Mostrando postagens com marcador cinema. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador cinema. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

"Vamos ter orgulho dos nossos artistas", diz Fernanda Torres, vencedora do Globo de Ouro

Por Camila Bezerra, no GGN: Horas antes da passagem do ano, milhões de apostadores se reuniram para conferir o sorteio da Mega-Sena da Virada, concurso que dividiu R$ 635 milhões entre oito vencedores. Esta foi a analogia usada por Fernanda Torres, vencedora do Globo de Ouro na categoria Melhor Atriz de Drama no último domingo (5), para descrever a sensação de se destacar em um dos principais prêmios do cinema mundial.

www.seuguara.com.br/Fernanda Torres/Globo de Ouro/cinema/

"Igual Copa do Mundo, porque esse prêmio é meio Mega Sena acumulada. É Mega Sena acumulada, porque teve a onda da minha mãe, então as pessoas tinham o negócio da revanche, da injustiça", lembrou Fernanda, em entrevista ao programa Estúdio i.

Em 1999, Fernanda Montenegro, mão de Torres, também foi indicada ao Globo de Ouro pela personagem Dora em "Central do Brasil", mas perdeu o troféu de Melhor Atriz de Drama para Cate Blanchett e sua versão da rainha Elizabeth.


Em sua primeira entrevista após o anúncio do prêmio, a Fernanda aproveitou o gancho para enaltecer a arte brasileira e a importância do setor. "Espero que [o prêmio] ajude a fortalecer o cinema, o teatro, a arte no Brasil. Vamos ter orgulho dos nossos artistas, dos nossos escritores, sabe? É um pouco isso. Acho que o filme [Ainda Estou Aqui] trouxe isso de volta. Claro que tudo isso sé se move com investimento."  


Sobre a sensação de receber o reconhecimento, Fernanda afirmou que se sentia como se estivesse em Marte. "Fui andando no corredor e fui vendo aquelas pessoas que vi a vida inteira no cinema. E aí, tive que fazer um discurso que nem eu via desde pequena as pessoas fazendo em inglês. Aí, eu fui lá para trás e você fica dando entrevistas com a Viola Davis do meu lado. Eu tenho a sensação de que estou numa realidade paralela."


Mas quando questionada sobre a possibilidade de investir em uma carreira internacional, a atriz se mostra realista. "Não separo carreira internacional de carreira nacional. Se tiver uma coisa legal para fazer, com um diretor bacana, e se deu der conta, vou amar. Mas a minha base é o Brasil. Eu não tenho nem mais idade para ir a Los Angeles tentar minha vida com esse corpinho de 59 anos".


Leia também:

www.seuguara.com.br/Fernanda Torres/Globo de Ouro/melhor atriz/Ainda Estou Aqui/
Clique aqui para ler a matéria

***


Leia Mais ►

terça-feira, 30 de julho de 2024

Dois filmes a não perder, por Izaías Almada

Por Izaías Almada*, no  GGN: Caro leitor, chegamos ao final de julho, mês de férias escolares, mês onde muitos de nós nos damos ao luxo de dormir mais cedo e acordar mais tarde. De deixar o celular de lado e ler algum bom livro. De refletir e tentar entender o que se passa à nossa volta. De acompanhar os filhos e netos para o interior ou para o litoral e até mesmo em uma escapadinha para outro país.

www.seuguara.com.br/filmes/Netflix/Prime vídeo/

Estou falando, é claro, da classe média, essa que fica entre os que têm grande poder aquisitivo e os que são explorados pelos abonados por herança familiar ou depositam dinheiros lavados nos paraísos fiscais.

Para essa classe média que não sabe muito bem onde estacionar o seu carro ideológico, que adora estar na moda e seguir os acontecimentos que envolvem os de grande poder aquisitivo, mas sempre pronta a escarnecer dos explorados, gostaria de sugerir que antes do final das férias fossem a dois streamings (Netflix e Prime vídeo) e procurassem ver dois excelentes trabalhos cinematográficos que dão o que pensar nos dias de hoje, muito embora tenham acontecidos há quase um século. 


Na Netflix procurem pelo documentário "Hitler e o Nazismo" (começo, meio e fim). E no Prime Vídeo pelo filme "Uma história de vida" (A história de Nicholas Winton). Assistam, pois vale a pena. Com algum esforço de memória e um mínimo de conhecimento histórico, tenho quase certeza de que irão pensar nos dias que correm aqui no Brasil e no mundo de modo geral.

