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terça-feira, 20 de maio de 2025

Petrobras corta preços, mas postos aumentam lucros e combustíveis encarecem

Por Vinicius Konchinski - Brasil de Fato: A Petrobras reduziu em 9% o preço da gasolina que ela vende a distribuidores de combustível desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou à Presidência, em janeiro de 2023. No entanto, o consumidor final não viu esse recuo se refletir nas bombas. Pelo contrário: segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o preço médio do litro do combustível subiu 26% no período.

www.seuguara.com.br/Petrobras/preço dos combustíveis/postos/distribuidoras/

A diferença entre o preço praticado pela estatal e o valor cobrado ao consumidor pode ser explicada, em parte, pelo amento da margem de lucro das distribuidoras e dos postos de combustíveis.

De janeiro de 2023 até aqui, ele cresceu pelo menos 10%, segundo dados do Ministério de Minas e Energias (MME) tabulados pelo economista Eric Gil Dantas, do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps).

O ganho dessas empresas virou tema de críticas da presidente da Petrobras, Magda Chambriard, na última terça-feira (13). A executiva chegou a sugerir que consumidores cobrem dos postos razões para um preço tão elevado dos combustíveis.

"A gente recomenda que o consumidor pergunte por que isso não está chegando à ponta", disse ela. "Pressiona, pergunta por que isso está acontecendo." 


Chambriard lembrou que, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a Petrobras "perdeu poder sobre a ponta", ou seja, privatizou sua participação no mercado de distribuição e revenda de combustíveis. Ela apontou que a medida delegou a definição de parte considerável do preço dos combustíveis no país ao setor privado, que se aproveitou do poder sobre o mercado para lucrar. O alto custo nos postos, mesmo com corte de preços promovidos pela Petrobras, é resultado disso.


Privatizações


Além de explorar, produzir e refinar petróleo, a Petrobras também distribuía e revendia combustíveis até 2019, quando ainda era dona da BR Distribuidora. A empresa foi privatizada em duas fases, em 2029 e 2012 - ambas durante o governo de Bolsonaro. Acabou mudando seu nome para Vibra, mas ainda ostenta a marca BR.

A Petrobras também distribuía e vendia gás, por meio da Liquigás. A subsidiária também foi privatizada, em 2020, durante o governo Bolsonaro. Acabou incorporada por um consórcio formado pela Copagaz, Itaúsa e Nacional Gás.


Dantas, do Ibeps, aponta que essas duas vendas tiveram efeito significativos para as margens cobradas nos dois setores do qual a Petrobras saiu. Margem é a diferença entre o custo de aquisição de um produto e o preço de revenda do produto.

O economista monitora há anos o mercado de combustíveis no Brasil. Usa, inclusive, dados dos Relatórios Mensais de Derivados de Petróleo, do MME, para isso.


Números extraídos por Dantas desses relatórios apontam que, desde de janeiro de 2019, a margem das distribuidoras e postos sobre o preço da gasolina subiu 43%. Enquanto a seis anos eles ganhavam R$ 0,73 centavos por litro de combustível vendido, agora ganham cerca de R$ 1,06.

"No ano de 2020, a margem ficou na média de R$ 0,64. Mesmo se corrigirmos este valor pela inflação do período, em valores atuais a margem seria de R$ 0,79, muito abaixo dos R$ 1,12 do mês de fevereiro deste ano", comparou Dantas, em artigo publicado no site do Sindicato dos Petroleiros de São José dos Campos e Região (Sindipetro SJC).       

www.seuguara.com.br/gráfico/distribuição e revenda da gasolina/

Segundo ele, no caso do mercado de gás, o aumento da margem é ainda mais relevante. Desde 2019, ele ultrapassa os 72% de alta.

Hoje, dos R$ 108, 1 cobrados, em média, por um botijão de gás no Brasil, R$ 55,20 ficam com os distribuidores e revendedores - 51% do total.

