quarta-feira, 16 de julho de 2025
terça-feira, 11 de fevereiro de 2025
Pesquisa aponta que 41% dos brasileiros desaprovam o fim da checagem nas redes sociais
Poder/360: Uma pesquisa feita pela Broadminded, que avalia tendências de comunicação na América Latina, aponta que 41% dos brasileiros não aprovam a determinação da Meta, empresa dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, em encerrar o programa de checagem independente de fatos.
O levantamento aponta que 9 de cada 10 usuários avaliam que a empresa deveria ter uma maior responsabilidade na remoção de conteúdos impróprios, assim como a colaboração com as autoridades. A decisão da Meta, do empresário Mark Zuckerberg, por enquanto, é válida apenas nos Estados Unidos.
Dentre os países que fizeram parte do estudo, a taxa de rejeição do Brasil é a maior. A avaliação negativa nos outros países é de:
- Argentina: 28%;
- México: 31%;
- Colômbia: 35%;
- Chile: 30%;
- Peru: 26%
Para 87% dos entrevistados, a Meta deveria ter obrigação legal de remover contas e conteúdos, assim como colaborar com as autoridades em casos que representem riscos no mundo real. O levantamento escutou 3.200 pessoas durante o mês de janeiro.
A pesquisa aponta ainda que 54% dos brasileiros já foram expostos à desinformação nas redes sociais da Meta, e 43% já encontraram discurso de ódio nas plataformas; 29% dizem que já acreditou em fake news nas redes sociais. Ao desconfiar de uma informação vista na internet, 53% recorreram à imprensa e 57% buscam na internet.
Atualmente, as plataformas são responsabilizadas por conteúdos publicados por terceiros em caso de decisão judicial. O debate sobre a responsabilização das redes sociais está sendo debatido no Supremo Tribunal Federal (STF). "Aqui é uma terra que tem lei. As redes sociais não são terra sem lei. No Brasil, só continuarão a operar se respeitarem a legislação brasileira, independentemente de bravatas de dirigentes das big techs", disse o ministro Alexandre de Moraes, após o anúncio da decisão da Meta.
Eis a pesquisa completa, em inglês (PDF -167kB)
***
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025
Pesquisa aponta que, 6 em cada 10 brasileiros apoiam regulação das redes sociais
Por Juliana Lopes, na CNN/Brasil: De modo geral, a maioria da população é favorável à regulação das redes sociais. É o que aponta levantamento feito pela Nexus - Inteligência e Pesquisa de Dados, obtido pela CNN. Segundo a pesquisa, 6 em cada 10 entrevistados responderam positivamente quando questionados sobre novas regras para o ambiente virtual.
Na mesma linha, 29% se mostraram contrários e 12% preferiram não manifestar opinião a respeito. Ao mesmo tempo, o apoio cai pela metade quando a pergunta envolve o direito à liberdade de expressão, argumento amplamente utilizado pelos opositores da regulação.
O assunto da regulamentação das redes sociais voltou ao noticiário com a declaração do novo presidente da Câmara à CNN, Hugo Motta, que disse achar um erro que o Supremo Tribunal Federal (STF) decida sobre o assunto.
"Acho um erro o Supremo Tribunal Federal entrar nesse tema. Deveria ser discutido na Câmara e no Senado Federal", afirmou Hugo à CNN.
Liberdade de expressão
Dos 60% favoráveis à regulação, exatamente a metade só é favorável se a regulação não limitar a liberdade de expressão, de acordo com a pesquisa. A outra metade do grupo defendem a regulação mesmo que, em alguns casos, haja limite ao direito previsto na Constituição. Os 2% restantes não souberam se posicionar.
"Os dados da pesquisa revelam que 28% dos brasileiros são incondicionalmente favoráveis à regulação, percentual quase idêntico aos 29% incondicionalmente contrários. E há expressivos 30% que são favoráveis, desde que essa regulação não limite a liberdade de expressão", afirma Marcelo Tokarski, CEO da Nexus.
