segunda-feira, 7 de outubro de 2024
sexta-feira, 4 de outubro de 2024
Bancada Ometto: maior doador de 2024 deu dinheiro para 163 candidatos de 15 partidos diferentes
Por Igor Carvalho, no Brasil de Fato: Bilionário que atua no agronegócio brasileiro, Rubens Ometto Silveira de Mello encabeça a lista de maiores doadores pela quarta eleição consecutiva. Nesta ano, o empresário pulverizou R$ 17,2 milhões em 185 doações, sendo 22 para diretórios municipais e nacionais de partidos, e 163 para candidaturas espalhadas em nove estados do país. A fortuna do empresário é avaliada em US$ 1,4 bilhão.
Os montantes investidos em candidatos em 2024 representam um aumento de 129% em doações feitas pelo empresário, que é presidente do Grupo Cosan, em relação às eleições de 2022, quando distribuiu R$ 7,4 milhões em 22 candidatos, 11 dos quais acabaram eleitos.
Em 2020, o empresário foi mais econômico e investiu R$ 2,6 milhões em 20 candidaturas, sendo 14 à prefeitura e seis a câmaras municipais. Naquele ano, o dinheiro de Ometto ajudou a eleger cinco prefeitos e seis vereadores.
Na eleição anterior, em 2018, o empresário do agronegócio doou R$ 7,5 milhões para 55 candidaturas. Seu investimento ajudou a eleger um senador, três governadores, 15 deputados federais e seis deputados estaduais.
Neste ano, Ometto apoiou 62 postulantes ao cargo de prefeito e 101 candidatos que tentarão se eleger a uma cadeira em câmaras municipais.
O empresário demonstra não ter preocupação ou fidelidade ideológica. Escolheu candidatos de 15 partidos diferentes.
Porém, o centrão foi quem mais se beneficiou dos investimentos de Ometto. Ao todo, 74 candidatos do PSD receberam recursos do empresário do agronegócio, 17 do PP e 16 do MDB. A maior doação de Ometto foi para o prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), que é candidato a reeleição e recebeu R$ 2 milhões.
Edição: Thalita Pires
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sábado, 30 de setembro de 2023
Dallagnol propôs "bloquear" o Congresso para combater a corrupção
Em um cenário político já marcado por tensões, novas mensagens revelam que o ex-procurador e deputado cassado Deltan Dallagnol tinha planos de bloquear o Congresso Nacional e Assembleias Legislativas como forma de combate à corrupção. Essas informações foram obtidas pela operação spoofing e divulgadas pela revista eletrônica Consultor Jurídico.
As mensagens datam de 5 de julho de 2017, quando Dallagnol questionou Bruno Brandão, diretor da ONG Transparência Internacional no Brasil, sobre a aplicação de desobediência civil como método de resistência não violenta. "Que tal bloquearmos as entradas do congresso?", indagou Dallagnol, segundo o Consultor Jurídico.
Brandão, que também estava envolvido no fundo que a operação "Lava Jato" pretendia criar, citou um exemplo de protesto que bloqueou a entrada do ex-chefe da Controladoria-Geral da União. Ele ainda fez referência a um incidente na Venezuela, onde um helicóptero atacou o Supremo Tribunal com uma faixa alusiva à desobediência civil.
Dallagnol, por sua vez, sugeriu que ações semelhantes poderiam ser replicadas em todas as capitais, visando as Assembleias Legislativas. Ele também propôs um boicote a partidos políticos acusados pela "Lava Jato" de formação de organização criminosa, embora essas acusações nunca tenham sido comprovadas.
Em resposta, Brandão propôs um "aviso prévio" aos partidos, afirmando que aqueles que investigassem as irregularidades internamente seriam poupados do boicote. Dallagnol concordou, mas alertou que as investigações poderiam ser superficiais, apenas "para inglês ver".
Essas revelações, trazidas à luz pelo Consultor Jurídico, levantam questões profundas sobre os métodos considerados por figuras públicas no combate à corrupção, e até que ponto essas ações podem ameaçar o equilíbrio democrático do país.