Em 2019, quando a Petrobras ainda atuava em toda a cadeia, o percentual era de 46%. O botijão custava R$ 69,29, em média, e a distribuição e revenda ficavam com R$ 31,96.

"Se compararmos a média da margem de 2020 com a atual, tivemos um crescimento de 101%. Desde a privatização da Liquigás em dezembro de 2021, o aumento foi de 45%", complementou Dantas, no mesmo artigo.

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Diesel


O diesel também é um caso a parte. O combustível é essencial para transporte terrestre de mercadorias no país, de forma que tem influência sobre o preço dos alimentos e outros produtos. Ou seja, a queda do preço ajuda o país a combater a inflação, atualmente em 5,53% em 12 meses, acima da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) de até 4,5%. 

Desde janeiro de 2023, o preço do óleo diesel vendido pela Petrobrás às distribuidoras de combustíveis caiu 34,9%. No entanto, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia E Estatística (IBGE), de janeiro de 2023 a abril de 2025, o óleo diesel ficou apenas 3,18% mais em conta para o consumidor.

A diferença entre o comportamento do preço do diesel que sai das refinarias da Petrobras e o cobrado nos postos também chamou atenção da Petrobras. "A partir de 1º de abril, reduzimos R$ 0,45 no litro do diesel e, infelizmente, esse valor não está sendo percebido pelo consumidor final", constatou o diretor de Logística, Comercialização e Mercados, Claudio Romeo Schlosser, na mesma entrevista concedida por Chambriard.

Nos postos, segundo a ANP, o combustível ficou apenas R$ 0,21 mais barato.


População prejudicada


Mahatma dos Santos, diretor técnico do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo (Ineep), disse que os dados sobre as margens de lucro e preço dos combustíveis comprovam que a privatização de partes da Petrobras deu errado.

Ele lembrou que, quando elas foram realizadas, foi dito que aumentariam a concorrência, melhorariam serviços e reduziriam preços. Isso não ocorreu.

"O afastamento da Petrobras dos elos da cadeia de venda de combustíveis resultou em uma piora dos serviços, uma piora nas condições de trabalho dos trabalhadores e também uma piora nos preços para os consumidores finais", disse ele.


Santos disse que Chambriard fez bem em culpar as empresas beneficiadas pelas privatizações pelo preço dos combustíveis. Cobrou, porém, atitudes da Petrobras sobre o assunto. "A atual gestão da Petrobras está, por exemplo, avançando ou trabalhando para uma reestatização da BR Distribuidora e da Liquigás? Essas são questões que também precisam ser debatidas pela sociedade."

Quando Lula voltou à Presidência, foram aventados planos para recompra de bens privatizados pela Petrobras. A reestatização da antiga Refinaria Landulpho Alves (Rlam), na Bahia, chegou a ser defendida publicamente pelo ministro Alexandre Silveira, do MME.

Na terça-feira, mesmo dia em que Chambriard reclamou das privatizações, a Petrobras foi questionada sobre as negociações que mantém sobre a refinaria.


O diretor-executivo Financeiro da Petrobras, Fernando Melgarejo, disse que não há qualquer avanço sobre uma eventual recompra do ativo da companhia.

Sobre a BR, Chambriard reclamou dos preços praticados pela empresa e do luso da marca BR. Disse, contudo, não ter o que fazer sobre o assunto. "Essa questão está no nosso radar. Mas isso está em contrato. O respeito em contratos está em nossa crença", explicou ela. "Nossa marca está sendo divulgada e espalhada pelo Brasil vendendo gasolina com preço acima do esperado", lamentou. 

A Vibra Energia é a maior distribuidora do país, com participação de 23% no mercado de diesel em 2024, segundo a ANP.

Procurada pelo Brasil de Fato para comentar as declarações da presidente da Petrobras, a Vibra Energia preferiu não se manifestar.