"Na prática, os números mostram o forte efeito que a narrativa dos opositores, de que a regulação fere a liberdade de expressão, tem sobre importante parcela da população, reduzindo drasticamente o apoio à imposição de regras às redes sociais."
Ainda de acordo com o levantamento, 78% dos brasileiros acham que as plataformas de redes sociais deveriam ter mais responsabilidade por suas atividades. E 64% acreditam que a regulação é uma importante forma de combater a difusão da desinformação. A maioria acredita também que um novo regramento pode reduzir a disseminação de discursos de ódio.
Quanto à política de moderação de conteúdo - alterada pela empresa Meta nas redes sociais usadas pelos norte americanos -, a ampla maioria dos brasileiros (73%) acredita que a checagem de fatos é importante.
A maior parte (65%), no entanto, apoia a análise de conteúdo feita pelo próprio usuário.
***
segunda-feira, 20 de maio de 2024
Fake news dominam discussões sobre chuvas no RS nas redes sociais, diz pesquisa
Por Yurick Luz, no DCM: Um levantamento realizado pela Escola de Comunicação Digital da FGV Rio, a pedido da coluna de Malu Gaspar, do Globo, revela uma mudança no debate em torno do desastre no Rio Grande do Sul e da solidariedade às vítimas. Agora, as discussões estão focadas na circulação de fake news e desinformação.
Analisando cerca de 8 milhões de tuítes, especialmente no X (antigo Twitter), observou-se um aumento expressivo na média diária de menções a termos relacionados ao assunto.
Entre os dias 1º e 6, essa média era de 10.825 tuítes por dia, enquanto entre os dias 7 e 10 saltou para 115.775 por dia, um aumento de dez vezes. Foram considerados conteúdos com termos "fake news", "notícias falsas", "mentiras" e "desinformação".
Os dados dos 200 grupos de debate político no WhatsApp monitorados pela FGV também confirmam essa tendência. O volume de mensagens contendo termos associados à desinformação aumentou 16 vezes na comparação entre os dois períodos pesquisados.
Vale destacar que enquanto os perfis oficiais do governo brasileiro e militantes buscavam desmascarar conteúdos enganosos, outros perfis, especialmente os da direita, propagavam narrativas que misturavam críticas à suposta inação do estado com falsas alegações sobre falta de atendimento. Isso provocou, em motos casos, indignação contra as instituições envolvidas nos esforços de resgate no estado gaúcho.
O levantamento também elaborou uma nuvem de palavras, uma representação dos termos ou nomes mais citados pelas publicações sobre as chuvas no RS no X durante um período mais amplo, de 1º a 15 deste mês. O recurso facilita a identificação dos assuntos que protagonizam o debate tipicamente fragmentado das redes.
Os três temas mais citados foram fake news, Paulo Pimenta, então chefe da Secom e atual ministro da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do RS, e Pablo Marçal, coach bolsonarista apontado pelo governo Lula como responsável por iniciar a disseminação de fake news sobre o desastre gaúcho.
***
terça-feira, 27 de fevereiro de 2024
O machismo da extrema direita rejeita Michelle? - Por Moisés mendes
Por Moisés Mendes, em seu blog: Michelle chorou várias vezes ao defender o marido no discurso de domingo na Avenida Paulista. Disse que é preciso misturar política e igreja e explicou: "Por um bom tempo fomos negligentes a ponto de falarmos que não poderia misturar política com religião, e o mal tomou espaço. Chegou o momento da libertação".
Michelle habilitou-se a conduzir a libertação, misturando a pregação contra o diabo com o alerta sobre o comunismo. Teve uma performance de pastora e ativista bolsonarista e emocionou manés e patriotas.
🚨AGORA: Michelle abre palanque com discurso forte, emociona ex-presidente Bolsonaro e exalta Tarcísio em ato pela democracia na Av. Paulista pic.twitter.com/DaO1M639nq
— Meio Independente (@meioindep) February 25, 2024
Mas não é Michelle que eles e elas querem para substituir Bolsonaro. Tios e tias do zap presentes na Paulista querem outro homem como substituto do líder inelegível.
