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sexta-feira, 29 de agosto de 2025

Política: Filhos de Bolsonaro atacam aliados por se aproximar de Tarcísio: "Maior Teatro do Brasil"

Os filhos de ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) intensificaram os ataques a aliados políticos depois de novos sinais de aproximação do Centrão em trono da candidatura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), à Presidência da República. A reação é vista como uma tentativa de manter o espólio eleitoral e preservar relevância própria, já que todos devem disputar cargos em 2026.

www.seuguara.com.br/filhos de Bolsonaro/política/


Carluxo e Eduardo atacam aliados

O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) criticou a movimentação em prol de Tarcísio e afirmou que o gesto ocorre em um momento de fragilidade do pai, às vésperas do julgamento da trama golpista no STF.

"O problema é a completa falta de humanidade diante do que está ocorrendo com quem os possibilitou alçar voos, numa imposta situação vexatória junto de outro milhares e milhões de brasileiros, enquanto fingem normalidade exatamente no momento em que o STF prepara o maior teatro já visto na história do Brasil", escreveu nas redes sociais.


Já Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos, atacou os que falam em substituição de Jair Bolsonaro na disputa eleitoral. 

"Se houver necessidade de substituir JB, isso não será feito pela força nem com base em chantagem. Acho que já deixei claro que não me submeto a chantagens. Qualquer decisão política será tomada por nós. Não adianta vir com o papo de 'única salvação', porque não iremos nos submeter. Não há ganho estratégico em fazer esse anúncio agora, a poucos dias do seu injusto julgamento", declarou. 



Além das críticas, o "Bananinha" se queixou de ter sido excluído da pesquisa Paraná Pesquisas divulgada no fim de semana, que testou apenas nos nomes de Tarcísio, Michele Bolsonaro e Jair Bolsonaro. Para aliados, a reclamação também foi uma indireta a Valdemar da Costa Neto, presidente do PL, com quem Eduardo tem divergências.


Reação de Jair Renan e silêncio de Flávio

O vereador Jair Renan Bolsonaro (PL-SC) também criticou a exclusão do irmão da pesquisa e disse que Eduardo é "opção natural da direita". "Por que será que o sistema tenta escondê-lo?", questionou.


Já o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) tem mantido uma postura discreta. Publicamente, evita ataques a Tarcísio e a eventuais articulações de sucessão. Em conversas reservadas, afirmou que não pretende criticar o governador, considerando peça estratégica do grupo político.

Por morar em Brasília e ter contato diário com Jair Bolsonaro, Flávio se tornou o principal porta-voz do pai nas negociações com partidos. 


Avanço do Centrão em torno de Tarcísio

Nos bastidores, dirigentes de partidos como PL, PP e União Brasil avaliam que Tarcísio deve assumir a candidatura presidencial após a provável condenação e eventual prisão de Jair Bolsonaro, ainda neste ano. A expectativa é que a oficialização ocorra até novembro ou dezembro, a tempo de organizar palanques nacionais e regionais.

Na celebração dos 20 anos do Republicanos, Tarcísio foi uma das figuras centrais. No mesmo dia, Valdemar da Costa Neto afirmou ter conversado com o governador sobre um possível ingresso no PL caso dispute o Planalto. 


Além do PL, lideranças como Ciro Nogueira (PP-PI) e Antonio Rueda (União Brasil) também apoiam a movimentação. Um jantar entre governadores de oposição, realizado no dia da aprovação da federação União Brasil-PP, foi visto como um "pré-lançamento da candidatura. 

Embora negue publicamente a intenção de disputar a Presidência, Tarcísio tem feito discursos interpretados como de pré-campanha, reforçando alianças com o mercado financeiro e o agronegócio, sem romper com a base bolsonarista. Nos bastidores, o governador já é tratado como peça-chave nas articulações da direita e centro-direita para 2026.


