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terça-feira, 31 de outubro de 2023

Os tios do zap de Bolsonaro e os jovens do TikTok de Milei. Por Moisés Mendes

Por Moisés Mendes, em seu blog: O fenômeno Javeir Milei oferece um consolo aos brasileiros, nas tentativas de comparação entre o argentino e Bolsonaro e entre as bases da extrema direita lá e cá. Algumas coisas nos favorecem quanto ao tamanho das ameaças. Numa das simplificações possíveis, para que algumas abordagens sejam aprofundadas, pode ser dito que o bolsonarismo nasce e se mantém sobre um eleitorado já envelhecido. E que o mileinismo tem seu alicerce nos jovens.

www.seuguara.com.br/Jair Bosonaro/Javier Milei/eleitores/Zap/TikTok/

É o que reafirmam pesquisas mais recentes sobre intenção de voto no segundo turno, que acontece dia 19 de novembro. Os jovens mantêm Milei competitivo e é deles que o extremista depende para o curto e o médio prazos.


Para relembrar, às vésperas da eleição no primeiro turno, em 22 de outubro, uma pesquisa da consultoria Analogia revelou que 40,6% dos eleitores de 16 a 29 anos estariam dispostos a votar em Milei. Com uma maioria de homens, como acontece em relação ao eleitorado total.

O diretor do Grupo de Estudos de Desigualdade e Mobilidade do Instituto Gino Germani, Eduardo Chávez Molina, analisou o perfil desse eleitor de Milei e concluiu que em cada quatro jovens da sua base há apenas uma mulher.


Também na Argentina o lastro da extrema direita é de machos, e há detalhes interessantes. Molina mostra que, se restringir o que chamam de jovens à faixa de 16 a 23 anos, os que declaram vínculos e fidelidade a Milei são apenas 21% do total, contra 32% de peronistas.

Quanto Mais jovem, menos o argentino seria ligado às ideias do extremista. O jovem argentino que simpatiza ou confia em Milei estaria mais perto dos 30 anos do que dos 20. É um jovem maduro, mas é jovem.

www.seuguara.com.br/Javier Milei/Eduardo Bolsonaro/

A mais recente pesquisa de intenção de voto da Analogia para o segundo turno, que acontece em 19 de novembro, foi resumida assim pelo jornal Página 12:

Sergio Massa, segundo os resultados desse levantamento, lidera com 42,4%, com maioria de votantes mulheres entre 45 e 59 anos. Milei obteve 34,3%, com uma maioria de votantes homens dos segmentos jovens entre 16 e 29 anos. 


O jornal destaca as mulheres de Massa e os jovens de Milei. No Brasil, uma pesquisa hoje poderia destacar os homens velhos de Bolsonaro, porque seu contingente de jovens é baixo, quase precário, segundo divisão por estratos feita pela DataFolha em julho de 2022. No grupo de 16 a 24 anos, Bolsonaro contava com apenas 24% do eleitorado. Lula tinha 54%.


A base do eleitorado de Bolsonaro é o macho branco, com curso superior, de classe média, com idade acima de 40 anos. É uma base com forte participação de neopentecostais. O eleitor que dá lastro a Milei é o jovem de até 30 anos, sem influências religiosas relevantes.

Não há jovens entre a militância que foi às ruas no 8 de janeiro e invadiu Brasília. Manés e terroristas presos eram em maioria homens (60% do total, segundo o Ministério Público Federal) e com idades predominantes entre 36 e 55 anos.


A radicalidade da afronta bolsonarista é coisa de quase-idosos, o que não fecha com o perfil médio histórico de participantes de ações políticas agressivas antissistema.

Eles estão, quanto à faixa etária, mais próximos do invasor trumpista do Capitólio em 2021, já indiciado e processado, que tem idade média de 42 anos.


Comparações entre perfis econômicos e de classes sociais são mais complexas e arriscadas, tento em relação aos americanos quanto aos argentinos, no confronto com brasileiros simpatizantes da extrema direita.