Redação: O Cafezinho
sábado, 14 de maio de 2022
Eleições 2022: características, influências e perspectivas
sábado, 23 de abril de 2022
STF quer resposta 'firme' a indulto de Daniel Silveira
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022
Política: Supremo decide que federações partidárias são constitucionais
terça-feira, 16 de novembro de 2021
Política: Briga com PL é prova que Bolsonaro tem desprezo pela democracia. Por Naian Lopes
quinta-feira, 2 de setembro de 2021
Partidos políticos terão acesso ao código-fonte da urna eletrônica nas eleições de 2022
quinta-feira, 12 de agosto de 2021
Política: Câmara dos Deputados rejeita 'distritão' e aprova a volta das coligações proporcionais
sábado, 14 de novembro de 2020
Política: 'Derrota do fascismo em 2020 precisa começar domingo'. Por Marcelo Auler
Publicado originalmente por Marcelo Auler, em seu blog - Os 70 milhões de votos obtidos por Donald Trump não forma suficientes para mantê-lo no cargo por mais quatro anos, mas demostraram bem que ele, apesar de todos os estupros democráticos que cometeu, foi capaz de dividir a sociedade estadunidense.
sexta-feira, 11 de setembro de 2020
Política: Dos 24 partidos, apenas PSOL votou integralmente contra perdão da dívida de igrejas
Jornal GGN - Dos 24 partidos com representação na Câmara dos Deputados, apenas o PSOL votou integralmente contra o projeto de lei que continha um jabuti, que abre caminho para o perdão da dívida de R$ 1 bilhão em tributos de Igrejas. Os dados foram levantados e divulgados pela Folha desta sexta (11).
segunda-feira, 18 de maio de 2020
Política: Bolsonaro entrega mais um cargo de fundo bilionário ao Centrão
sábado, 16 de novembro de 2019
Política: PSL está dividido entre expulsão e suspensão de quem está com Bolsonaro
quinta-feira, 28 de março de 2019
Política: partidos de direita também se manisfestam contra aspectos antipobre da reforma da previdência
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019
Política: Partidos boicotam reunião com líder do governo Bolsonaro na Câmara dos deputados
terça-feira, 22 de maio de 2018
Política: PSDB é o partido que mais ajudou Temer a aprovar seus projetos
domingo, 11 de fevereiro de 2018
Os donos da mídia no Brasil atuam nos partidos mais corruptos do país
domingo, 29 de maio de 2016
Impeachment - Áudios mostram que PMDB, DEM, Solidariedade e PSDB financiaram MBL
O movimento teria negociado ajuda financeira a caravanas também com a Juventude do PSDB, para custos como lanches e aluguel de ônibus, e teria tido apoio da “máquina partidária” do DEM. As informações são do portal Uol, que divulgou áudios com conversas de integrantes do movimento.
O MBL ganhou projeção nas redes se colocando como um movimento apartidário e sem ligações financeiras com legendas políticas, e também pedia ajuda financeira de seus apoiadores sem ligações com partidos em redes sociais. Atualmente, continua com campanhas de arrecadação, mas se define como “suprapartidário”.
A partir de R$ 30, um novo integrante do MBL pode ter direito a votos. As informaçõesestão disponíveis no website do movimento, que também vende produtos como camisetas com os dizeres “Eu derrotei o PT!”, canecas e miniaturas do chamado “pixuleco”.
De acordo com o Uol, os pedidos de ajuda financeira a partidos teriam ocorrido pelo menos a partir deste ano.
PMDB e os milhares de panfletos de divulgação de atos
O presidente da Juventude do PMDB, Bruno Júlio, informou ao Uol que pediu ao presidente da Fundação Ulysses Guimarães, Moreira Franco, que custeasse 20 mil panfletos para o MBL divulgar os atos de 13 de março, com a inscrição "Esse impeachment é meu". A assessoria de Moreira Franco negou a informação ao portal de notícias.