Publicado originalmente no Diário do Centro do Mundo 

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sábado, 9 de agosto de 2025

Vídeo bem-humorado postado nas redes sociais desmente Nikolas sobre agressão de deputada

Um vídeo publicado nas redes sociais reinterpretou em tom bem-humorado o episódio envolvendo o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) e a deputada Camila Jara (PT-MS), que ganhou repercussão após a confusão durante sessão tensa na Câmara dos Deputados na noite desta quarta-feira (06).


www.seuguara.com.br/Nikolas Ferreira/Camila Jara/Câmara dos deputados/vídeo/

Em sessão tumultuada, marcada por ocupação da Mesa Diretora por parlamentares bolsonaristas, Nikolas disse ter sido agredido por Camila Jara, alegando que ela teria o atingido intencionalmente em área íntima. Camila nega a agressão. O episódio está em análise institucional, com o desfecho ainda indefinido. Imagens publicadas nas redes sociais demonstram que Nikolas mentiu.


Uma sátira, com análise irônica do episódio, foi divulgada nas redes com a legenda: "Nikolas é pego pelo VAR em lance polêmico do jogo da última quarta-feira pelo congresso Brasileirão." O conteúdo demonstra que a história contada por Nikolas é mentirosa.

A legenda complementa: "VAR é a sigla para Vídeo Assistant Referee (Árbitro Assistente de Vídeo). O VAR usa imagens de vídeo para revisar aquelas jogadas que deixam a galera na dúvida. O objetivo principal é reduzir os erros e garantir que o jogo seja o mais justo possível."



O tal "VAR do Congresso" virou meme. Internautas destacaram a criatividade da legenda, que transforma a polêmica política em uma "revisão esportiva", usando humor para questionar a versão de Nikolas sobre suposta agressão e mostrar que o deputado inventou a agressão.

www.seuguara.com.br/Nikolas Ferreira/Câmara dos deputados/vídeo/

Nas redes sociais, a deputada Camila Jara se manifestou dizendo que "a engrenagem que sustenta os extremistas  é a mentira e a desinformação".

"Circula um vídeo em que a imagem mostra o deputado Nikolas me acertando com o cotovelo, começando um empurra-empurra e caindo com a cadeira depois de impedir os trabalhos na Câmara dos Deputados e barrar projetos importantes, como a isenção do Imposto de Renda. Nas redes, ele cria uma narrativa, afirma que levou um soco nas partes íntimas, inflama sua horda de apoiadores e espalha mentiras virtuais com consequências bem reais. 


Hoje, recebei milhares de mensagens de ódio, com ameaças à minha vida e à integridade física das pessoas ao meu redor. A estratégia dos extremistas é calar, a todo custo, quem pensa diferente.

Essa máquina de ódio e mentiras tem que acabar", escreveu.



Situação entre Nikolas e Camila Jara

Nikolas publicou um vídeo para reforçar sua narrativa: no trecho, Camila teria dito "vamos bater no coleguinha?" e rido em seguida, além de mencionar que tinha dado algo usando um braço dolorido - frases que Nikolas usou como "confissão" da agressão.

A deputada, por meio de nota, negou a agressão. Segundo ela, o vídeo em questão foi gravado no dia 7 de agosto, durante um evento do Plano Nacional de Educação em Campo Grande, fora do plenário.

No momento, ela falava sobres conselhos da mãe na infância - especialmente "não bater nos coleguinhas" - e usou uma fala descontraída sobre sua saúde afetada pelo tratamento contra câncer para explicar a expressão "meu braço doído".


O PL registrou uma representação na Corregedoria da Câmara contra Camila Jara, por suposta quebra de decoro parlamentar, buscando sua suspensão cautelar e envio ao Conselho de Ética.