*Com informações da Agência Brasil

Edição: Talita Pires


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terça-feira, 16 de maio de 2023

Petrobras anuncia nova política de preços de combustíveis

Por Vitor Abdala, repórter da Agência Brasil: A Diretoria Executiva da Petrobras aprovou, na última segunda-feira (15), sua estratégia comercial para definição de preços de diesel e gasolina. A nova política encerra a subordinação dos valores ao preço de paridade de importação. A partir de agora, as referências de mercado serão o custo alternativo do cliente como prioridade e o valor marginal para a Petrobras.

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Reprodução/Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Segundo a empresa, o custo alternativo do cliente contempla alternativas de suprimento por fornecedores dos mesmos produtos ou de produtos substitutos. Já o custo marginal da Petrobras se baseia no custo das diversas alternativas para a empresa, entre elas a produção, importação e exportação do produto.

As premissas, segundo nota divulgada pela empresa, são os preços competitivos por polo de venda, participação "ótima" da Petrobras no mercado, otimização dos seus ativos de refino e rentabilidade de maneira sustentável.


"Nosso modelo vai considerar a participação da Petrobras e o preço competitivo em cada mercado e região, a otimização dos nossos ativos de refino e a rentabilidade de maneira sustentável", afirmou o diretor de Logística, Comercialização e Marcados da Petrobras, Claudio Schlosser, segundo nota divulgada pela empresa. 

Os reajustes continuarão sendo feitos sem uma periodicidade definida e evitará repasses da volatilidade dos preços internacionais e do câmbio aos consumidores brasileiros.


"A precificação competitiva mantém também um patamar de preço que garante a realização de investimentos previstos no Planejamento Estratégico. A Petrobras reforça seu compromisso com a geração de valor e com a sustentabilidade financeira de longo prazo, preservando a sua atuação em equilíbrio com o mercado, ao passo que entrega aos seus clientes maior previsibilidade por meio da contenção de picos súbitos de volatilidade", diz a nota. 


As decisões sobre os preços continuam sendo subordinadas ao Grupo Executivo de Marcado e Preço, composto pelo presidente da empresa, Jean Paul Prates, pelo executivo de Logística, Comercialização e Marcados e pelo diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores.


Edição: Maria Claudia

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sábado, 18 de junho de 2022

Presidenciáveis culpam Bolsonaro pelo novo aumento nos combustíveis

Reportagem de Victor Correa, no Correio Braziliense: Pré-candidatos à Presidência da República criticaram o novo reajuste no preço dos combustíveis anunciado, ontem, pela Petrobras. Os postulantes ao Planalto aproveitaram, inda, para atacar a gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL), que busca a reeleição.
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Governos estaduais reprovam decisão de Mendonça sobre combustíveis e vão recorrer

Publicado por Naian Lopes, em O Essencial: O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça, que ordenou nesta sexta-feira (17) a uniformidade das alíquotas do ICMS cobradas sobre todos os combustíveis do país, desagradou os governos estaduais. Por conta disso, lideranças garantem que vão recorrer da decisão.
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Bolsonaro e a incrível guerra contra seus "traidores". Por Fernando Brito

Por Fernando Brito, em seu blog: Estamos assistindo a um show de hipocrisia. Jair Bolsonaro vai a uma rádio dizer que o presidente da Petrobras - que ele nomeou há apenas dois meses - que o cidadão é um "traidor do povo brasileiro" por ter aumentado o preço dos combustíveis.


www.seuguara.com.br/Bolsonaro/Petrobras/

Portanto, o almirante Bento Albuquerque, que indicou José Mauro Coelho para o cargo, traidor também deve ser.


O general Silva e Luna, que há três meses caiu do cargo pelos mesmos motivos, então, também é traidor.


Como são traidores os conselheiros que votaram ontem para que se aumentasse o preço. 

Ora, nem no sábado de Aleluia se encontra tantos Judas ao mesmo tempo.


Está claríssimo que Jair Bolsonaro armou esta sua guerra de mentirinha, onde a única coisa verdadeira é que o povo vai pagar por ela, para surgir como o "abaixador de preços", conclusão inevitável desta história, nem que seja aumentando a facada nos cofres públicos através de subsídios.