O Monitor do Debate Político no Meio Digital, da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP, ouviu os militantes presentes: 61% querem Tarcísio de Freitas como candidato ao Planalto em 2026.
Michelle ficou muito atrás e foi citada por apenas 19%. O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), foi escolhido por 7% como melhor nome à presidência da República. Todos por citação espontânea.
Os citados a seguir tiveram 1% das menções: Eduardo Bolsonaro, Damares Alves, Flávio Bolsonaro e general Braga Netto (mesmo que Braga Netto também esteja inelegível).
Um dado é preocupante para a família. Nem a mulher e nem os filhos de Bolsonaro aparecem com força eleitoral na amostragem feita com 575 pessoas da 15h às 17h na avenida.
É bom lembrar que o público consultado durante o ato estava sob o impacto do discurso religioso e emotivo de Michelle, que abriu a festa, e da fala frouxa de Tarcísio de Freitas.
Por que, mesmo nessas circunstâncias, Michelle saiu-se tão mal, apesar de tr sido a segunda mais citada? Tarcísio foi favorecido porque a pesquisa foi feita em São Paulo?
Talvez porque, mesmo com a fidelidade a Bolsonaro e expressando o que de fato é a mistura de religiosidade e fascismo, Michelle não seja aceita pelo machismo da extrema direita como sucessora do marido.
Pode ser candidata ao Senado pelo Distrito Federal, com liderança nas pesquisas, e até se eleger senadora pelo Paraná na vaga de Sergio Moro, se o justiceiro for cassado pela Justiça Eleitoral. Mas não pode substituir o marido.
Michelle terá de ralar muito para conseguir protagonismo e levar adiante a ambição de ser mais do que a mulher de um político que a qualquer momento pode ser preso.
Será difícil a vida da ex-primeira-dama num ambiente em que tentará juntar, pela mistura proposta, os mundos de Silas Malafaia e de Valdemar Costa Neto.
*****
*****
País vive ditadura para 94% dos presentes no ato bolsonarista, diz pesquisa. Por Leonardo Sakamoto
Por Leonardo Sakamoto*: Dos manifestantes presentes no ato pró-Bolsonaro, neste domingo (25), em São Paulo, 88% acreditam que foi ele e não Lula quem de fato ganhou as eleições em outubro de 2022. E 94% afirmam que vivemos em um a ditadura porque avaliam que há excessos e perseguições da Justiça.
Os números são resultado de pesquisa realizada pelo Monitor do Debate Político no Meio Digital da Universidade de São Paulo durante a manifestação na avenida Paulista. Foram entrevistados 575 pessoas e a margem de erro é de quatro pontos.
"É bastante preocupante que, entre os bolsonaristas mais militantes, uma maioria tão expressiva considere que as eleições tenham sido fraudadas e que vivamos sob um ditadura", afirmou à coluna Pablo Ortellado, professor do curso de Política Pública da USP e coordenador da pesquisa junto com Márcio Moretto.
"Esses números ficam mais diluídos quando olhamos para todos os eleitores de Bolsonaro, como mostram outras pesquisas. Mas posições tão radicais em uma manifestação que foi tão numerosa deveria acender o sinal amarelo da democracia brasileira", avalia.
Nos Estados Unidos, pesquisas de opinião com seguidores do republicano Donald Trump também mostram que eles acreditam que foi ele e não o democrata Joe Biden quem venceu a corrida eleitoral.
Questionados pelos pesquisadores se Bolsonaro deveria ter decretado uma operação de GLO (Garantia da Lei e da Ordem) no final de 2022, 49% afirmam que sim e 39%, que não.
Essa se mostrou a opção preferencial dos manifestantes. Perguntados s ele deveria ter invocado o artigo 142 da Constituição Federal para solicitar uma arbitragem das Forças Armadas, 45% disseram que não e 42% que sim, um empate técnico.
