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quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

TSE manda Polícia Federal apurar filiação falsa de Lula ao PL

Por Felipe Pontes, repórter da Agência Brasil: O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, determinou que a Polícia Federal (PF) investigue uma suposta fraude na filiação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, seu adversário político.

www.seuguara.com.br/TSE/Polícia federal/Lula/filiação falsa/PL/

Na decisão, Moraes disse ser “fato notório” que Lula é filiado ao PT, partido do qual é fundador e presidente honorário. Ao ordenar a apuração, o ministro disse haver a “existência de indícios de crime a partir da inserção de dados falsos em sistema eleitoral”. Em nota, o TSE disse que “há claros indícios de falsidade ideológica”.


Pela regras da Justiça Eleitoral, cabe aos próprios partidos registrar a filiação de seus membros, por meio do acesso ao sistema eletrônica Filia. Após apurações internas, o TSE disse ter constatado que o registro de Lula no PL foi feito com o uso da senha de uma das advogadas do partido. O acesso dela foi cancelado, informou a corte.


Na certidão de filiação partidária de Lula, primeiro revelada pelo jornal, consta que o presidente teria se filiado ao PL em julho do ano passado, vinculado ao diretório municipal de São Bernardo do Campo, onde ele mantém residência. O cadastro da filiação foi feito em outubro.

O TSE afirmou que o sistema de filiação partidária funcionou normalmente e que “não houve ataque ao sistema ou falha em sua programação. O que ocorreu foi o uso de credenciais válidas para o registro de uma nova filiação falsa.”


À imprensa, o PL encaminhou nota da empresa Idatha, contratada pela legenda para fazer o gerenciamento de dados junto ao sistema Filia. A companhia disse estar totalmente à disposição para esclarecer o ocorrido e acrescentou que o acesso ao sistema de filiação é feito por meio de senha nacional fornecida pelo TSE e de posse da delegada nacional do partido.

“É crucial ressaltar que todo o fluxo de qualquer eventual filiação é registrado no sistema, o qual mantém informações e documentos auditáveis, estando todos os lançamentos disponíveis para averiguação das autoridades competentes”, complementa a nota.

Edição: Valéria Aguiar

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terça-feira, 14 de abril de 2020

ONU denuncia "perigosa epidemia de desinformação" por Covid-19

Agência France-Presse - 14/04/2020 (AFP) - A pandemia do COVID-19 causou uma "epidemia perigosa de desinformação", denunciou o secretário-geral da ONU, António Guterres, em comunicado nesta terça-feira, sem citar casos específicos, países ou veículos de mídia.
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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Dez impactos imediatos causados por uma mentira difundida na rede

Por Sakamoto, em seu blog - "Um jornal impresso de Minas Gerais estampou em sua manchete de capa uma foto minha e uma declaração atribuída a mim – mas que nunca dei – de que “aposentados são inúteis à sociedade''. Dentro, uma entrevista – que também nunca concedi – com várias barbaridades contra os aposentados que eu nunca falaria. Ao que tudo indica, alguém pegou um post meu do ano passado, inverteu o sinal de tudo e o transformou em entrevista.

O que acontece no período entre uma difamação ser lançada na rede e o jornal, no caso o “Edição do Brasil'', soltar uma nota informando que a entrevista era falsa?

Desta vez, tive a curiosidade de registrar passo a passo o que acontece. Agora trago um grande passeio pela natureza humana na web. Isso pode ser útil quando disserem a vocês algo do tipo: “Ah, relaxa, é só a internet! Não dá em nada.''


1) Pessoas que não conhecem as ideias deste autor começam a compartilhar o texto, indignadas.

2) Mensagens espumando de raiva chegam até mim. Muitas de aposentados. As mais leves, desejam muita dor e sofrimento.

Como a de Durval Alves Correia Alves, do Rio de Janeiro (RJ): “Seu verme. Deveria ter vergonha do seu pai e da sua mãe que os colocou no mundo. Deveria ter a sensibilidade de saber que o idoso contribui muito mais do que você como jornalista. Acredito que você deverá morrer antes dos seus 40 anos, senão de alguma doença incurável ou de tiro. Toma vergonha na puta da sua cara e vê se faz alguma coisa de bom para aqueles que precisam de pessoas de dignidade. Seja homem e não um marginal. Cuidado com as merdas que fala, você é um ser mortal… Não se esqueças disso seu filho da puta, pela saco, inútil é você. Me processa.'' Não costumo dar nomes, mas a postagem dele foi aberta.