"Hitler e o Nazismo" faz um levantamento da vida até certo ponto medíocre de Adolf Hitler, cuja família era austríaca.

Ainda menino foi com a família para a Alemanha, tornando-se um "destemido soldado alemão" durante a primeira guerra mundial.


Condenado pelo Tratado de Versalhes após a primeira guerra, Hitler iniciou sua vida política mais consistente ao tornar-se militante do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores e apaixonado e furiosos defensor do nacionalismo alemão contra as punições e as dívidas a pagar a países europeus, como a França e a Inglaterra. 

Em seu fanático nacionalismo, condenou os judeus e os comunistas pela derrota na Primeira Guerra, tornando-se um exterminador de vidas humanas, um assassino calculista responsável pela morte de milhões e milhões de jovens que não tiveram a oportunidade de viver mais do que vinte a vinte cinco anos de idade.  


O outro lado d a moeda está na belíssima interpretação de Antony Hopkins em "Uma História de Vida", onde mostra como o cidadão Nicholas Winton foi capaz de salvar centenas e centenas de crianças das mãos dos soldados nazistas e dos famigerados campos de concentração e reencontrar alguns anos mais tarde em um programa de entrevistas num canal de televisão.


Para quem desconhece o que foi o nazismo e os horrores da Segunda Guerra Mundial, ver os dois filmes acima nos faz refletir e tomar os cuidados necessários para não cairmos nas artimanhas políticas falsamente democráticas de algumas bestas do apocalipse.


*Izaías Almada é romancista, dramaturgo e roteirista brasileiro nascido em BH. Em 1963 mudou-se para a cidade de São Paulo, onde trabalhou em teatro, jornalismo, publicidade na TV e roteiro. Entre os anos de 1969 e 1971, foi prisioneiro político do golpe militar no Brasil que ocorreu em 1964.

***

Leia também:

www.seuguara.com.br/Idosos, mas jovens de coração!/Izaías Almada/
Clique aqui para ler a matéria

***
Leia Mais ►

quarta-feira, 26 de julho de 2023

Com maior estreia feminina nos cinemas, Barbie já superou os valores para ser produzido

Por Letícia Souza, em O Cafezinho: O filme de Greta Gerwing, Barbie, teve a melhor estreia na história de um filme dirigido por mulher nos Estados Unidos. Até agora, a estimativa é que o longa já tenha arrecadado US$ 155 milhões apenas no primeiro final de semana de estreia.
Leia Mais ►

terça-feira, 28 de dezembro de 2021

Bolsonaristas revoltados com filme 'Não Olhe para Cima' produzem festival de pérolas nas redes sociais

Redação Pragmatismo: O filme 'Não Olhe para cima', lançado pela Netflix no último dia 24 de dezembro, tem dominado as discussões nas redes sociais e provocado revolta particularmente em apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL). O filme conta a história de dois astrônomos que descobrem um cometa mortal vindo em direção à Terra, mas são descreditados quando tentam alertar a população sobre o perigo.

Leia Mais ►

segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

Neflix: Longa de Leandro Hassum fica em primeiro lugar em Portugal, Áustria e Alemanha

www.seuguara.com.br/Leandro Hassum/Netflix/comédia/natal/

Do F5: O filme da Netflix "Tudo Bem no Natal que Vem", estrelado por Leandro Hassum, está em primeiro lugar em diversos países europeus. O longa é primeira produção de Natal da Netflix no Brasil e estreou no dia 3 de dezembro.
Leia Mais ►

segunda-feira, 2 de novembro de 2020

Sean Connery não é maçom. Por Kennyo Ismail


www.seuguara.com.br/Sean Connery/Michael Caine/maçonaria/filme/
Por Kennyo Ismail, no Esquadro - Quando soube do falecimento de Sir Sean Connery, lamentei por mais essa grande perda que 2020 nos impõe. Sou fã das atuações dele em filmes como Indiana Jones e a Última Cruzada, O Nome da Rosa, Highlander, Armadilha, Encontrando Forrester, seus 007 e, é claro, O Homem que queria ser Rei.