Já 61% afirmaram que ele não deveria ter decretado Estado de Sítio em 2022, enquanto 23% defenderam que sim.
Preferência por Tarcísio como candidato a presidente
A pesquisa também questionou qual seria o melhor nome para concorrer à Presidência da República se Jair Bolsonaro não puder ser candidato - ele está inelegível após duas condenações pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) aparece com 61% da preferência dos manifestantes, enquanto a ex-primeira-dama e diretora do PL Mulher, Michelle Bolsonaro, tem 19%, e o governador de Minas Gerais Romeu Zema (Novo), 7%.
Aparecem com 1% o deputado federa Eduardo Bolsonaro (PL-SP), os senadores Damares Alves (Republicanos-DF) e Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o general Braga Netto.
Quanto à eleição municipal em São Paulo, 47% defendem que Jair Bolsonaro deve lançar um candidato, enquanto 37% dizem que ele deve apoiar o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB).
Manifestação teve maioria de homens, brancos, católicos
Dos presentes na manifestação, 62% eram homens e 38%, mulheres.
Quanto à idade, 67% tinham 45 anos ou mais, 29%, entre 25 e 44 e 3%, entre 16 e 24 anos. Brancos representavam 65% e negros (pretos e pardos), 31%.
Vivem em famílias que recebem até dois salários mínimos mensais 10% dos presentes, entre 2 e 5 salários representam 39%, entre 5 e 10, 25%, entre 10 e 20, 13% e mais de 20 salários mínimos, 9%.
Do tal, 67% dizem ter ensino superior, 26% médio e 6%, fundamental.
E 43% se dizem católicos, 29% evangélicos, 10% espíritas e kardecistas.
Pesquisadores estimaram 185 mil na manifestação
A única estimativa com metodologia que veio a público até agora é a do Monitor do Debate Político no Meio Digital da Universidade de São Paulo. Ela apontou 185 mil pessoas na manifestação às 15h, seu horário de pico.
A contagem de cabeças foi baseada em fotos aéreas de alta resolução que cobriram a extensão da avenida, tiradas entre 15h e 17h, e processadas com a ajuda de um software especial para esse fim. Ou seja, veio de ciência, não de achismo, de vozes da cabeça ou da necessidade política dos organizadores.
*Publicado originalmente no UOL/Via: DCM
*****
quarta-feira, 24 de janeiro de 2024
Política de combate a pobreza do governo Lula têm amplo apoio da sociedade brasileira
Redação/O Cafezinho, em 23/01/2024: O levantamento da CNT/MDA divulgada hoje aponta para uma mudança na visão dos brasileiros em relação aos benefícios destinados aos mais pobres após o primeiro ano do governo Lula. Segundo o gráfico apresentado, mais da metade dos entrevistados (52,2%) reconhece melhorias, contrastando com os 19% que tinham a mesma percepção no início da administração Bolsonaro.
O estudo segmentado por demografia mostra que a sensação de progresso é mais acentuada entre os idosos e pessoas com ensino fundamental, com 59% deste último grupo relatando melhorias.
Regionalmente, o Nordeste lidera o otimismo, com 64% dos entrevistados apontando uma situação melhorada.
Contrastando com o otimismo geral, a população evangélica apresenta uma percepção de melhoria menos evidente (31%) em comparação com o segmento católico (50%).
Os dados refletem não apenas uma avaliação do primeiro ano do governo Lula, mas também oferecem um comparativo com o mesmo período sob a gestão Bolsonaro, sinalizando uma expectativa positiva quanto às políticas voltadas para a redução da pobreza.
Confira!
sexta-feira, 29 de dezembro de 2023
Pesquisa elege o craque do Brasileirão 2023 Série A
sexta-feira, 18 de agosto de 2023
Para 43%, Bolsonaro não deveria ser preso no caso das joias, aponta Genial/Quaest
Por Daniel Marcelino, no JOTA: Recorte da última pesquisa Genial/Quaest, realizada entre 10 e 14 deste mês e divulgada nesta semana, perguntou aos brasileiros se Jair Bolsonaro (PL) deveria ser preso por causa do desvio de joias recebidas de governos estrangeiros por aliados do ex-presidente.