É tão primário que custa a crer haja gente que acredite que ele está, de fato, achando que foi traído.


Não e todos os personagens deste embrulho, consciente ou inconscientemente estão desempenhando o papel que Bolsonaro lhes designou. 


Só há um Judas nesta história, Jair Bolsonaro, que traiu todos os seus compromissos de regular o preço dos combustíveis e defender o controle público sobre a Petrobras.

Conta que ainda há otários o bastante para acreditarem nele.


Imagem: reprodução


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quinta-feira, 9 de junho de 2022

O plano Guedes para combustíveis é indecente, por Luís Nassif

Por Luís Nassif, no GGN: O projeto Paulo Guedes para os combustíveis é uma das manobras mais vis da história econômica do país. Na maioria dos países, altas excessivas de petróleo são taxadas, mesmo porque o lucro das companhias é bancado pelo consumidor. Por aqui, para não tocar nos lucros dos acionistas privados (já que os lucros da União entram no orçamento), Guedes inventou um modelo de isentar o combustível de impostos federais e estaduais, com a União ressarcindo os estados.

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quinta-feira, 12 de maio de 2022

Política de preços da Petrobras arrasa caminhoneiros em todo país

Por Gabriel Ronan e Simon Nascimento, no jornal O Tempo: Enquanto a Petrobras acumula um lucro astronômico de R$ 44,5 bilhões somente no primeiro trimestre deste ano, caminhoneiros autônomos e empresários de todo o país sofrem e estão deixando de trabalhar por não terem recursos para arcar com o óleo diesel.

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domingo, 13 de março de 2022

Medidas para conter preços de combustíveis enfrentam obstáculos

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Adriana Fernandes - Estadão Conteúdo: O pacote aprovado até agora pelo governo e pelo Congresso para reduzir o impacto de preços dos combustíveis pela Petrobras está com boa parte das medidas "penduradas" a depender da abertura de espaço no Orçamento, permissão das regras ficais, regulamentações e pendengas jurídicas.
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terça-feira, 7 de dezembro de 2021

Política: Senadores aprovam programa para reduzir preços dos combustíveis

Do Congresso em Foco: A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou, nesta terça-feira (7), o Projeto de Lei 1472/2021, que cria o programa da estabilização do preço do petróleo e de derivados no Brasil. A proposta cria diretrizes e referências para a política de preços de derivados, levando em consideração não apenas os preços internacionais, mas também os custos internos de produção, de modo a melhor refletir a realidade local. O objetivo é que, com as mudanças, os preços dos combustíveis e do gás de cozinha caiam. 
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segunda-feira, 1 de março de 2021

Petrobras anuncia nova alta nos preços da gasolina, diesel e gás. Reajuste nas refinarias vale a partir de amanhã

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Por Vitor Abdala, repórter da Agência Brasil - A Petrobras anunciou hoje (1º) um novo aumento nos preços da gasolina, do óleo diesel e do gás de botijão vendidos nas refinarias. A partir de amanhã (2), a gasolina ficará 4,8% mais cara, ou seja, R$ 0,12 por litro.
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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

Petrobras anuncia novo aumento de preços da gasolina, diesel e gás de cozinha nas refinarias

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Depois de garantir que não houve alteração no alinhamento dos preços dos combustíveis vendidos às refinarias, em relação ao preços praticados no mercado internacional, a Petrobras anunciou novo aumento para os preços da gasolina, diesel e gás de cozinha. Confira os percentuais de reajustes nas refinarias, que  valem a partir desta terça-feira (09).


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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

Governadores rechaçam desafio feito por Bolsonaro sobre zerar ICMS dos combustíveis

Governadores de 23 estados assinaram um texto em que descartam a possibilidade de zerar as alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) cobrado sobre os combustíveis. A carta, assinada inclusive pelo governador Ratinho Júnior (PSD) do Paraná, é resposta ao desafio feito por Bolsonaro (sem partido) em troca da redução de tributos federais sobre os produtos.
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