Leia Mais ►

sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Filme mostra a hipocrisia do "cidadão de bem". Por José Geraldo Couto

www.seuguara.com.br/filme/O diabo de cada dia/

Publicado originalmente por José Geraldo Couto, no Outras Palavras: No mar de filmes e séries da Netflix - em sua maioria ruins, medíocres ou dispensáveis - há um lançamento mundial recente (de 16 de setembro) que merece atenção especial. Estou falando de O diabo de cada dia, de Antonio Campos.
Leia Mais ►

quarta-feira, 1 de maio de 2019

The Handmaid's Tale: saiu o novo trailer oficial da 3ª temporada

O canal Hulu divulgou nesta quarta-feira (1º) um novo trailer da terceira temporada da premiada Série de TV, The Handmaid's Tale. No vídeo, vemos Offred (Elisabeth Moss) reunindo aliados de poder para ajudar a mudar a distopia de Gilead. Baseada na obra de Margaret Atwood, O Conto da Aia, a 3ª temporada da Série retorna no dia 5 de junho.
Leia Mais ►

sexta-feira, 12 de abril de 2019

Cinema: confira o novo trailer do filme "O Rei Leão"

A Walt Disney Studios divulgou um novo e emocionante trailer do filme O Rei Leão, que estreia no dia 18 de julho nos cinemas brasileiros. A super produção é uma versão live-action da obra original, de 1994, e surpreendeu os fãs com o trabalho de computação gráfica. O filme tem a direção de Jon Favreau (Mogli - O Menino lobo). Confira o trailer legendado, logo abaixo.
Leia Mais ►

segunda-feira, 11 de março de 2019

Conheça a história real que originou o filme "O menino que descobriu o vento"

Publicado por Nara Rúbia Ribeiro, no Site da Revista Pazes - Em 2009, William Kamkwamba, jovem que inspirou a criação do protagonista do filme "O menino que descobriu o vento", gravou um vídeo no qual ele introduzia a sua palestra com a seguinte observação: "Eu falarei rapidamente sobre uma da minhas invenções que tenho orgulho" e, a partir de então, descreve a "máquina simples" que mudou a sua vida para sempre.
Leia Mais ►

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Cinema: confira o novo trailer e pôster do filme O Rei Leão

Enquanto acontecia a apresentação do Oscar 2019 neste domingo (24), a Disney liberou um novo trailer e um novo pôster do filme O Rei Leão, que será dirigido por Jon Favreau ("Mogli: O menino Lobo"). Confira abaixo. A estreia do filme no Brasil acontece no dia 18 de Julho, um dia antes de estrear nos EUA, e será lançado em versões 3D, 2D e IMAX.
Leia Mais ►

segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

HBO divulga cena de Game Of Thrones e de outras dez séries de 2019 [vídeo]

A HBO liberou na noite deste domingo (06), durante o Globo de Ouro 2019, um vídeo promocional contendo cenas dos lançamentos para 2019. Além da famosa e premiadíssima Game of Thrones, que retorna com sua oitava e última temporada em Abril, o vídeo mostra pequenos trechos de outras grandes séries de TV, que caíram no gosto do grande público e também retornam ao ar pelo canal fechado, no decorrer do ano.
Leia Mais ►

sábado, 24 de novembro de 2018

Assista ao primeiro trailer oficial do filme O Rei Leão 2019

A Disney divulgou esta semana o primeiro trailer oficial da nova versão do filme O Rei Leão. Na super produção dirigida por Jon Favreau (Mogli: O Menino Lobo), veremos um remake em "carne e osso" da famosa animação, que encantou e emocionou gerações, sendo dublado por um elenco de peso, que conta com nomes como Donald Glover (Simba adulto), Seth Rogen (Pumba), Janes Earl Jones (Musafa), Beyoncé (Nala) e muitos outros.
Leia Mais ►

sábado, 2 de dezembro de 2017

Confira datas e trailers de algumas séries programadas para dezembro na Netflix

Dentre os destaques da Netflix para o mês de dezembro está a 1ª temporada da série de suspense Dark, que estreou nesta sexta-feira (01). A trama gira em torno da história de quatro famílias que vivem em uma pequena cidade alemã. De repente suas vidas são transformadas em grande tormento cheio de mistério quando duas crianças desaparecem. Então, segredos obscuros de suas famílias começam a ser desvendados.
Leia Mais ►

terça-feira, 5 de setembro de 2017

'A lei não é para todos'

