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sexta-feira, 29 de agosto de 2025

Política: Filhos de Bolsonaro atacam aliados por se aproximar de Tarcísio: "Maior Teatro do Brasil"

Os filhos de ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) intensificaram os ataques a aliados políticos depois de novos sinais de aproximação do Centrão em trono da candidatura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), à Presidência da República. A reação é vista como uma tentativa de manter o espólio eleitoral e preservar relevância própria, já que todos devem disputar cargos em 2026.

www.seuguara.com.br/filhos de Bolsonaro/política/


Carluxo e Eduardo atacam aliados

O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) criticou a movimentação em prol de Tarcísio e afirmou que o gesto ocorre em um momento de fragilidade do pai, às vésperas do julgamento da trama golpista no STF.

"O problema é a completa falta de humanidade diante do que está ocorrendo com quem os possibilitou alçar voos, numa imposta situação vexatória junto de outro milhares e milhões de brasileiros, enquanto fingem normalidade exatamente no momento em que o STF prepara o maior teatro já visto na história do Brasil", escreveu nas redes sociais.


Já Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos, atacou os que falam em substituição de Jair Bolsonaro na disputa eleitoral. 

"Se houver necessidade de substituir JB, isso não será feito pela força nem com base em chantagem. Acho que já deixei claro que não me submeto a chantagens. Qualquer decisão política será tomada por nós. Não adianta vir com o papo de 'única salvação', porque não iremos nos submeter. Não há ganho estratégico em fazer esse anúncio agora, a poucos dias do seu injusto julgamento", declarou. 



Além das críticas, o "Bananinha" se queixou de ter sido excluído da pesquisa Paraná Pesquisas divulgada no fim de semana, que testou apenas nos nomes de Tarcísio, Michele Bolsonaro e Jair Bolsonaro. Para aliados, a reclamação também foi uma indireta a Valdemar da Costa Neto, presidente do PL, com quem Eduardo tem divergências.


Reação de Jair Renan e silêncio de Flávio

O vereador Jair Renan Bolsonaro (PL-SC) também criticou a exclusão do irmão da pesquisa e disse que Eduardo é "opção natural da direita". "Por que será que o sistema tenta escondê-lo?", questionou.


Já o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) tem mantido uma postura discreta. Publicamente, evita ataques a Tarcísio e a eventuais articulações de sucessão. Em conversas reservadas, afirmou que não pretende criticar o governador, considerando peça estratégica do grupo político.

Por morar em Brasília e ter contato diário com Jair Bolsonaro, Flávio se tornou o principal porta-voz do pai nas negociações com partidos. 


Avanço do Centrão em torno de Tarcísio

Nos bastidores, dirigentes de partidos como PL, PP e União Brasil avaliam que Tarcísio deve assumir a candidatura presidencial após a provável condenação e eventual prisão de Jair Bolsonaro, ainda neste ano. A expectativa é que a oficialização ocorra até novembro ou dezembro, a tempo de organizar palanques nacionais e regionais.

Na celebração dos 20 anos do Republicanos, Tarcísio foi uma das figuras centrais. No mesmo dia, Valdemar da Costa Neto afirmou ter conversado com o governador sobre um possível ingresso no PL caso dispute o Planalto. 


Além do PL, lideranças como Ciro Nogueira (PP-PI) e Antonio Rueda (União Brasil) também apoiam a movimentação. Um jantar entre governadores de oposição, realizado no dia da aprovação da federação União Brasil-PP, foi visto como um "pré-lançamento da candidatura. 

Embora negue publicamente a intenção de disputar a Presidência, Tarcísio tem feito discursos interpretados como de pré-campanha, reforçando alianças com o mercado financeiro e o agronegócio, sem romper com a base bolsonarista. Nos bastidores, o governador já é tratado como peça-chave nas articulações da direita e centro-direita para 2026.


Publicado originalmente no Diário do Centro do Mundo 

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quarta-feira, 21 de novembro de 2018

'O Teatro da Censura'. Por Ben-Hur Demeneck

Por Ben-Hur Demeneck*, em sua página no Facebook - "Na edição de terça-feira (20.nov), o Diário dos Campos publicou o artigo "Magnífico [sic] Reitor da Universidade Estadual de Ponta Grossa" criticando discurso feito em cerimônia do Festival de Teatro. O pequeno manifesto indica um desconhecimento tanto sobre o que é teatro quanto do que é universidade, ou em outras palavras, do que seja liberdade liberdade de expressão.
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quarta-feira, 25 de maio de 2016

Para ser claro a respeito da Lei Rouanet, por Aderbal Freire-Filho

Jornal GGN - Em artigo publicado no O Globo, o autor e diretor de teatro Aderbal Freire-Filho explica diversos pontos da Lei Rouanet, que tem sido alvo de críticas e boatos. Ele afirma que os artistas, que trabalham, não vivem da lei, afirmando que ela não foi criada pelo "maldito PT" e é um instrumento de captação de patrocínios privados para que sejam possíveis produções culturais, como filmes, peças de teatro, espetáculos de dança, entre outros.

