Economia: 'Reunião Lula-Trump dá largada para negociações comerciais', por Luís Nassif
1. Ameaçar o Brasil com tarifas extraordinárias e a Lei Magnitski.
2. O impacito da decisão deixaria acuado o governo brasileiro e o fragilizaria perante os setores bolsonaristas.
3. No segundo momento haveria a negociação objetiva, mas com o Brasil em posição inferiorizada.
Foi o tiro na água. A resposta de Lula fortaleceu-o nçao apenas internamente, como mundialmente, como um baluarte da resistência democrática contra a autocracia norte-americana. Sua posição tornou-se mais forte devido ao amadorismo do Eduardo Bolsonaro, incapaz de entender as razões objetivas por trás de Trump: a de que Jair Bolsonaro era apenas um álibi.
A estratégia brasileira foi habilidosa. De um lado, respondeu com soberania à investida norte-americana. De outro, não cedeu à tentação de fechar um pacto com a China. Permaneceu na tradição do Itamaraty, de negociar com os dois lados. OU seja, mostrou que, pela força não cederia, mas estava aberto a conversas.
Trump claramente perdeu o primeiro round. Mas teve a esperteza de perceber o erro e abrir espaço para uma mudança na estratégia de negociação, passando a se valer das mesmas armas de Lula: a substituição da frieza diplomática pelas relações pessoais.
Esse clima foi aprofundado com Trump expressando admiração por Lula, indicando inclusive a possibilidade de visita aos Estados Unidos.
Com esses gestos, tirou o protagonismo de Lula, como principal lederança anti-Trump. Ficaram amigos desde criancinhas, abrindo espaço, então, para as negociações comerciais propiamente ditas.
Há uma agenda genérica óbiva:
- Suspensão temprária do tarifaço sobre exportações brasileiras enquanto duram as negociações.
- Início imediato das negociações bilaterais entre as equipes de ambos os países.
- Pedido de retirada das sanções aplicadas a autoridades brasileiras pela Lei Magnitsky.
Os temas cruciais
1. Data Centers - Soberania digital
Os pontos fundamentais:
- Dilema Central: Investimento tecnológico vs. controle sobre dados sensíveis
- Solução proposta: Governança compartilhada com salvaguardas de soberania
- Desafio: Equilibrar atração de investimentos com proteção de dados nacionais (LFPD/ANPD)
Questão estratégica para a transição energética global:
- Interesse americano: Reduzir dependência chinesa em minerais críticos
- Oportuinidade brasileira: Industrialização e agregação de valor local
- Complexidade: Gestão do triângulo Brasil-EUA-China
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