Escrito por Eliane Brum, no EL PAÍS - "A Operação Lava Jato, mesmo com todas as falhas e abusos cometidos, assim como a vaidade descontrolada de parte de seus protagonistas, presta um grande serviço ao Brasil ao revelar a relação de corrupção entre o púbico e o privado. Uma relação que atravessa vários governos e vários partidos políticos de vários partidos. E a Operação Lava Jato presta também um grande desserviço ao Brasil ao reforçar uma das ideias mais perigosas, entranhadas no senso comum dos brasileiros, e realizada no concreto da vida do país: a de que prisão é sinônimo de justiça.
Leia Mais ►

quarta-feira, 12 de julho de 2017

Cinema: assista ao primeiro trailer do filme sobre a Operação Lava Jato

Foi divulgado nesta terça-feira (11), o primeiro trailer do filme Polícia Federal - A Lei é Para Todos sobre a Operação Lava Jato deflagrada pela Polícia Federal em março de 2014. As investigações da PF, que revelaram nomes de alguns dos principais políticos e empresários brasileiros, é o foco do filme classificado como drama e suspense ao mesmo tempo.
Leia Mais ►

sábado, 8 de abril de 2017

"Guerra Total" na crise política com os filmes "Polícia Federal" e "Real", por Wilson Ferreira


A matéria a seguir é de autoria de Wilson Roberto Vieira Ferreira: "Espera-se para esse ano o lançamento de dois filmes nacionais que aproveitam a atmosfera da atual crise política. O thriller judiciário “Polícia Federal: A Lei é Para Todos” e um “thriller econômico” - “Real: O Plano por Trás da História”, sobre o Plano Real e a derrota da hiperinflação. “Esculhambação da Polícia Federal e do Judiciário” (pelo fato da PF ter cedido equipamentos, gravações de vídeos e informações sigilosas para uma produção privada sobre uma investigação ainda em andamento) e “propaganda tucana” foram algumas reações das esquerdas. Qual é a surpresa? Como em toda a História, os conquistadores chegam ao poder determinados a exterminar os vencidos. Desde o nazi-fascismo esse extermínio tornou-se simbólico por meio da “Guerra Total”: a conquista de corações e mentes através do cinema e audiovisual. Assim como o Governo dos EUA fornece armas, aviões e soldados reais para as produções patrióticas hollywoodianas, a PF transforma sua sede de Curitiba em “laboratório de interpretação” para os atores. Dentro do espectro político, quanto mais nos dirigimos à direita vemos uma aplicação mais eficiente das armas da comunicação. Como demonstrou Donald Trump na semana passada em suas incursões pela Internet e redes sociais nas madrugadas. 


Desde as grandes manifestações de 2013-14, os movimentos que resultaram no impeachment e a posse do desinterino Michel Temer funcionaram com a precisão de um relógio suíço ou como fosse uma tacada certeira num jogo de sinuca – uma bolinha bate na outra até todas caírem nas caçapas.

Começou com ondas de choque na opinião pública por meio de bombas semióticas detonadas pela grande mídia (sobre o conceito de bombas semióticas clique aqui), a crise econômica autorrealizável, o impeachment de Dilma, o “tic-tac” preciso das decisões do STF, a desconstrução do sistema partidário pela Operação Lava Jato deixando o poder vago para ser ocupado pela Polícia Federal, as reformas trabalhistas e previdenciárias a fórceps e o desmonte dos setores estratégicos do País como a engenharia, petróleo e energia nuclear.

Esse grande arco golpista político-jurídico-midiático não está para brincadeira, cuja ação se assemelha a uma blitzkrieg planejada aqui e fora do País com tempos de antecedência – sobre isso clique aqui.


Tanto é verdade que o próximo passo é o da própria legitimação através da narrativa ficcional cinematográfica. Tática com um claro ardil: toda narrativa ficcional é caracterizada pela suspensão da descrença, tornando irrelevante para roteiristas e espectadores saber se a história contada é real ou não.

O que torna o filme uma perfeita peça de propaganda pela possibilidade de esconder por trás da ficção intenções políticas ou mercadológicas.

Cinema e percepção pública

É esperado para junho e julho desse ano duas produções nacionais, claramente ferramentas muito mais do que de engenharia de opinião pública, mas de percepção pública – reforçar predisposições anteriormente criadas pelas sucessivas ondas de choque no contínuo midiático dos últimos anos.