O material teria sido pago pelo partido e entregue ao MBL, que distribuiu para as sedes regionais. "O MBL auxiliou na logística, distribuindo os panfletos e colando cartazes, mas a Fundação Ulysses Guimarães pagou porque se tratava de uma campanha nossa, da Juventude do PMDB, que nós encampamos", disse o dirigente da JPMDB.
O lema "Esse impeachment é meu" foi estampado pelo MBL em camisetas, faixas e cartazes, e reforçado em discursos e vídeos das lideranças do movimento.
A assessoria do atual secretário-executivo do PPI (Programa de Parcerias e Investimentos) do governo interino, Moreira Franco, disse, no primeiro momento ao Uol, que ele não se recordava se teria pago ou não pela impressão. Posteriormente, negou que o pagamento tenha ocorrido. Já o MBL respondeu apenas que o PMDB fazia parte da comissão pró-impeachment.
Ajuda das "máquinas" do Solidariedade e do DEM
Renan Antônio Ferreira dos Santos, um dos três coordenadores nacionais do MBL, diz em uma gravação de fevereiro de 2016 a um colega do MBL que tinha fechado com partidos políticos para divulgar os protestos do dia 13 de março, usando as "máquinas deles também". Renan diz que o MBL seria o único grupo que realmente estava "fazendo a diferença" pelo impeachment de Dilma Rousseff.
Renan Santos confirmou a autenticidade do áudio em nota enviada ao portal de notícias. "As manifestações não são do MBL. 13 de Março pertence a todos os brasileiros, e nada mais natural que os partidos de oposição fossem convidados a usar suas redes de divulgação e militância para divulgar a data. Não houve nenhuma ajuda direcionada ao MBL. Pedimos apenas que divulgassem com toda energia possível. Creio que todos o fizeram", informou nota do MBL.
A assessoria de imprensa do Solidariedade confirmou a parceria em nota. "O apoio do Solidariedade ao MBL foi com a convocação da militância para as manifestações do impeachment, carro de som nos eventos e divulgação dos atos em nossas redes."
O DEM informou que atuou em conjunto com o MBL, mas negou ajuda financeira e material. "O Democratas se uniu aos movimentos de rua em favor do impeachment. Não houve nenhum tipo de apoio financeiro, apenas uma união de forças com os movimentos de rua, dentre eles o MBL", disse o partido.
PSDB
Outra gravação feita no dia 5 de maio mostra o secretário de Mobilização da Juventude do PSDB do Rio de Janeiro, Ygor Oliveira, dando detalhes a colegas de partido sobre uma "parceria com o MBL" para financiar uma manifestação, que foi realizada no dia 11 de maio, em Brasília, durante a votação no Senado que resultou no afastamento de Dilma.
Oliveira confirmou ao Uol a autenticidade da mensagem, mas disse que a "parceria" não se concretizou. "Isso foi um rascunho de uma parceria, que acabou não dando certo." Ele também afirmou que não pretende realizar outras iniciativas como esta.
O MBL confirmou a "aproximação ao PSDB" ao portal, mas deu detalhes sobre a tal parceria. Renan Santos, coordenador nacional do movimento e filiado ao PSDB entre 2010 e 2015, disse que "o MBL não criminaliza a política nem os políticos". "A aproximação com as lideranças (políticas) foi fundamental para pavimentar o caminho do impeachment."
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quinta-feira, 7 de abril de 2016
'Correspondentes estrangeiros agora sabem que impeachment não é causa nobre'
De Michel Temer a Eduardo Cunha, passando pelos tucanos Aécio Neves e Geraldo Alckmin, os adversários mais influentes de Dilma estão envolvidos em chocantes escândalos de corrupção que destruiriam a carreira de qualquer um numa democracia minimamente saudável.
Na verdade, a grande ironia desta crise é que enquanto os maiores partidos políticos do país, inclusive o PT, têm envolvimento em casos de corrupção, a presidenta Dilma é um dos poucos atores políticos com argumentos fortes para estar na Presidência da República e que não está diretamente envolvido em casos de enriquecimento pessoal.
