terça-feira, 17 de janeiro de 2023

Dispensado por Lula, primo do torturador Coronel Ustra teve ganhos extras em cargo no GSI

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dispensou, nesta terça-feira (17), vários militares que ocupavam cargos no Palácio do Planalto. Dentre eles, o tenente-coronel Marcelo Ustra da Silva Soares, primo do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, torturador da Ditadura Militar (1964-1985). O militar estava lotado no Gabinete de Segurança Institucional (GSI) desde julho de 2020, nomeado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
www.seuguara.com.br/Marcelo Ustra da Silva Soares/dispensado/Lula/GSI/

A dispensa ocorreu menos de 24 horas depois de reportagem do Brasil de Fato revelar, em primeira mão, que o tenente-coronel Marcelo Ustra da Silva Soares viajou com a comitiva de Bolsonaro para Orlando, nos Estados Unidos. Informação repercutida pelos principais veículos de comunicação do país.

Com o cargo oferecido por Bolsonaro, o bisneto de Celanira Martins Ustra, avó de Brilhante Ustra, o primo do torturador aumentou consideravelmente seus ganhos como servidor público, com função iniciada no Exército em fevereiro de 1997. Marcelo Ustra da Silva Soares teve ganhos extras em torno de R$ 134 mil, acrescidos ao salário durante os 30 meses que esteve no GSI. Com R$ 1,432, 40 a mais por mês, faturou o total de R$ 42.972,00. E mais, com diárias nas viagens presidenciais, o tenente-coronel embolsou cerca de R$ 91 mil. Em 2019, anyes de chegar a Brasília, o ganho com diárias foi de apenas R$ 2.610,20. Em 2019, antes de chegar a Brasília, o ganho com diárias foi de apenas R$ 2.610,20.


De acordo com informações obtidas no Portal da Transparência, Marcelo Ustra da Silva foi um dos 24 servidores do Poder Executivo Federal que embarcaram na viagem do ex-presidente Jair Bolsonaro ao EUA, entre 28 e 30 de dezembro de 2022. Marcelo foi escalado para embarcar dia 28 de dezembro, para trabalhar nos preparativos para a chegada da família presidencial. Seu retorno ocorreu em 1º de janeiro de 2023.


Quando da sua contratação pelo Planalto, em julho de 2021, noticiada em meios de comunicação, o militar negou que o emprego em cargo de confiança no governo federal tivesse relação familiar. "A nomeação não tem absolutamente nada a ver com indicação, com família. É uma nomeação de um plano normal de seleção dentro do Exército", afirmou Marcelo ao repórter Guilherme Amado, colunista do site Metrópoles, na ocasião.


Em dezembro de 2021, Marcelo Ustra da Silva Soares foi promovido ao posto de coronel do Exército "por merecimento". Ele era major da Cavalaria e, antes de chegar à Presidência [no Planalto], servia no Rio Grande do Sul.

Em sua conta no Facebook, em novembro de 2022, o assessor do GSI de Bolsonaro publicou um vídeo do depoimento de Coronel Ustra na Comissão da Verdade, com o seguinte comentário: "Alguém pelo amor de Deus ressucitem (sic) este homem urgente!!!". 


Reportagem de Paulo Motoryn, no Brasil de Fato

Edição: Thalita Pires

Imagem: reprodução/Facebook


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