A  primeira produção é sobre investigações ainda em andamento pela Polícia e Justiça Federal no âmbito da Operação Lava Jato: Polícia Federal: a Lei é para Todos do diretor Marcelo Antunez; e a segunda, chamada Real: O Plano por trás da História, filme com o propósito de inventar, por assim dizer, uma “cosmogênese” - o marco inicial da história brasileira recente a partir da derrota da hiperinflação pelo Plano Real nos anos 1990, perpetrado pelos economistas da mesma banca financeira que atualmente é a eminência parda do golpe político.


E ainda é esperado para o ano que vem uma série Netflix sobre a Operação Lava Jato cujo diretor brasileiro José Padilha (Tropa de Elite e o seriado Narcos) já antecipa em entrevistas seu posicionamento: "Temer e Dilma foram eleitos com dinheiro de caixa dois e de corrupção, aportado na sua campanha por uma quadrilha que achacou o estado. Desde sempre estiveram ilegais na Presidência da República. Todos nós sabemos disso”.

Pelo menos Padilha é sincero e não simula isenção e apartidarismo como os diretores das produções que serão lançadas nesse ano.

“Esculhambação”

As esquerdas vêm denunciando as circunstâncias das produções desses filmes como uma grave amostra da “esculhambação” em que se tornou a Polícia Federal e o Judiciário: como pode ser lançado um filme sobre investigações ainda em andamento no qual certamente a narrativa tomará partido? Como a Polícia Federal cede imagens gravadas sobre a condução coercitiva de Lula para a produção do filme Polícia Federal? E mais: como o juiz Sérgio Moro permite o livre acesso de atores e produtores aos cárceres de Curitiba e ainda entregando dados sigilosos do inquérito de Lula?

Segundo o ator Ary Fontoura (que interpretará Lula), tudo aconteceu “para que pudesse trabalhar melhor o personagem”. Atores fazendo “laboratório de interpretação” nas carceragens e tendo acesso a processos supostamente sigilosos? Confraternizações entre produtores e atores com delegados da Polícia Federal e procuradores?


Qual a surpresa?!?! Esse é mais um movimento calculado de uma estratégia sistemática que, parece, só o PT e os governos lulopetistas foram pegos de surpresa, resultado de anos de displicência em relação às políticas de comunicação social.

Se, como falam, o juiz Sérgio Moro é o “homem das camisas pretas”, numa referência às camisas pretas dos fascistas italianos e à inspiração de Moro na Operação Mãos Limpas italiana, deveriam saber que esse passo cinematográfico do golpe em andamento é uma histórica e conhecida tática de propaganda iniciada com o nazi-fascismo na Segunda Guerra Mundial.

O consórcio formado pela mídia, judiciário, política e banca financeira (para ficar apenas dentro do Brasil) chegou ao Estado. E agora, procurará se legitimar por meio de uma narrativa audiovisual que o coloque em alguma lugar na História.
O gênio do nazi-fascismo no cinema

No passado os povos conquistadores sempre dominavam os vencidos seja através puro extermínio, pela “limpeza étnica” (estupros ou rapto de mulheres), pela escravização ou o domínio das almas através da sistemática destruição de todo traço cultural ou histórico – monumentos, arte, roubo de fortunas ou a apropriação de simbolismos religiosos ou pagãos.

O gênio do nazi-fascismo foi substituir tudo isso pela conquista de corações e mentes não só por meio das armas, mas também pelo cinema – a essência da noção de blitzkrieg ou “guerra total”. A guerra não é só travada no campo de batalha mas principalmente no campo do imaginário e da estetização da política.

Tanto Hitler como Mussolini eram obcecados por cinema. Depois de nazistas e fascistas promoverem e financiarem ativamente filmes americanos que promoviam valores arianos e fascistas como Capitain Courageous (1937) ou The Eternal City (1922, no qual o próprio Mussolini tinha participação) lançado no mesmo ano da Grande Marcha dos fascistas (com camisas pretas) sobre Roma, tanto Alemanha como Itália investiram nas  produções próprias.

Benito Mussolini inaugurando a versão hollywoodiana italiana, a Cinecittà – Mussolini afirmou na inauguração e lançamento do filme Camicia Nera (Camisa Negra) que “o cinema é a arma mais forte do regime fascista”; e Hitler estimulando financeiramente a produtora UFA (Universum Film Aktien Gesellschaft), com produção de filmes com temas nacionalistas, exaltação ao herói ariano, militarismo e anticomunismo. 

Como mostrou o filme Bastardos Inglórios (2009) de Tarantino, após cada invasão relâmpago nazista em países como a França, junto com os oficiais seguiam rolos de filmes alemães para serem assistidos compulsoriamente pelos vencidos.