Fonte: ICL

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quarta-feira, 6 de agosto de 2025

Aliado de Bolsonaro descarta impeachment de Moraes: "Impossível"

Por Caíque Lima, no DCM: o senador Ciro Nogueira (PP-PI), ex-ministro da Casa Civil do governo Bolsonaro e atual presidente do Progressistas, afirmou nesta quarta (6) qu o Congresso Nacional não tem votos suficientes para aprovar o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O parlamentar diz que o cenário político atua inviabiliza a proposta.

www.seuguara.com.br/Ciro Nogueira/impeachment/Moraes/

"Não assinei e não vou assinar o pedido de impeachment do ministro Alexandre. Porque é uma pauta impossível", declarou ao portal Metrópoles. A medida necessita de 54 votos no Senado para avançar.

"Nós não temos 54 senadores para aprovar. E aqui fala uma pessoa que, durante meus 32 anos de mandato, se tornou muito pragmática. Não perco tempo com pautas que não vão ter sucesso", prosseguiu Nogueira.


O senador também rebateu o argumento da oposição de que teria obtido mais de 40 assinaturas para o pedido. Ele ressaltou que a prerrogativa da abrir processo cabe exclusivamente ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). "Você pode chegar com 80 assinaturas, que não abre. É um poder do presidente do Senado", avalia.

Parlamentares bolsonartistas vêm ocupando as Mesas Diretoras da Câmara e do Senado, exigindo que Alcolumbre paute o pedido de impeachment contra Moraes. 


O senador também relembrou sua atuação no golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016, para justificar sua avaliação. "Eu fui uma das pessoas responsáveis no impeachment da presidente Dilma, quando levei o Progressistas e os partidos de centro para vencer, quando nós tínhamos condição de vencer!, disse, indicando que não vê viabilidade semelhante no caso atual.

Ciro foi o primeiro parlamentar autorizado pelo STF a visitar Jair Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar em Brasília desde o início da semana. O encontro ocorreu na terça-feira (5) e teve caráter pessoal, segundo o senador.

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terça-feira, 5 de agosto de 2025

Nikolas é denunciado ao STF por ameaças a Moraes e uso de Bolsonaro em ato público

DCM: O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) se tornou alvo de uma representação criminal apresentada nesta segunda-feira (05) ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo também deputado Rogério Correia (PT-MG). O pedido pede a responsabilização de Nikolas por condutas que, segundo a petição, atentam contra a jurisdição constitucional e a independência do Judiciário.

www.seuguara.com.br/Nikolas Ferreira/denunciado/ameaças/Alexandre de Moraes/

O episódio central citado ocorreu no dia 3 de agosto, quando Nikolas participou de um ato na Avenida Paulista e exibiu Jair Bolsonaro por chamada de vídeo. Bolsonaro está submetido a medidas cautelares que proíbem o uso direto ou indireto de redes sociais.

Durante o ato, Nikolas proferiu ameaças e ataques contra o Supremo e seus ministros, especialmente Alexandre de Moraes, dizendo frases como "!você vai estar atrás das grades" e "sem a toga, você não é nada".


A representação afirma que houve tentativa de coação no curso do processo e obstrução da Justiça, com base nos artigos 344 do Código Penal e 2º da Lei 12.850/2013. Também menciona o artigo 286, que trata de incitação pública ao crime.

O documento ressalta que o parlamentar usou a imagem de Bolsonaro de maneira midiática para intimidar o STF, em especial no contexto da Ação Penal 2.668, da qual o ex-presidente é réu. A decisão judicial que decretou a prisão domiciliar de Bolsonaro já havia registrado o uso da chamada de vídeo por Nikolas como tentativa de coagir a Corte.




Além da apuração penal, a peça requer a adoção imediata de medidas cautelares. O pedido inclui o bloqueio dos perfis de Nikolas nas redes sociais por, no mínimo, 90 dias. A justificativa é que as plataformas têm sido utilizadas como instrumentos de ataque institucional, incitação contra ministros e mobilização de apoiadores em campanhas de desinformação.

A petição também aponta que a atuação de Nikolas não é isolada, mas parte de uma estratégia orquestrada por setores da extrema direita para enfraquecer o Judiciário. Cita ainda a possibilidade de quebra de decoro parlamentar e a necessidade de preservar a integridade do STF diante de ameaças à sua autoridade.

