Sanções, fuga, ameaça a Moraes e ao Brasil: Eduardo Bolsonaro se entrega em entrevista
Eduardo Bolsonaro, aos invés de buscar minimizar dos danos, celebra o ataque, dizendo que "há um sacrifício a ser feito" e louvando a retaliação como uma ferramenta legítima de pressão por anistia a golpistas.
Mais grave ainda é sua declaração de que permanecerá nos EUA até que o ministro Alexandre de Moraes seja "anulado". Morto, talvez? É seu sonho, era o de seu pai, expresso no plano do "Punhal Verde-Amarelo". É retórica de mafioso, de miliciano.
Afirmar que "ou tenho 100% de vitória ou 100% de derrota" é uma confissão de que não aceita as regras democráticas e se coloca deliberadamente contra a ordem constitucional. A tentativa de naturalizar o exílio autodeclarado como resistência política mascara o fato de que ele foge das consequências legais de seus atos.
A Constituição Federal, em seu artigo 5º, inciso XLIV, define que "constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático". A atuação de Eduardo Bolsonaro, articulando com uma potência estrangeira retaliações econômicas para fins políticos e pessoais, se encaixa em atentado à soberania nacional.
Sua declaração de que não voltará ao país sem anistia e sem a retirada de um ministro do STF expõe um projeto antidemocrático, que precisa ser enfrentado com base na lei e no respeito à institucionalidade. É preciso nomear isso com precisão: o que ele está fazendo é crime.
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