segunda-feira, 2 de novembro de 2020

Sean Connery não é maçom. Por Kennyo Ismail


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Por Kennyo Ismail, no Esquadro - Quando soube do falecimento de Sir Sean Connery, lamentei por mais essa grande perda que 2020 nos impõe. Sou fã das atuações dele em filmes como Indiana Jones e a Última Cruzada, O Nome da Rosa, Highlander, Armadilha, Encontrando Forrester, seus 007 e, é claro, O Homem que queria ser Rei.

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E este último filme citado é o responsável pela crença de que Sean Connery é maçom, crença essa ressuscitada com sua morte. No filme, ele interpreta um maçom. Mas assim como interpretar James Bond não o transformou em um agente secreto do MI6, ou interpretar Henry Jones não o transformou em professor de história, o mesmo se aplica a "O Homem que queria ser Rei".

Nesta história, originalmente escrita por Kipling, famoso escritor e maçom, dois soldados ingleses que são maçons servindo na Índia buscam riqueza em um pequeno país próximo do Afeganistão. Então, o símbolo maçônico do esquadro e compasso, presente em um pingente do colar de um deles, é reconhecido pelos nativos como símbolo de Alexandre, o Grande, considerado lá como um Deus que os havia dominado. E isso leva esse maçom a ser coroado como rei e considerado como um deus.


A imagem de Sean Connery usando uma coroa e vestido com uma túnica branca tendo o esquadro e compasso em seu peito, que vem ilustrando a afirmação de sua filiação maçônica, é uma cena desse filme. 


Imagem: reprodução/@CorfuArts


[O homem que queira ser Rei/The Man Who Would Be King: "Há momentos no filme em que os mais politicamente corretos, os mais ranhetamente politicamente corretos dirão que exibem uma visão colonialista do mundo, uma visão superior de gente do Primeiro Mundo que não compreende as agruras, as misérias dos países pobres, subdesenvolvidos. Besteira. O homem Que Queria Ser Rei é uma aventura, uma diversão, da maior qualidade. Agora, se se quiser levá-lo a sério, também é possível, sim. E o próprio Huston, um dos autores do roteiro, diz lá, com todas as letras, através de seus personagens centrais, para que não o compreendam mal, não o acusem de etnocentrismo: - "Culturas diferentes, comportamentos diferentes. Não seja preconceituoso." 


(...)

O filme se baseia em uma história de Rudyard Kipling (1865-1938), o poeta, jornalista e escritor inglês nascido e criado na Índia, Prêmio Nobel de Literatura em 1907. (...) John Huston abre seu filme com imagens de uma cidade da Índia, aquele planeta de outro mundo. (Tenho para mim que o Planeta Terra contém três planetas diferentes: um deles é a China, o outro é a índia, o outro é o resto.)

(...)

Vejo que Lahore hoje fica na província paquistanesa de Punjab; mas a ação se passa nos últimos anos do século XIX, e o Paquistão só veio a existir depois da independência da Índia, na segunda metade dos anos 1940, com a divisão do subcontinente em dois países. 

(...)

Trabalho pronto, Huston mandou o roteiro para Paul Newman. Ele adorou. Chegou-se a falar que o outro papel principal poderia ser de Robert Redford - os dois tinham feito juntos Butch Cassidy and the Sundance Kid, de 1963, e Golpe de Mestre/The Sting, de 1973. Mas aí Paul Newman fez ver que os dois paéis deveriam ser feitos por atores britânicos - e ele mesmo sugeriu Sean Connery e Michael Caine.      

(...)

O Homem Que Queria Ser Rei é, repito, para encerrar, uma beleza, uma maravilha de filme. Não tem nada de imperialista, de colonialista, de etnocentrista. Mesmo que tivesse, ainda assim seria um grand filme - mas não tem nada disso. 

Muito ao contrário. É um filme anti-militarista, como já ficou demonstrado na transcrição daquela fala violenta de Sean Connery. 

Como muita coisa qeu Rudyard Kipling escreveu, é um conto moral - contra as guerras, e, sobretudo, contra a cobiça. 

Um grande filme."]

***


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