Os números aferidos mostram um país bastante polarizado sobre esse tema: 41% acham que o ex-presidente deveria ser preso, contra 43% que discordam de uma eventual prisão. Embora empatado na margem de erro, que é de 2,2 pontos percentuais, uma pequena vantagem numérica em favor de Bolsonaro. Outros 16% não opinaram sobre a questão. Segundo a pesquisa, 66% dos entrevistados estão cientes das operações realizadas pela Polícia Federal (PF) no contexto deste caso.
Onde pega
A divisão se manifesta consistentemente em quase todos os subgrupos analisados. No entanto, a prisão encontra maior apoio entre a população de renda mais baixa (até 2 salários mínimos): 45% concordam e 36% discordam. Entre os mais jovens (16 a 34 anos): 44% concordam e 42% discordam.
Além disso, entre os eleitores que votaram em Bolsonaro, 68% acreditam que ele não deveria ser preso, enquanto entre os eleitores de Lula, 62% acreditam que ele deveria ser preso. Aqueles que não votaram ou optaram por votar em branco ou nulo se mostram mais divididos (39% a 36%). E resumo, independentemente da conclusão do caso relacionado às joias e ao ex-presidente, parece inevitável que um número considerável de pessoas termine por se sentir insatisfeito com o desfecho.
***
sexta-feira, 9 de dezembro de 2022
Os bolsonaristas ainda não deixaram Bolsonaro. Por Fernando Brito
Por Fernando Brito, no Tijolaço: A pesquisa Genial/Qaest sobre as avaliações de governo - do atual e do próximo - "pula" questões essenciais, como o julgamento público das manifestações golpistas contra o resultado das eleições, o que seria, é claro, um dos principais elementos a serem medidos por qualquer levantamento sobre as expectativas políticas dos brasileiros.
Do que foi publicado até agora, a pergunta sobre o fato de Bolsonaro ter questionado o resultado das eleições passa perto, é verdade, mas não é o mesmo que aquela avaliação, porque questionar um resultado não é o mesmo que bloquear estradas ou acampar na porta dos quartéis pedindo um golpe militar.
Ainda assim, são preocupantes os números que reproduzo ai em cima.
Os 70% de eleitores de Bolsonaro que aprovaram sua insubmissão à vontade expressa nas urnas equivalem a algo como 30% de todos os entrevistados e isso representa um contingente muito maior do que o "bolsonarismo-raiz", que fala com extraterrestres e enxerga comunistas até debaixo do tapete.
Não há pessoas que simpatizem com a esquerda, mas a maior parte não é, também, de extremistas de direita, nazifascistas que saíram do armário.
São pessoa que se impregnaram da onda de ódio político que nos dominou na última década e que cedo ou tarde se reencaixarão numa posição conservadora, mas não selvagem.
Infelizmente, isso não é simples e é só olhar o que aconteceu nas próprias eleições, quando um personagem abjeto como Jair Bolsonaro foi um voto tolerável para gente que sufragaria o próprio demônio para não dar um voto a Lula ao ao PT.
É paradoxal, mas verdadeiro, que, além de fazer um governo popular e desenvolvimentista, Lula vá ter de contribuir para que esta centro-direita se reorganize política, partidária e eleitoralmente.
Se estes grupos políticos entenderem que precisam, para sobreviver, exorcizar o bolsonarismo da vida política, isolando os fanáticos e incondicionais da ultradireita, formarão a base do próximo governo. Do contrário, continuarão, com emendas e tudo, a serem postos de lado como foram nas eleições de outubro, nas quais, no Centrão, apenas o PL bolsonarista ampliou o número de cadeiras.
Imagem: reprodução