Mas na comparação com a Argentina, a idade é um bom indicador, nas tentativas de espelhar Milei e Bolsonaro e suas bases sociais. Ambos são fenômenos acionando machos que se dizem antissistema, desiludidos e/ou com índole fascista, mesmo que com frágil sustentação ideológica.


O resto, principalmente quanto às posições e expectativas que provocam e provocaram na economia e nos costumes, não é tão simples. 

Para o eleitor tiozão de Bolsonaro, o moralismo é uma verdade ou uma farsa fundamental para sua inserção na extrema direita, como ativista ou apenas como eleitor. Ele também é na essência um antilulista.


O eleitor jovem de Milei é alguém compressa para encontrar um novo milagre para suas misérias e desilusões, como foram os 10 anos de dolarização de Carlos Menem, que ele nem viveu, e com preocupações secundárias com temas (aborto, drogas, gays, armas, militares) que mobilizam o ódio, o preconceito e o reacionarismo bolsonaristas.


As diferenças se acentuam na capacidade de ativismo, de militância real. Milei levou jovens pobres às ruas, Bolsonaro levou seus homens carecas ricos e de classe média às motociatas.

www.seuguara.com.br/Javier Milei/Argentina/eleitorado/

Milei tem forte apoio virtual da geração TikTok na internet. Bolsonaro tem os tios do Zap e dos tuítes. Dizer que ambos são bons no manejo das redes sociais é reduzir esse mundo a algo homogêneo. Bolsonaro nem sabe o que é TikTok.


Pesquisadores têm à disposição um bom material para investigar muitas suspeitas, como a de que o eleitorado jovem de Bolsonaro pode ter encolhido entre 2028 e 2022.

Como elemento para traçar perspectivas de futuro, a base jovem oferece ao mileinismo bem mais chances do que a base velha do bolsonarismo. Milei, mesmo que perca a eleição, tem um eleitorado com a vitalidade da juventude e da renovação.

Bolsonaro tem seus tios, que podem cansar diante de novas derrotas e desencantos e da possibilidade real de vê-lo na prisão.


VIA

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quinta-feira, 27 de outubro de 2022

Eleições: 'Agora, só com armação'. Por Fernando Brito

Por Fernando Brito, no Tijolaço, em 26/10/22: Mais duas pesquisas, mostram um quadro de maior favoritismo de Lula nas eleições de daqui a quatro dias. Na Quest, repete o patamar medido em todos os levantamentos já publicados esta semana: Lula libera com 7% dos votos totais e 6% nos válidos (o que só se explica por arredondamentos, já que as diferenças, entre os válidos, são iguais ou maiores que entre os votos totais, por óbvio).

www.seuguara.com.br/pesquisas eleitorais/intenção de voto/

Na Poder Data, a diferença que estava em apertados quatro por cento, sobe para seis (53% a 47% de Bolsonaro.


É obvio que as pesquisas de opinião são eficazes - e não perfeitas, claro - na detecção das intenções de voto, mas continuo acreditando que, porque são empresas e, como tal, sujeitas à pressão do governo, tenho certeza de que todas elas guardam uma certa prudência, até porque, num eleição muito disputada, um ou dois pontos de oscilação têm um peso imenso.


Ninguém põe o pescoço debaixo da espada e eu prefiro acreditar que a turma do mercado financeiro, mais capaz do que qualquer jornalista no campo da inside information que, há três dias seguidos, mantém um cenário de baixa confiança na vitória de Bolsonaro.


Eles sabem que, para além das pesquisas, o episódio Roberto Jefferson - mais do que os outros escândalos recentes - no mínimo bloqueou as possibilidades de crescimento das intenções de voto do atual presidente.

Atenção, portanto, para a única reação possível: armar escândalos de reta final, único recurso que resta a Bolsonaro.


