As nuvens estão escuras e a janela está escancarada. Por Fernando Brito
Claro que com o governo despejando dinheiro em véspera de eleição, algum ânimo há de ter a economia, mas não se usará esta injeção de recursos para nada sustentável.
E, dado o tamanho da crise social que atravessamos, nem mesmo assim será superada a sensação de fracasso e desânimo que nos dá a visão dos brasileiros num estado de fome e abandono.
Estamos completamente indefesos diante do provável agravamento de uma economia que vive dos respingos que lhe dá a torrente de capital especulativo quer nos vem - ou vinha, diante da aversão mundial ao risco - sem ter nenhuma proteção para isto.
A moeda norte-americana, todos os dias, há dois meses, tem o mesmo perigoso comportamento: abre em alta forte, testa limites cada vez mais altos (hoje foram os R$ 5,49) e depois cai um pouco, preparando o salto do dia seguinte, sempre de um patamar um pouco mais alto.
Estamos entrando na tempestade com as velas a todo pano - subsídios e renúncias fiscais extraordinários na casa de mais de R$ 200 bi - e gastando uma receita que sabemos que não virá.
E o timoneiro saiu para fazer motociatas.
Imagem: reprodução/Cláudio Hebdô/FSP

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