quarta-feira, 16 de julho de 2025
terça-feira, 15 de julho de 2025
Resumo dos jogos da 13ª rodada do Brasileirão 2025
Chelsea vence o PSG e conquista o título de campeão do Mundial de Clubes 2025
quinta-feira, 10 de julho de 2025
O que a Copa do Mundo de Clubes deixa para além das quatro linhas?, por Walter Moreira Dias
Por Walter Moreira Dias, no GGN: A Copa do Mundo de Clubes caminha para a realização das esperada final no próximo domingo (13/07). Chelsea e PSG se enfrentarão em busca do primeiro título do torneio recém criado pela FIFA. Para além do sucesso de audiência, das enormes discussões apaixonadas nas redes sociais e do enorme espaço criado para patrocinadores, convém pensar politicamente o que fica desta Copa para o campo progressista.
É fato que no neoliberalismo do século XXI, os ganhos das emissoras e organizadores do evento com foco total nos lucros; a massificação da publicidade, a contínua normalização dos anúncios de casas de apostas ditaram o tom. E é lógico, com o futebol como produto, se cristaliza a noção dele como somente entretenimento.
Apesar de diversos jogos da primeira fase terem um público local bastante reduzido, o resultado final da nova competição da FIFA é um estrondoso sucesso. De qualidade esportiva. De audiência. De publicidade. De lucros.
É o paraíso para os patrocinadores. Placas de publicidade digitais e transitórias; logos de marcas fixas ao lado do placar por longos períodos; reduções de tela para projetar comerciais durante o tempo regulamentar do jogo. Além, é claro, das atuais marcas nas camisas e a tradicional regra para que não as tire após os gols. Ou seja, cartões amarelos "patrocinados" pelos anunciantes.
Como então disputar o imaginário de torcedores e espectadores? É possível ter vozes dissonantes neste cenário?
Podemos ousar listar alguns pontos relevantes para a reflexão de uma outra cultura futebolística.
Ao menos, a Copa do mundo de Clubes serviu para tirar o pedestal de superioridade irrestrita e indiscutível que times europeus possuíam frente aos demais. O rendimento de clubes americanos, asiáticos e africanos surpreendeu o senso comum que vinha se construindo nas décadas recentes. Apesar do desnível financeiro, as vitórias inesperadas e alguns jogos equilibrados ajudaram a criar fissuras no eurocentrismo da bola.
Assim como a própria longevidade do Fluminense na competição que ajudou a chacoalhar outro lugar comum dos debates futebolísticos no Brasil: a ideia de que qualquer treinador europeu é superior aos técnicos brasileiros. Nos anos recentes vimos diversos clubes brasileiros contratando estrangeiros para dirigir os times apenas por serem estrangeiros.
Apesar de ter sido na figura de um bolsonarista convicto, Renato Gaúcho, a campanha do Fluminense simbolicamente contribui para diminuir o menos prezo aos técnicos brasileiros.
E ainda tivemos o goleador palestino do Ah-Ahly, Abou Ali, que nos fez lembrar do genocídio israelense apenas por sua identidade. Nascido na Dinamarca, com pai imigrante palestino, chegou a postar uma mensagem em sua rede social pouco antes da chegada aos EUA para a Copa: "Free Palestine". Para os que preservaram sua sensibilidade e empatia, a mídia ao retratar o "artilheiro palestino" já remete à memória do sofrimento de toda aquela nação. Para os que já deixaram o ódio tomar conta, é uma lembrança de que o país, a nação e os palestinos existem, vão continuar existindo e não serão varridos do mapa.
Por fim, podemos também lembrar da flecha de Oxóssi por meio do Paulinho, que apesar de lesionado, conseguiu ser decisivo nas oitavas de final para o Palmeiras. Ele é um ícone de luta contra a intolerância religiosa e contra o racismo. Na cultura iorubá a flecha combate a miséria e a fome. Paulinho, com seu orixá, consegue, inclusive, combater males para além destes.
É pouco? Com certeza.
Frente aos bilhões que o jogo movimenta, entre casas de apostas, multinacionais e petrodólares, é muito pouco. Mas não podemos deixar de lado o esporte para conservadores, meritocratas, fanáticos religiosos e neoliberais.
Urge nascer uma contracultura futebolística no Brasil. Conseguimos contar nos dedos os jogadores, técnicos, executivos e comentaristas que externam posições do campo da esquerda. Ao contrário, é bem comum encontrarmos falas conservadoras de personagens do mundo da bola.
Seria demais ter esperança em um clube de futebol aderir, por exemplo, à pauta contra a escala 6 x 1? Reduzir a carga horária de seus funcionários administrativos para 40h, com duas folgas semanais e sem redução de salário? Clubes, inclusive os que tem donos bilionários, serem a favor da taxação maior de grandes fortunas para subsidiar a redução da carga tributária dos mais pobres? Jogadores e técnicos participarem de atos públicos por pautas de esquerda?
