Eleições 2012 - 2º turno em São Paulo: embate ou debate?
A disputa do 2º turno das eleições 2012 para ver que chega à prefeitura da maior cidade brasileira, São Paulo, promete ser mais um embate do que um debate. Sem dúvida, que o fato do julgamento do mensalão será o principal instrumento do arsenal do candidato José Serra (PSDB), a ser utilizado contra o candidato oponente, Fernando Haddad (PT). O embate já começou. Está nas principais manchetes dos jornas.
Por outro lado, Haddad já mencionou o mensalão do PSDB de Minas. O DNA do mensalão é tucano - disse o representante do Partido dos Trabalhadores, escolhido por Lula para enfrentar o candidato do PSDB. A cidade de São Paulo possui o maior colégio eleitoral do Brasil, por isso a ambição dos dois partidos. Uma disputa política que vem de longe.
Outra questão que deverá aparecer nos ataques de José Serra a Fernando Haddad, será o "Kit gay". Lançado quando Haddad era ministro da Educação a ser distribuído nas escolas públicas de ensino público fundamental, teve sua distribuição suspensa pelo governo federal. O fato escandalizou a opinião pública. "O Haddad já está marcado pelos evangélicos como candidato do 'kit gay'. Vou arrebentar em cima do Haddad", disse o líder dos evangélicos apoiador do candidato do PSDB, Silas Malafaia.
O candidato do PT, também tem seu arsenal para rebater as ofensivas do candidato do PSDB. "Um dos temas é Hussain Aref Saab, alto funcionário da Prefeitura,
diretor da Aprov por sete anos, nas gestões de Serra e Kassab. Aref
deixou a prefeitura com patrimônio de 106 prédios, R$ 50 milhões, e
acusado de receber propinas para liberar construções irregulares. Outro
tema chama-se "A Privataria Tucana". São 115 páginas de documentos,
origem do livro, de mesmo nome, que trata de Serra e bastidores do
bilionário negócio da privatização do sistema telefônico". Utilizar o mensalão para obter vantagem sobre o petista, pode continuar sendo um fiasco ético na campanha tucana.
De acordo com o comentarista de política do jornal da Gazeta, Bob Fernandes (vídeo abaixo), há ainda no estoque petista contra Serra, a figura do coordenador de campanha de José Serra, na eleição presidencial de 2010, Paulo Vieira de Souza. Conhecido também como "Paulo Preto", o articulador político de Serra em reportagem de oito páginas na revista Piauí, edição que está nas bancas, diz: "Eu e ele somos que nem abraço de gambá: pode separar, mas fica o cheiro". Serra, abandonou Paulo Vieria pelo caminho, e o acusa de desaparecer com R$ 5 milhões do caixa 2 de sua campanha. Valor equivalente ao que recebera o presidente do PTB, Roberto Jefferson, denunciante do esquema do mensalão, para apoiar projetos do Governo na ocasião que eclodiu o escândalo.
Para registro. Caso semelhante ao episódio do "Kit gay", aconteceu em 2009. A Secretaria Estadual da Educação de São Paulo distribuiu material de apoio a alunos do ensino fundamental (terceira série), contendo termos impróprios relacionados a sexo, inclusive palavrões. Consta de uma reportagem publicada em 19/05/2009 no site UOL e jornal Folha de São Paulo. "O texto informa que o governo José Serra (PSDB) reconheceu o erro na
distribuição dos 1.216 exemplares e determinou o recolhimento das obras. Porém, desta vez o caso não teve a mesma repercussão na grande mídia."Coisas de Laurinha".Como conclui Fernandez, talvez sobre tempo para debater os grandes problemas com os quais convivem a população de São Paulo. Parecidos com os das maiores cidades brasileiras.
Confira o comentário de Bob Fernandes.
Fonte: Terra Magazine
Imagem: reprodução/paraibaurgente

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