste ano e enviou a informação de que o ministro Alexandre de Moraes havia determinado que a PMDF voltasse a pagar o salário integral do coronel.

A esposa de Naime respondeu: "Além de uma diminuição espantosa do valor da receita, nossa despesa triplicou com advogados e outras decorrentes da injusta prisão. Quem puder, será ótimo! Mas quem não puder, também entendo! Solidariedade é um sentimento de identificação em relação ao sofrimento dos outros".


Reforma da casa

Apesar dessas alegações, a casa de alto padrão da família passa por reforma. Até poucos dias, a chave Pix para onde ia as doações seguia na bio do perfil de Mariana Naime. Em nota ao Metrópoles, a esposa do coronel afirmou ter compromisso com a verdade. Ela disse que "recebeu doações e apoio enquanto o salário esteve bloquado e enquanto o provedor de sus família este preso".

Em relação ao dinheiro utilizado na reforma, Mariana alega que, "quando da ida à reserva, ele [o marido] recebeu valores/acerto da polícia e tem utilizado em casa. Essa associação que se faz é tendenciosa". 


Coronel Naime segue réu e responde ao processo em liberdade provisória. Ele entrou para a reserva remunerada da PMDF no início de maio deste ano. No mesmo mês, após 461 dias preso, ele foi solto pela Justiça. O militar usa tornozeleira eletrônica e está proibido de sair do DF e de utilizar as redes sociais.

O processo está em fase de diligências para coleta de provas. Em seguida, deve passar para a fase de alegações finais e, posteriormente, da sentença. Além de Naime, outros seis PMs do DF respondem ao mesmo inquérito.

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quinta-feira, 13 de junho de 2024

Ex-prefeita investigada toma posse como senadora e pede anistia de 'patriotas'

Bem Paraná: Ex-prefeita de Sinop (MT), Rosana Martinelli (PL-MT) assumiu interinamente na quarta-feira, 12, vaga no Senado. Ela é segunda suplente do senador Wellington Fagundes (PL-MT), que se licenciou para um tratamento de saúde e seguirá afastado da Casa até 9 de outubro. Rosana é uma das investigadas por suspeita de envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro.

www.seuguara.com.br/Rosana Martinelli/posse/senadora/suplente/PL/

Durante o discurso de posse, a senadora criticou a condução do processo, que segue em sigilo no Supremo Tribunal Federal (STF). Ela também afirmou que teve suas contas bancárias suspensas durante meses e que, até o momento, tem o passaporte retido pela polícia.


Estiveram presentes na sessão o presidente do partido da senadora, Valdemar Costa Neto, que também é investigado no inquérito que apura tentativa de golpe de Estado, além de colegas parlamentares, como o líder da oposição Rogério Marinho (PL-RN), Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Eduardo Girão (Novo-CE) e Marcos Rogério (PL-RO), que discursaram a favor da congressista. 


Flávio Bolsonaro afirmou que a colega "representa os patriotas injustiçados que foram condenados a 17 anos de prisão por quebrarem vidraças". Marinho disse que a senadora "ousou" fazer "uma crítica aos poderosos" sem a proteção de um mandato. "Se a senhora, que hoje é senadora da República, sofre esse tipo de violência por emitir uma opinião, imagine centenas e milhares de brasileiros que estão passando pelo mesmo problema", disse o senador se referindo aos investigados e condenados pelos ataques.


Em seu discurso a favor do agronegócio, ela se definiu como "uma mulher forte, mas que também chora e é uma guerreira" e afirmou que é "terminantemente radical contra a invasão de propriedades". 

"Deus Realmente me colocou aqui hoje como prova de que não podemos ter medo de lutar por aquilo que acreditamos, que é o direito à vida e à liberdade, que é nosso bem mas precioso", disse. Ela afirmou se solidarizar com todos que tiveram seus "direitos violados" e diz esperar que o Senado possa ajudar os "patriotas" que "lutaram pela liberdade".


Tramita na Casa um projeto, de autoria do senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) a favor da anistia para os envolvidos nos ataques às sedes dos Três Poderes. Já o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), é contra, e defende punição aos vândalos.


Segundo o site UOL, a ex-prefeita participou de bloqueios de estradas e fechamento do comércio em reação à derrota eleitoral de Jair Bolsonaro (PL), após as eleições de 2022. Vídeos obtidos pela reportagem mostram Rosana encorajando que a paralisação deveria durar até que "provas" de que as urnas eletrônicas teriam sido fraudadas fossem "apuradas e acatadas". Supostas irregularidades na votação já forma comprovadamente desmentidas por diversos órgãos de auditoria. 

Na época, a agora senadora afirmou que "sempre apoiou manifestações pacíficas e ordeiras", mas não o bloqueio de rodovias.