Uma contracultura no futebol. Para não o ver apenas como entretenimento. Ainda dá. Estamos perdendo, mas a bola ainda está em jogo.
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PSG vence o Real Madrid de goleada e enfrentará o Chelsea na final do Mundial de Clubes 2025
quarta-feira, 9 de julho de 2025
Chelsea tira o Fluminense do Mundial de Clubes 2025
terça-feira, 8 de julho de 2025
Veja a entrevista do ministro da Fazenda Fernando Haddad concedida ao site de notícias Metrópoles
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concedeu entrevista exclusiva ao Metrópoles, nesta terça-feira (08). O chefe da equipe econômica do governo Lula falou sobre a recente crise entre o Poder Executivo e Congresso Nacional envolvendo o IOF (imposto sobre Operações Financeiras), criticou o papel da oposição no Brasil, defendeu a meta fiscal e comentou sobre eleições 2026.
O ministro da Fazenda foi questionado sobre sobre outros temas da pauta econômica e sobre o futuro do governo e dele mesmo nas eleições de 2026. Haddad disse que em breve terá um encontro com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta.
Veja a entrevista completa:
segunda-feira, 7 de julho de 2025
Trump defende Bolsonaro e Lula responde: "esse país tem lei, dê palpite na sua vida e não na nossa"
Por Patrícia Faermann, no GGN: Donald Trump disse que o processo contra Jair Bolsonaro por tentar um golpe de Estado é uma "caça às bruxas" e o Brasil "está agindo de forma terrível no tratamento dado ao ex-presidente Jair Bolsonaro". "Esse país tem lei. Dê palpite na sua vida e não na nossa", respondeu o presidente Lula.
A resposta do presidente brasileiro ocorre após às ameaças de Donald Trump aos países que apoiarem os Brics (entenda sobre isso aqui). Desta vez, o mandatário dos EUA anunciou, novamente por meio de sua redes social, que os que apoiarem o bloco econômico e uma possível desdolarização teriam que pagar um adicional de 10% de tarifas internacionais.
Mas não só. Trump também divulgou em sua rede, a Truth Social, opiniões a respeito do processo contra Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado. ignorando todo o processo, com as acusações e provas de atentado e crimes, Donald Trump disse que "o Brasil está agindo de forma terrível no tratamento dado ao ex-presidente Jair Bolsonaro" e que a eleição no Brasil "foi muito acirrada e, agora, ele (Bolsonaro) está liderando as pesquisas. Isso não é nada mais, nada menos, do que um ataque a um oponente político".
Ao ser questionado sobre a ameaça tarifária aos países do Brics e aliados, na tarde desta segunda (7), o presidente Lula disse não considerar "uma coisa muito responsável e séria um presidente da República de um país do tamanho dos Estados Unidos ficar ameaçando o mundo através da internet".
"Não queremos imperador. Nós somos países soberanos", lembrou o presidente brasileiro.
"Muito equivocado e muito irresponsável um presidente ficar ameaçando os outros em redes digitais, sinceramente. Tem outras formas para um presidente de um país do tamanho dos Estados Unidos falar com outros países", disse, ainda. Lula, sobre a ameaça de novas retaliações.
Em seguida, o presidente foi perguntado sobre a defesa de Trump ao ex-presidente Jair Bolsonaro no processo de golpe de Estado. Sobre isso, Lula preferiu não comentar o post de Donald Trump, diretamente, mas deu um recado:
"Esse país tem lei, esse país tem regra, esse país tem um dono chamado povo brasileiro. Portanto, dê palpite na sua vida e não na nossa."
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[Trump sai em defesa de Jair Bolsonaro e fala em 'caça às bruxas' ; governo Lula reage: "O residente dos Estado Unidos, Donald Trump, fez um gesto ao ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) em sua rede social, Truth Social. Em um post nesta segunda-feira (7/7), Trump pediu para deixarem Bolsonaro "em paz". Disse que está acontecendo "algo terrível no Brasil" e que está acompanhando "muito de perto essa caça às bruxas contra Jair Bolsonaro".
Trump não menciona o Supremo Tribunal Federal (STF), mas diz que o ex-presidente não é culpoado de nada, que o único julgamento que deveria estar acontecendo é "o julgamento dos votos, chamado de elições". Bolsonaro está inelegível por duas decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e é réu no Supremo por tentativa de golpe de Estado em 2022."
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"O governo brasileiro reagiu à manifestação de Trump dizendo se tratar de uma 'interferência' na soberania nacional. "A defesa da democracia no Brasil é um tema que compete aso brasileiros. Somos um país soberano. Não aceitamos interferência ou tutela de quem quer que seja", diz nota, assinada pelo presidente Lula. "Possuímos instituições sólidas e independentes. Ninguém está acima da lei. Sobretudo, os que atentam contra a liberdade e o Estado de Direito", completou."]
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