Por fim, o pedido encaminhado a Alexandre de Moraes defende que o Supremo reaja com firmeza, considerando o risco de escalada nos ataques e a repetição de práticas similares por outros parlamentares. Para os autores da representação, permitir a impunidade dessas condutas significaria normalizar a degradação do ambiente institucional e abrir espaço para a violência política contra magistrados.

Caso o STF acolha o pedido, Nikolas poderá ter suas redes suspensas, responder por crimes com penas que incluem reclusão e ainda enfrentar processo no Conselho de Ética da Câmara.

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Política: Parlamentares bolsonaristas ocupam mesas do Senado e da Câmara

Do Congresso em Foco: Senadores e deputados bolsonaristas ocuparam, nesta terça-feira (05), respectivamente, as Mesas Diretoras dos plenários do Senado e da Câmara dos Deputados. A ação dos parlamentares surge em um contexto de protesto contra a decretação de prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro.

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Anteriormente, a oposição fez discurso em frente ao Congresso Nacional. O grupo anunciou obstrução e defendeu projetos que estabelecem o fim do foro privilegiado e que garantem anistia aos condenados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. De forma simbólica, esses parlamentares ocuparam as Mesas das Casas e se recusam a sair, sob a justificativa de que não saem até que "os dois presidentes se reúnam e resolvam o problema de soberania".


No senado, a Mesa foi ocupada pelos seguintes parlamentares: Jaime Bagattoli (PL-MT), Jorge Seif (PL-SC), Izalci Lucas (PL-DF), Damares Alves (Republicanos-DF), Eduardo Girão (Novo-CE) e Magno Malta (PL-ES), que ocupou a cadeira do presidente Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). "A mobilização é uma resposta à escalada de abusos e perseguições políticas. Não vamos nos calar", escreveu o senador Capixaba. 


Magno Malta ainda trouxe como pauta da oposição na Casa Alta a suspensão das sanções contra o senador Marcos do Val (Podemos-ES) e o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O senador também afirmou em vídeo que o magistrado violou a 1ª emenda da Constituição dos Estados Unidos por decretar prisão domiciliar para Jair Bolsonaro. 


Na Câmara dos Deputados, Paulo Bilynskyj (PL-SP), presidente da Comissão de Segurança Pública, assegurou que nada será votado até que a anistia seja pautada. O projeto que prevê anistiar os presos de 8 de janeiro já possui requerimento de urgência com as assinaturas necessárias desde abril. No entanto, a prerrogativa de pautar o pedido é do presidente da Câmara.

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Em relação a isso, o 1º vice-presidente da Câmara, deputado Altineu Côrtes (PL-RJ), afirmou nesta terça-feira que, quando Hugo Motta (Republicanos-PB) estiver fora do país, pautará a urgência da anistia na condição de presidente interino da Casa. 


O movimento capitaneado pelo líder da oposição, Zucco (PL-RS), reuniu parlamentares com esparadrapos na boca em denúncia a uma pretensa "ditadura". Ao lado do deputado, aparecem Marco Feliciano (PL-SP), Marcel van Hatten (Novo-RS), Rodolfo Nogueira (PL-MS), Caroline de Toni (PL-SC), Cabo Gilberto Silva (PL-PB), entre outros.

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sábado, 2 de agosto de 2025

Política: Maior partido da Câmara, PL apoia tarifaço e ataque de Trump à soberania nacional

ICL: A decisão de Valdemar da Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL), de expulsar o deputado federal Antônio Carlos Rodrigues (PL-SP) por ter defendido Alexandre de Moraes e crticado Donald Trump torna ainda mais clara a inversão de valores na legenda. Ao invés de defender os interesses do Brasil e dos brasileiros, o básico que se espera de um partido nacional, o PL se alia ao presidente dos Estados Unidos no Maior ataque à soberania do país em muitas décadas.
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terça-feira, 29 de julho de 2025