Fonte: Estadão Conteúdo

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terça-feira, 17 de janeiro de 2023

Patriotismo hipócrita alimenta o terrorismo

Por Gustavo Ramos, no Pragmatismo Político: A extrema direita, onde o núcleo do bolsonarismo habita, nunca propôs construir algo de bom para o País e sua gente humilde e trabalhadora, mas se arvora de "patriota". Seguramente não é um patriotismo altivo, na concepção positiva que se possa cogitar, que eleve as características e a cultura de um povo e o proteja, compreendendo, mesmo assim, que toda humanidade está irmanada em interesses comuns, sem que haja nacionais melhores que outros.
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quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

Bolsonaro testa a gratidão dos que têm dívidas impagáveis. Por Moisés Mendes

Por Moisés Mendes, em seu blog: Grandes empresários que prometeram a Bolsonaro uma luta heroica e incessante pelo golpe já abandonaram o líder. Poucos continuam promovendo nas redes sociais os acampamentos na frente dos quartéis. São os que ainda têm coragem para expressar gratidão e fidelidade incondicional a Bolsonaro. O resto todo se evaporou, se dispersou e começou a silenciar em dezembro.

www.seuguara.com.br/Bolsonaro/bolsonaristas/

Os homens do dinheiro poderiam inspirar os patriotas até o limite, mas mandaram dizer a alguns jornalistas que estariam cansados de guerra, até mesmo no zap. 

Uma guerra em que eles não aparecem presencialmente, mas financiam e empurram manés em transe para a linha de frente.


O cansaço pode ser muito mais o temor com as consequências do que não deu certo e dificilmente dará.

Um golpe fracassado não sairá de graça para quem vive de preservar interesses. O silêncio é a exaustão misturada a covardia.

Há refluxo num movimento que nunca se revelou forte o suficiente para conseguir o que a extrema direita queria.

Os bloqueios nas estrada desapareceram, e tem mais gente voltando do que indo em direção aos acampados.


Bolsonaro fica no meio do caminho, mas atrapalhado do que orientando condutas, e os últimos a levarem o blefe a sério não sabem com quem contar.

É possível que a clausura de Bolsonaro tenha sido motivada pela dúvida. Em algum momento ele percebeu que não poderia contar com empresários que tiveram proteção do governo e políticos que construíram seus planos comendo na sua mão.


Mas o derrotado irá cobrar essa conta. Cobrará dos que se beneficiaram das suas ações ou omissões, em muitas frentes, e dos que chegam a governos, aos Congresso e a Assembleias com mandatos que só existirão porque ele existe.

Saberemos, quando tapetes imundos forem erguidos pelo governo Lula, o que parte desse contingente de apoio a Bolsonaro ganhou para ser tão radical e 'ideologicamente' fiel ao tenente que mandava em generais.


Que favores Bolsonaro dispensou a alguns apoiadores que vieram até aqui gritando o jogral do golpe e que só agora decidiram parar.

Que concessões criminosas foram feitas a grileiros, garimpeiros, contrabandistas de madeira e bandidos da floresta nos quatro anos de bolsonarismo? E não são apenas bandidos de chinelo de dedo.


Que 'ideologia' mobilizou empresários de peso na direção da aventura do golpe, quando uma ruptura sempre foi considerada improvável? O que fez esse gesto temerário valer a pena?

Um dia descobriremos que motivações mais específicas levaram patriotas de grife a se transformar em alvos de Alexandre de Moraes, que terá de enquadrar alguns deles, para que não pegue só a manezada.


Enquanto isso, Bolsonaro vai cobrando a conta, que pode ser paga de várias formas. Os devedores sabem bem como funciona esse PIX de transferência de suporte político e afetivo. 

Bolsonaro vai precisar de trincheiras e de carinho. Sem mandato, sem orçamento secreto, sem centrão, sem militares e sem bajuladores oportunistas, o sujeito passa a ser uma incógnita à espera de um futuro.


E o que ele será depende dos que tiveram a sua proteção, alguns dos quais envolvidos em investigações e até hoje impunes. Bolsonaro vai precisar de quem precisou dele para negócios diversos.

Empresários poderosos, com fama nacional, não poderão abandoná-lo quando estiver ao relento da proteção do PL, num condomínio de luxo de Brasília onde grupos de moradores já anunciaram que irão rejeitá-lo.


O entra-e-sai no condomínio Ville de Montagne, no Jardim Botânico, vai dizer se o suporte a Bolsonaro será presencial, efetivo e concreto, ou apenas gasoso e remoto.

Ainda nesse verão, o enclausurado saberá com quem pode contar para não virar um Eduardo Cunha.


Imagem: reprodução


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domingo, 27 de novembro de 2022

Carta aos "patriotas". Por Jean Pierre Chauvin

Publicado originalmente no site A Terra é Redonda, por Jean Pierre Chauvin*: Patriotas! A paz de Cristo, a propriedade privada e a honra familiar estejam convosco. Não me furto a vos elogiar pela persistência com que demonstrais vosso amor incondicional à nação. De 2013 para cá, percebo claramente que "o gigante acordou".

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