3) As conhecidas redes de ódio e intolerância, mesmo sabendo que aquilo não condiz com o pensamento deste autor, se apropriam do conteúdo e começam a dispara-lo como se não houvesse amanhã. Surge o primeiro “esse desgraçado é vendido para o governo federal'', afirmando que me pagam para falar mal de aposentados. Evitam dizer que sou crítico ao governo Dilma e às mudanças na Previdência e na legislação trabalhista que ela namora. Surgem os memes, que alimentam as hordas do Fla-Flu político nacional que, de forma leviana, reduzem todos que são de esquerda a um partido político.


4) Alguém relaciona a entrevista falsa ao nazismo e diz que o nazismo e o socialismo são a mesma coisa. E que ser de esquerda significa querer acabar com os mais velhos. “Nazista é gente boa perto desse animal'', é um exemplo desses elogios. Alguém sugere a hashtag #Heil_Sakamoto.

5) Chegam as ameaças de morte.

Como a de Jullio Cavalcante Fortes, de Rio Branco (AC): “Este filho da puta, desgraçado, deve ser caçado e morto a faca. Vou distribuir este escarnio para todo o Brasil. E vamos aguardar no que vai dar. Gostaria muito de enfiar 5 balas 1.40 no meio da testa deste filho da puta para ele nunca mais falar mau dos idosos. Desgraçado (sic)''. A mensagem foi pública, por isso publico aqui.

6) Dou uma explicação simpática no Facebook, dizendo que nunca disse aquilo e aponto para o texto que escrevi defendendo o aumento do salário e que foi desvirtuado por ignorância ou má fé. Há pessoas que não acreditam (“se está se justificando é porque fez'') e outras simplesmente ignoram o claro sentido do texto e continuam me xingando.

7) Leitores frequentes do blog, que concordam com ele ou não, tentam convencer os amigos na rede de que aquilo não faz sentido e a acusação é falsa. Mostram o texto original de onde foi inspirada a falsa entrevista, explicam a distorção de tudo. Parte dos amigos dos leitores, em fúria, ignoram as explicações, dizem que nada disso importa. O que importa é que ele é de esquerda. E se é de “esquerda'' pode até não ter tido culpa nisso, mas alguma culpa ele tem. E, seguindo a lógica do linchamento (se a turba está contra ele é porque é o culpado), sentam o pau.

8) O primeiro colega jornalista entra em contato para repercutir a matéria. O texto atinge, em pouco tempo, cerca de 15 mil compartilhamentos.

9) O próprio jornal reconhece que não dei a entrevista a eles. Alega que ela foi respondida por uma pessoa que se fez passar por uma assessora minha para prejudicar a mim e ao jornal (justificativa que eles deram em nota que substituiu a entrevista falsa). Claro, nunca me ligaram para checar qualquer informação antes de colocá-la na capa.

10) Mas não importa mais, não depende mais do jornal. As redes de ódio ignoram e continuam divulgando o conteúdo original. Como um desmentido não é lido com a mesma voracidade que uma acusação, e como as pessoas só leem título e foto na internet antes de comentar, a porrada continua. Na verdade, o conteúdo não mais importa, nem o desmentido, nem a informação. Passo a ser obrigado a provar de que não falei aquilo e não o contrário. É raiva, apenas raiva que flui.

Tomarei as medidas judiciais cabíveis. Mas o próximo passo, eu já conheço: ser xingado no supermercado ou ser vítima de agressões e cusparadas na rua, como já aconteceu comigo quando circularam outras difamações no ano passado. Esses casos têm cauda longa, duram meses e anos, arrastando-se pela internet e sobrevivendo de incautos e ignorantes. É conteúdo que ficará circulando para ser capturado por grupos que promovem o ódio, saindo da rede e sendo transportados por pessoas sem discernimento que, no limite, fazem Justiça com as próprias mãos.

Tudo isso para me lamentar da vida? Não, longe disso. Quem atua na área de direitos humanos sabe que isso pode acontecer.

Isso é para lembrar que você ganha um pontinho no céu e um bebê panda sorri na China toda vez que você checar uma informação antes de compartilha-la em redes sociais. Então, não faça isso por mim ou pela verdade dos fatos. Faça pela sua alma. E pela alegria dos pandas."

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