quarta-feira, 14 de maio de 2014

Política na Copa do Mundo é causa sem efeito

Há muita gente contra a realização Copa do Mundo no Brasil, por motivos políticos. Talvez porque estejamos na eminência de um pleito eleitoral. Nas redes sociais proliferaram grupos contrários aos gastos realizados com as reformas e construção dos estádios. Certamente há uma motivação particular, ou de cunho político ideológico nisso tudo, posto que muitos são favoráveis à realização do evento.
Alguns falam que o legado da Copa será quase inexistente. E muito pouco se fala no retorno financeiro dos investimentos feitos, que pode chegar a R$ 30 bilhões, conforme estimativa em um estudo feito pela FIPE.

Vemos apenas o governo federal defender a Copa no Brasil, apesar do empenho da maioria dos governadores e políticos de diversos partidos, em trazer a competição mundial para o país. Isso aconteceu lá atrás, quando o Brasil se candidatou como sede do mundial e ninguém se manifestou contrário. Pelo menos, não houve notícia. E vale lembrar, que os governos estaduais e municipais também tem uma cota grande de responsabilidade quanto ao legado que a Copa pode deixar para o país.

Há rumores sobre ameaças de protestos e manifestações durante o período dos jogos. Como estamos em um país democrático, é aceitável. Mas violência e depredação, é intolerável, fora da Lei. Não seria nada bom para um contingente enorme de brasileiros que querem aproveitar o momento, porque simplesmente gostam de futebol (a minha professora de piano diz que não quer nem saber!).

Além da má impressão que isto causaria para os turistas (tão esperados), que vêem no evento a oportunidade da visita e ainda de torcer para sua seleção. Se acontecer com intensidade, pior para a imagem do país uma vez que o mundo estará com os olhos voltados para o Brasil. 

Porém, o ponto mais importante no fato é realmente a conotação política imposta à realização da Copa do Mundo aqui no Brasil. Na verdade, uma coisa nada tem a ver com outra, mesmo que as pessoas queiram que tenha.

Zatonio Lahud, acertou em cheio ao postar em seu blog, o seguinte: "As pessoas dão ao futebol um peso político que ele não tem. Vejo opositores do atual governo torcendo contra a Seleção Brasileira na Copa pois isto, segundo a análise deles, favoreceria a reeleição da presidente Dilma. Besteira. Aos fatos: Mussolini terminou seus dias dependurado de cabeça pra baixo, enforcado em um poste na Itália, que, à época, era a bicampeã mundial de futebol  (1934/1938 ).

Jango foi defenestrado da Presidência do Brasil pelos milicos em 1964 e o país também era bicampeão mundial ( 1958/1962 ).
A ditadura não caiu quando fomos eliminados de forma humilhante em 1966 na Copa da Inglaterra; se promoveu com a Seleção campeão em 1970, mas perdeu as Copas de 74/78/82.

Fernando Henrique Cardoso não fez seu sucessor em 2002, apesar do Brasil ter sido campeão do mundo neste ano, Lula venceu. E foi reeleito, apesar de nossa derrota na Copa de 2006, ano de sua reeleição. 

Por fim, em 2010, Lula, mesmo com a perda da Copa, fez de Dilma sua sucessora, o que FHC não conseguiu mesmo o Brasil tendo sido campeão do mundo em 2002.
Viram? Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Uma coisa nem sempre é uma coisa, mesmo que queiramos que seja. É outra coisa."

Agora, que tem muita gente que usa o futebol como instrumento político, isso tem. Afinal, estamos no país do futebol...e da política.


Imagem: reprodução/diarioonline/Foto: Diário do Pará


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