Imagem: reprodução


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terça-feira, 13 de setembro de 2022

Bolsonaro sentiu o golpe do Ipec [vídeo]

Rudolfo Lago, no Congresso em Foco: A cara compungida parecia algo premeditada. Em entrevistas a um pool de podcasts de inclinação evangélica, o presidente Jair Bolsonaro falava de cabeça baixa, sem olhar diretamente para a câmera. "Se essa for a vontade de Deus, eu continuo. Se não for, a gente passa aí a faixa e vou me recolher, porque, com a minha idade, não tenho mais nada a fazer aqui na terra se acabar minha passagem pela política em 31 de dezembro do corrente ano".

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sexta-feira, 2 de setembro de 2022

Eleições 2022: Lula tem 53% e Bolsonaro 38% no segundo turno, diz Datafolha

Publicado por Caíque Lima, no DCM: Lula tem 53% das intenções de voto no segundo turno das eleições deste ano e uma vantagem de 15 pontos sobre Jair Bolsonaro, que conta com a preferência de 38% do eleitorado. Os dados são de pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (01).
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terça-feira, 16 de agosto de 2022

Eleições 2022: '44% no Ipec abre novas portas para Lula'. Por Miguel do Rosário

Por Miguel do Rosário, em O Cafezinho: Com 44% dos votos totais, que correspondem a 52% dos voto válidos, Lula inicia a campanha com altíssimo peso gravitacional. Os números são da pesquisa Ipec, divulgada nesta segunda-feira 15 de agosto. Bolsonaro, por sua vez, tem 32%. Num eventual segundo turno, Lula teria 51% dos votos totais, 16 pontos à frente dos 35% de Bolsonaro.

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sábado, 25 de junho de 2022

Por que é incorreto afirmar que institutos de pesquisas "erram" resultados eleitorais

AFP/Brasil: Publicações que circulam desde 14 de junho de 2022 somando mais de 550 mil visualizações nas redes sociais indicam supostos erros ou manipulações em levantamentos feitos por institutos de pesquisa no Brasil. A comprovação disso, segundo usuários, seria a falha na previsão de resultados nas eleições gerais de 2018. Mas especialistas explicaram ao AFP Checamos que pesquisas são diferentes de prognósticos, e que servem na verdade, para descrever como está a opinião pública em um momento específico: o espaço de tempo delimitado na pesquisa.

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sexta-feira, 27 de maio de 2022

Eleições 2022: 'Vitória de Lula pode ser a maior da história da República'. Por Miguel do Rosário

Publicado originalmente no site O Cafezinho, por Miguel do Rosário: O crescimento avassalador do ex-presidente Lula na pesquisa Datafolha sinaliza não apenas um conclusão no primeiro turno, mas também que pode vir a ser a maior vitória já registrada numa eleição presidencial no Brasil.
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sábado, 15 de janeiro de 2022

Eleições 2022: Pesquisa do Ipespe mostra que Lula continua na liderança em intenção de voto

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) continua na liderança da disputa do primeiro turno das eleições presidenciais com 44% das intenções de voto, segundo pesquisa Ipespe encomendada pela XP Investimentos. A vantagem de Lula em relação ao segundo colocado, Jair Bolsonaro (PL), é de 20 pontos percentuais: o atual presidente, que está tentando se reeleger, tem 24% dos votos.
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terça-feira, 23 de setembro de 2014

Saiba como são feitas as pesquisas de intenção de voto

Vitor Abdala – Agência Brasil

- Divulgadas durante períodos eleitorais em todo o mundo, as pesquisas de intenção de voto costumam incendiar campanhas e influenciar eleitores. Feitas por institutos de pesquisas de opinião pública (como Ibope, Datafolha e Vox Populi) a pedido de veículos de comunicação ou entidades representativas (como as confederações nacionais da Indústria e de Transportes), as pequisas no Brasil precisam ser registradas na Justiça Eleitoral para serem divulgadas.
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