Da Cinecittà a Hollywood

A mundialização das produções hollywoodianas no pós-guerra foi a continuidade da estratégia nazifascista. Apenas que agora não temos mais oficiais levam rolos de filme para o front, mas empresas distribuidoras – apesar de ações no campo de batalha como ocorreu na cidade de Cabul ao ser invadida pelas tropas norte-americanas na guerra do Afeganistão pós-9/11: carros com autofalantes circulavam na cidade tocando músicas de FMs dos EUA..."

***

Siga para a MATÉRIA COMPLETA. E depois leia AQUI uma matéria sobre o assunto, onde senadores do PT denunciam a "relação promíscua" da Polícia Federal com os produtores do filme "Polícia Federal: A Lei é Para Todos", que destaca a condução coercitiva de Lula. No contexto, uma entrevista coletiva dos senadores petistas onde eles relatam sobre os bastidores da realização do filme e as transgressões da lei na realização deste longa metragem e solicitam explicações junto ao Ministério da Justiça.

Leia Mais ►

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Cinema: confira trailers inéditos divulgados nos comerciais do Super Bowl 2017

Além do aguardado show musical, tradicionalmente apresentado no intervalo da final da NFL (National Football League), o  Super Bowl, como é conhecido o maior evento do futebol americano, também divulgou diversos trailers inéditos de filmes que estreiam no decorrer de 2017. O grande evento aconteceu neste domingo (05), no  moderno NRG Stadium, em Houston (Texas)-EUA. Assista aos trailers, logo abaixo.
Leia Mais ►

segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Cinema e TV: os vencedores do Globo de Ouro 2017


Na noite deste domingo (08), Associação de Imprensa Estrangeira em Hollywood divulgou os vencedores do 74ª Globo de Ouro, premiação anual que celebra os melhores do Cinema e TV. O musical La La Land, venceu todas as 7 categorias em que concorria, e se tornou o filme que mais ganhou estatuetas em uma única noite na história do Globo de Ouro. Confira abaixo, a lista completa dos vencedores desde ano. 
Leia Mais ►

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Zumbis à brasileira

Por José Roberto Cabrera, em Outras Palavras - "Os zumbis estão em alta. Às vezes temos a impressão que além de nos preocuparmos com as coisas da vida real que nos assustam, temos que olhar para outras coisas, vivas ou não. São diversas séries de TV, filmes em profusão. Não há festa à fantasia em que os zumbis não apareçam.


Os filmes sobre zumbis povoam as telas dos cinemas. Desde o primeiro filme estrelado por Bela Lugosi em 1932 (White Zombie), numa época onde os negros eram atores brancos pintados, até as superproduções hollywoodianas da atualidade, com orçamentos que extrapolam os US$ 200 milhões (Guerra Mundial Z, 2014) os zumbis ocupam um espaço de destaque no imaginário do terror.

Os zumbis são um recurso (interessante) para realizarmos a crítica ao mundo que nos cerca. Da paranoia anticomunista do macarthismo estadunidense à crítica ao individualismo consumista dos nossos dias, os zumbis funcionam como um arremedo de nós mesmos, premidos por modelos de sociedade incapazes de estimular a solidariedade e um mundo além do próprio umbigo.

Alguns desses filmes produzem reflexões, intencionais ou não, que nos obrigam a olhar a realidade de outra forma. Desde o clássico como a Noite dos Mortos-Vivos (“The Night of the Living Dead”, 1968) de George Romero, passando pela crítica política e social de Wes Craves em A Maldição dos Mortos-Vivos (“The Serpent and the Rainbow” [1], 1988) ou pelo excelente humor de Todo Mundo Quase Morto (“Shaun of the dead”, 2004) os zumbis servem para uma reflexão tenebrosa, divertida e apurada da realidade, com todos os exageros possíveis.

As histórias são conhecidas e, depois de alguma tensão e muitos sustos, as sequências se repetem: hordas de mortos-vivos cambaleantes, cinzentos e com partes do corpo faltando, andam insaciáveis em busca de sangue. Normalmente ninguém sabe como começou, mas eles estão por toda a parte e são assustadores. Seu vizinho simpático, irmão, namorada, mãe, o melhor amigo, o padre ou o pastor sempre viram zumbis. O policial da cidadezinha, a vizinha sexy, o caixa do banco etc. todos eles transformam-se e querem arrancar um pedaço seu.

