terça-feira, 25 de agosto de 2009

Os podres poderes dos homens do Estado.

É claro como um dia de sol que um conselho de ética formado em sua maioria por partidários do governo da situação tenderia ao esvaziamento. O resultado obviamente esperado era o arquivamento de todas as representações contra o presidente do senado. Por que não se cogitou antes a formação de um conselho pluripartidário? Pelo menos haveria um equilíbrio entre as forças que apoiam o governo e os da oposição, os de menos influência e àqueles que se impõem de maneira ditatorial. Conselho de ética? Então primeiramente teria que ser formado por membros éticos. Sem comprometimento com a justiça comum ou com o tribunal de contas. Nada mais óbvio. Pra nós, sim. Mas para quem escolhe os senadores para compor o ilibado conselho, talvez não. E assim segue essa perdulária pendenga partidária sem que se chegue a verdadeira apuração da verdade dos fatos.
Recebi um comentário aqui da escritora e pedagoga Doroni, autora do Contos, Lendas e textos, que por analogia lembra o senado dos tempos do império romano. Mais precisamente do imperador Gaius Julius Caesar Augustus Germanicus, ou simplesmente Calígula. Tal qual naqueles tempos o senado vive uma relação espúria entre seus líderes, opositores e comandados. Guardadas as devidas proporções, as relações deste imperador com o senado, cuja vida pregressa todos conhecem foram pontuadas por conspirações, humilhações e tentativas de subjugar opositores. Naquela época provalmente não existiam expressões como "atos secretos", mas verificavam-se atos infundados que beiravam à loucura, com único fito de quebrar qualquer iniciativa de reação do adversário. Calígula chegou ao ponto de querer nomear seu próprio cavalo, Incitatus, para consul ou sacerdote. Além de mandar colocar sua estátua em vários templos inclusive no Templo de Jerusalém, julgando a si mesmo como um deus. Obviamente ressalvadas lendas questionáveis ao longo da história, deste demente e pervertido imperador romano, a postura e atitudes dos nossos senadores evidenciam pelas expressões que verificamos em suas manifestações em plenário, o total descontrole dos representantes do povo no congresso brasileiro.
Será que a demência ou a alienação vem com a conquista do poder ou com a ganância de querer se perpetuar com a suposta superioridade perante seu semelhante?
Devo confessar minha decepção com a imoralidade e a postura dos homens do atual governo. Afinal foram eleitos sob a bandeira da ética e da moralidade no poder público. No entanto, penso que a bandalheira e a corrupção, infelizmente está instalada há algum tempo não só no sistema político brasileiro, mas também no âmbito das instituições privadas. Não é difícil verificar escândalos envolvendo o Estado e grandes corporações. Vide dossiês, CPIs, Satyagrara, operação vampiro, etc, etc.
Vem muito mais. Ano que vem é ano de eleição. Te prepara.
A performance inusitada desta vez fica com o senador Suplicy. Até concordei com a simbologia do cartão vermelho.

Primeira edição-26.08.09-15:06: Cartão vermelho de Suplicy repercute.
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