Política: Golpista do batom atrai partidos, mas advogada nega candidatura: "Hora de cuidar dela"
Débora está a cerca de duas semanas em prisão domiciliar após medida determinada pelo STF, que também restringiu seus contatos a familiares próximos e à equipe jurídica. Segundo a defesa, a cabeleireira conversa apenas com os filhos, mãe, irmãs e advogados. A defesa alega sobre a possibilidade de pedir autorização para que a acusada volte a trabalhar, já que o salão onde prestava serviços fica em frente à sua casa, em Paulínia (SP).
O processo que envolve Débora Santos teve um novo desdobramento nesta semana, quando o ministro Luiz Fux devolveu o julgamento do caso à Primeira Turma do Supremo sob a fundamentação de que as penas propostas até agora podem ser desproporcionais, classificando-as como "exacerbadas". A análise do caso foi interrompida anteriormente, quando Fux pediu mais tempo para avaliar o processo.
Débora responde por cinco crimes imputados pela Procuradoria-Geral da República (PGR): associação criminosa armada; abolição violenta do Estado Democrático de Direito; tentativa de golpe de Estado; dano qualificado com violência e ameaça, contra o patrimônio da União; e deterioração de patrimônio tombado.
O julgamento na Primeira Turma do Supremo tem sua retomada prevista para o dia 25 de abril. Até agora, os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino já votaram pela condenação de Débora, fixando uma pena de 14 anos de prisão. Ainda faltam os votos de Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin para que o julgamento seja concluído.
Durante sua manifestação, Fux adiantou que fará um a revisão da dosimetria da pena, por considerar que em certas situações a aplicação pode ser excessiva. "Se a dosimetria é inaugurada pelo legislador, a fixação da pena é do magistrado, que a aplica de acordo com sua sensibilidade e com os elementos do caso concreto", declarou o ministro.
O caso de Débora Santos ganhou projeção e passou a ser símbolo de suposta arbitrariedade judicial para os críticos do ministro Alexandre de Moraes, relator da ações relacionadas ao 8 de janeiro. O episódio também tem sido citado por lideranças da direita, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que atualmente também responde a processo no STF.
A possibilidade de Débora seguir carreira política após o julgamento do processo passou a ser ventilada por diferentes partidos, que veem nela uma imagem de identificação com parte do eleitorado. A advogada, no entanto, reforça que o foco agora é a defesa jurídica e a preservação da integridade emocional da cliente.
Enquanto isso, a defesa segue monitorando o andamento processual e avalia estratégias para suavizar a situação de Débora. A decisão da Primeira Turma da Suprem Corte no final do mês, será decisiva para os próximos passos.
Imagem: reprodução
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