Estão mortos e são atraídos pelo sangue dos vivos. Movimentam-se com dificuldade, quase como bêbados, e são determinados a conquistar seu objetivo, embora a realização dele não implique na diminuição da intensidade dos ataques, nem na saciedade da fome.

Nos filmes, os vivos se escondem e não podem se movimentar com rapidez para não chamar a atenção. Buscam outros vivos e com eles estabelecem estratégias de sobrevivência. Muitos não conseguem sobreviver, mas a busca pela liberdade e pela vida estabelece o fio condutor de todos eles.

Ainda que ninguém tenha explicado isso convincentemente, os zumbis morrem depois de serem atingidos na cabeça. Um tiro, uma flechada, um taco de baseball ou qualquer outra coisa que atinja o cérebro é o único meio de detê-los. Assim, o objetivo é destruir os corpos já destruídos a partir do cérebro, embora os zumbis não demonstrem muita intenção de utilizá-los.

Podemos dizer que, apesar da bizarrice intrínseca, a analogia com o Brasil dos dias de hoje é evidente. Com a saída da direita reacionária do armário nos últimos anos, as hordas de zumbis das telas encontraram companhia nas ruas.

Nossos zumbis reais cambaleiam errantes em busca de sangue. Tudo o que é vermelho e lembra sangue os mobiliza. Eles vagueiam por aí procurando o sangue dos vivos para se alimentar. O diálogo é impossível, como nos filmes – afinal são espécies diferentes e uma se alimenta da outra. São insaciáveis, pois não basta atacar um e destruí-lo é necessária a destruição total.

Assim como os zumbis, nossas hordas de direitistas empedernidos não podem ouvir o movimento dos vivos para bradar pelo seu fim. Nem sempre usam de violência, mas a idolatram como forma de vida. O tratamento dispensado aos que são diferentes: mulheres, negros, pobres, homossexuais, indígenas ou que pensam fora de seu padrão é sempre baseado na violência, seja ela física, verbal ou legal.

Os ataques são sofisticados, utilizam seus porta-vozes na mídia, muitos dos quais nem precisariam de máscaras para interpretar zumbis no cinema. Procuram mudar as leis, impor padrões, cercear a liberdade de expressão, mas sempre em nome da democracia e da civilidade.


Procuram transformar os que os criticam em criminosos. Usam seus monopólios para estimular os preconceitos e ganhar mais seguidores. Caminham errantes em busca da próxima vítima. Alguns vivos se deixam enganar e, mais cedo ou mais tarde, como nos filmes são devorados e viram exemplos que não se deve confiar em quem se alimenta de seu sangue.

Mas, como nos filmes, os vivos buscam proteger-se uns aos outros. Esse talvez seja um dos maiores desafios políticos e sociais do presente: reconhecer os vivos e ganhar força para enfrentar as hordas de zumbis que nada, além do sangue dos vivos, têm a oferecer. Ganhar força significa discutir alternativas, preservar a vida, estabelecer objetivos de curto e médio prazo, analisar cuidadosamente a situação, superar as divergências, organizar as forças, não dispersar os recursos, estudar os momentos certos de ataque e ter em mente que o ponto fraco do adversário é o cérebro.

Destruir o cérebro exige argumentos que sejam eficazes, capazes de convencer os indecisos, imobilizar o adversário, demonstrar a justeza da crítica aos mecanismos baseados na violência e na destruição do adversário. Restabelecer a iniciativa desse tipo de ataque exige humildade para reconhecer a fraqueza de alguns argumentos e de algumas práticas que criaram confusão, ao mesmo tempo em que impõe o desafio de superar os limites impostos pelas práticas dominantes no interior das estruturas do Estado.

Os desafios são imensos, mas como em qualquer bom filme de zumbi é necessário encará-los e ir até o final. Se o roteiro será bom ou não, depende de diversos fatores, mas a disposição e a inteligência na hora de enfrentar os desafios é fundamental.

O que não podemos esquecer é que os zumbis de Hollywood dançaramThriller do Michael Jackson, enquanto os nossos dançam ao som de Fábio Jr. e Lobão, talvez isso nos dê alguma vantagem."

***
Leia Mais ►

Arquivos

Site Meter

  ©Blog do Guara | Licença Creative Commons 3.0 | Template exclusivo Dicas Blogger