Esses fatos vitais têm alterado radicalmente como a mídia internacional vê a crise política no Brasil.
Durante meses, jornalistas norte-americanos e europeus retrataram de forma positiva as manifestações nas ruas, a investigação da Operação Lava Jato e as decisões do juiz federal Sergio Moro.
Em razão desses fatos, agravados pelo tratamento abertamente político de Moro com relação ao ex-presidente Lula e pela cobertura midiática embaraçosamente sensacionalista feita pelo “Jornal Nacional” e por outros programas da Rede Globo, agora muitos estão reconhecendo que a realidade é bem menos inspiradora ou nobre.
A sociedade brasileira tem muitas razões legítimas para se zangar com o governo. Mas para uma parte da elite midiática e econômica do país, a corrupção é apenas uma desculpa, um pretexto para atingir um fim antidemocrático.
O objetivo real é remover do poder um partido político – o PT – que não conseguiu derrotar após quatro eleições democráticas seguidas. Ninguém que realmente se importasse com o fim da corrupção iria torcer por um processo que delegaria o poder a líderes de partidos como o PMDB, o PSDB e o PP.
Pior, está se tornando claro que a esperança dos líderes dos partidos da oposição é de que o impeachment de Dilma seria tão catártico para o público, que permitiria o fim silencioso da Operação Lava Jato ou, ao menos, fosse capaz de fazer com que tudo terminasse em pizza para os políticos corruptos.
Em outras palavras, o impeachment de Dilma Rousseff está designado para proteger a corrupção, não para puni-la ou até acabar com ela –o retrato mais característico de uma plutocracia do que de uma democracia madura.
Impeachment é uma ferramenta legítima em todas as democracias, mas é uma medida extrema, que deve ser usada somente em circunstâncias convincentes de que há crimes cometidos pelo presidente da República e quando há provas concretas das ilegalidades. O caso do impedimento de Dilma não responde a nenhum desses dois critérios.
Em uma democracia avançada, o Estado de Direito, não o poder político, deve prevalecer. Se, apesar disso tudo, o país estiver realmente determinado a apear Dilma do poder, a pior opção seria deixar essa linha de sucessão corrupta ascender ao poder.
Os princípios da democracia exigem que Dilma Rousseff termine o mandato. Se não houver opção, e ela for impedida, a melhor alternativa é que sejam realizadas novas eleições e, assim, que a população decida quem assumirá seu lugar, pois, como está na Constituição, todo poder emana do povo."
"GLENN GREENWALD, 49, cofundador do site especializado em reportagens sobre política nacional e externa The Intercept, é vencedor do Prêmio Pulitzer de Jornalismo em 2014 e do Prêmio Esso de 2013".
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segunda-feira, 21 de março de 2016
“Não sou petista, mas não sou cega”, diz Monica Iozzi
"A imprensa tem que divulgar da mesma maneira as acusações sofridas pelo PT, PSDB, PMDB e outros. O que não acontece. Não sou petista, mas também não sou cega", afirmou Mônica à coluna F5, da Folha de S. Paulo. Para a atriz o "debate raso e tendencioso que vem alimentando a atual atmosfera de ódio, preconceito e intolerância no país".
Monica Iozzi participou ao lado de Letícia Sabatella e Daniel Dantas, de um "vídeo-convite" para a manifestação "contra o golpe" da última sexta (18). "Precisamos parar com esse comportamento de torcidas organizada. O país parece estar dividido entre "petralhas" e "coxinhas". Ela diz que gravou o vídeo como um convite à discussão e destaca o caráter apartidário do ato. "A ideia não é abonar as ações do PT, mas cobrar que todos os partidos sejam investigados e julgados de maneira imparcial e justa".
Sobre a crítica que fez aos brasileiros que "se informam apenas pelas manchetes do Jornal Nacional", a atriz afirma ter mencionado o telejornal por ser o de maior audiência no país. "Minha intenção com aquele post foi questionar como as pessoas se informam. Não sejamos ingênuos, não existe imparcialidade na imprensa".
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