"É impossível compreender que conta é essa que fazem os difamadores quando dizem que um artista de teatro captou tantos mil reais: um artista em geral não capta ele próprio nenhum centavo; dos tantos mil reais que a empresa que o contratou captou, só recebe a parte relativa ao cachê por seu trabalho", diz Freire-Filho. Leia o artigo abaixo:



Do O Globo

Para ser claro

Aderbal Freire-Filho

Artistas não vivem da Lei Rouanet, vivem dos quadros que pintam, da música que compõem ou tocam, dos livros que escrevem, das peças que representam, dos filmes que fazem

1 — Artistas trabalham muito;

2 — uma peça de teatro exige meses de ensaios diários de oito horas, além de horas extras de estudo e preparação, e se trabalha também aos sábados e domingos;

3 — bailarinos, por exemplo, têm um trabalho árduo, que exige horas diárias de exercícios, ensaios, cuidados redobrados com o corpo;

4 — um pianista trabalha muitas horas por dia com seu instrumento de trabalho, o piano;

5 — artistas de cinema filmam 12 horas por dia, em jornadas noturnas e jornadas diurnas, com apenas um dia de folga por semana;

6 — artistas não vivem da Lei Rouanet, vivem dos quadros que pintam, da música que compõem ou tocam, dos livros que escrevem, das peças de teatro que representam, dos filmes que fazem etc.;
7 — artistas pagam impostos, como todos os brasileiros;

8 — a Lei Rouanet, que não foi criada pelo maldito PT, é um instrumento de captação de patrocínios privados para que sejam possíveis produções de filmes, peças de teatro, espetáculos de dança etc.;

9 — na Lei Rouanet, o governo apenas autoriza uma empresa a captar patrocínios;

10 — de posse da autorização, a empresa produtora trata de buscar patrocinadores para seu projeto junto à iniciativa privada;

11 — a Lei Rouanet é uma lei de incentivo fiscal, exatamente nos moldes das que existem em muito maior escala para outros setores produtivos;

12 — o custo de um filme, que envolve equipamentos, estúdios etc., quase obrigatoriamente depende de patrocínios privados através da Lei Rouanet;

13 — a Globo Filmes usa a Lei Rouanet para produzir filmes;

14 — museus, centros e institutos culturais de grandes empresas também usam a Lei Rouanet;

15 — a maioria das peças de teatro é produzida sem apoio da Lei Rouanet, em regime de cooperativa;

16 — é impossível compreender que conta é essa que fazem os difamadores quando dizem que um artista de teatro captou tantos mil reais: um artista em geral não capta ele próprio nenhum centavo; dos tantos mil reais que a empresa que o contratou captou, só recebe a parte relativa ao cachê por seu trabalho; desses tantos mil reais captados, a empresa paga a atrizes, atores, iluminador, cenógrafo, figurinista, diretor musical, assistentes, operadores de som e luz, diretor de palco, camareira,
costureiras, cenotécnicos, madeira, tecidos, outros materiais, gráfica, equipe de divulgação (assessor de imprensa, fotógrafo, programador visual) etc. e paga anúncios em jornais e revistas, que em geral custam mais do que os salários dos atores;

17 — a análise técnica de projetos da Lei Rouanet é só uma pequena parte do trabalho do Ministério da Cultura;

18 — o orçamento do Ministério da Cultura é de 0,38% do Orçamento federal;

19 — o Ministério da Cultura não é responsável pela diminuição de sequer um centavo do orçamento do Ministério da Saúde;

20 — a cultura é mais um meio de preservar e melhorar a saúde do povo, de denunciar os problemas de saúde pública, de contribuir para o desenvolvimento intelectual dos profissionais da saúde;

21 — o Ministério da Cultura trata do Plano Nacional de Cultura e de dezenas de programas mais que mapeiam, apoiam, difundem as formas de expressão artística, os costumes, as manifestações culturais diversas que fazem o diverso continente Brasil ser um único e rico país: o Brasil;

22 — Está claro agora?

Aderbal Freire-Filho é autor e diretor de teatro
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