terça-feira, 28 de setembro de 2021

Política: candidatos da 'terceira via' esquecem projetos para o país e atacam Bolsonaro e Lula

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Em um debate promovido pela GloboNews no domingo (26), os pré-candidatos à presidência da República, Ciro Gomes (PDT), Luiz Henrique Mandetta (DEM) e Alessandro Vieira (Cidadania) 'esqueceram' projetos e criticaram o ex-presidente Lula (PT) e o atual mandatário, Jair Bolsonaro (sem partido). Ciro, Mandetta e Vieira se colocam como possíveis candidatos da chamada "terceira via", termo que eles rejeitam.

Os três políticos tentando conquistar espaço junto aos eleitores nas eleições de 2022, rejeitam Lula e Bolsonaro e questionam a política econômica e fazem referência aos escândalos de corrupção do governo petista. No debate, eles criticaram a condução do combate à pandemia de Covid-19 e as consequências socioeconômicas advindas com a política negacionista adotada pelo atual governo de Bolsonaro. 

"Eu não gosto do termo terceira via. É a melhor via. Você tem passado, representado pelo Lula, que como todo passado você tem a revelar a parte ruim. E o presente a gente não precisa nem sequer fazer comentários. A rejeição ao atual governo é muito alta", disse Luiz Henrique Mandetta, ex-ministro da Saúde [do governo Bolsonaro].

Já Alessandro Vieira, lembrou acordos entre o dois lados em referência à Operação Lava Jato. "[O trabalho da investigação] foi mantido até o momento em que você chega num ponto onde gente demais está comprometida e você tem um 'acordão', que o ex-senador Romero Jucá profetizou e que foi concretizado numa parceria Bolsonaro e PT. [salutar lembrar que a operação lava Jato, encerrada no governo Bolsonaro, cujo chefe era o ex-juiz Sérgio Moro fora nomeado ministro da Justiça pelo próprio Bolsonaro e depois pulou fora do governo] 

"O ataque à democracia não se dá somente através de tanques, ele se dá através de malas de dinheiro, e a gente viu isso muito claro no governo do PT", conclui Alessandro Vieira (Cidadania-SE). [O candidato da 'terceira via' esquece que "malas de dinheiro" apareceram inclusive no governo golpista de Michel Temer, que assumiu após o golpe do impeachment de Dilma Rousseff, e aliviou a barra de Bolsonaro junto ao Supremo Tribunal Federal redigindo uma carta assinada pelo presidente se redimindo de ataques feitos a membros da Suprema Corte]. 


Por sua vez, Mandetta, questionado por ter feito parte do governo Bolsonaro como ministro da Saúde, se justificou: "Hoje 600 mil vidas me separam de Bolsonaro. São 600 mil razões para eu dizer que as tomadas de decisões foram muito cruéis para o povo brasileiro".


Ciro Gomes, foi confrontado por ter feito parte e apoiado os governo petistas, se justificou dizendo que nunca pertenceu ao partido [PT] e que concorreu contra Lula nas eleições e não tolerou as discordâncias que tinha contra o partido. "Fui ministro feliz da vida, não tenho arrependimento nenhum, foi um governo útil, importante, um bom governo para o Brasil, mas na sequência não aceitei mais. Meu afastamento vem público", afirmou Ciro Gomes, ex-governador e ex-ministro da Integração Nacional. [Ciro, para quem não lembra, logo após perder a corrida na disputa no primeiro turno das eleições presidenciais para Fernando Haddad, viajou para o exterior negando apoio ao então candidato do PT].


Além dos três, outros dois nomes aparecem com destaques da "terceira via". São eles: o govenador de São Paulo, João Doria, e o do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. O dois disputam a indicação para candidato dentro do PSDB, com Tasso Jereissati e Arthur Virgílio filiados ao partido.


Durante o debate, Mandetta falou sobre a fusão do seu partido (DEM) com o PSL. Disse que não permanecerá no partido caso a nova legenda apoie Bolsonaro. "Se for esse o caminho [apoio a Bolsonaro], pode ter certeza que eu não vou estar lá. Mas eu tenho toda a certeza que não há a menor margem para esse tipo de caminhar", disse. "Essas pessoas que ficaram dentro do governo, Democratas tem dois membros dentro do governo, com certeza estão muito desconfortáveis. Não há a menor possibilidade desse partido estar no palanque do Bolsonaro", falou o ex-ministro da Saúde.


Reportagem de Samuel de Brito, no Polêmica Paraíba
Imagem: reprodução

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