Fogo no parquinho: Malafaia dá chilique e ataca Tarcísio, Zema, Ratinho e Caiado

Por Diário do Centro do Mundo: O pastor bolsonarista Silas Malafaia partiu para o ataque contra os governadores Tarcísio de Freitas (SP), Romeu Zema (MG), Ratinho Jr. (PR) e Ronaldo Caiado (GO), em meio à crise causada pelo tarifaço de Donald Trump contra o Brasil. Em vídeo divulgado na noite de segunda-feira (28), Malafaia acusou os aliados da "direita tradicional" de omissão e traição ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele afirmou que os quatro governadores se recusam a criticar o Supremo Tribunal Federal (STF) e o ministro Alexandre de Moraes.

www.seuguara.com.br/Silas Malafaia/chilique/Tarcísio de Freitas/ Romeu Zema/Ronaldo Caiado/Ratinho Jr./

"Não é só Lula, não. Vou falar aqui de quatro governadores: Tarcísio, de São Paulo; Zema, de Minas; Caiado, de Goiás; e Ratinho, do Paraná. Vocês já viram esses governadores alguma vez criticar Alexandre de Moraes e criticar a omissão do Supremo Tribunal Federal? Nunca! Só bravata política", acusa.

Segundo Malafaia, o grupo evita confronto com as instituições enquanto tenta se viabilizar como alternativa a Bolsonaro em 2026.


Malafaia, que também leu trechos da carta divulgada por Trump, afirmou que a medida é uma retaliação direta ao processo movido pelo STF contra o ex-presidente e incitou os apoiadores a pressionarem os governadores: "Falar de Lula é mole. Quero ver botar o dedo na ferida".



Os ataques de Eduardo


Eduardo Bolsonaro (PL-SP) também teve um chilique nas redes sociais neste domingo (27) e atacou os governadores.

Em publicação no X, o "Bananinha" reagiu a falas de Ratinho Jr. durante o evento Expert XP. O governador do Paraná afirmou que "Trump não pegou o Brasil por causa de Bolsonaro" e que a relação entre os países "não pode ser afetada por uma única pessoa". 


Eduardo, então, rebateu: "Trump postou diversas vezes citando Bolsonaro, fez uma carta onde falou de Bolsonaro, fez declarações para a imprensa defendendo nominalmente o fim da perseguição a Bolsonaro e seus apoiadores. Desculpe-me, o governador Ratinho, mas ignorar esses fatos não vai solucionar o problema, vai apenas prolongá-lo ao custo do sofrimento de vários brasileiros." 


O parlamentar ainda ironizou as tentativas de moderação: "Imagino os americanos olhando para este tipo de reação e pensando: o que mais podemos fazer para estas pessoas entenderem que é sobre Jair Bolsonaro, seus familiares e apoiadores?".

Em outra publicação, Eduardo voltou a mirar em Tarcísio, que também participou do evento da financeira. Sem mencionar o governador paulista diretamente, escreveu: "É hora dos homens tirarem os adultos da sala." 


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sábado, 26 de julho de 2025

De 8 de janeiro a 2025: do caos interno às sanções externas contra os Três Poderes

Por Washington Araújo, no DCM: Em 8 de janeiro de 2023, o Brasil presenciou um ato de barbárie que abalou a democracia como um soco no estômago. Extremistas de direita, incitados por retórica golpista, invadiram e devastaram as sedes do Três Poderes: Palácio do Planalto, Congresso Nacional e STF.

www.seuguara.com.br/8 de janeiro/sanções externas/Três Poderes/

Foi um ataque interno visceral, por brasileiros contra o cerne inconstitucional da nação. Vidraças quebradas, móveis destruídos, obras de arte violadas - emblemas de uma pátria saqueada por filhos insatisfeitos. Marcou o clímax de uma polarização fermentada há anos, com Jair Bolsonaro acusado de incitação central.

Vestidos em verde-amarelo distorcido, os invasores não só vandalizaram edifícios; tentaram demolir a República, contestando urnas e a democracia. Uma ofensiva doméstica, com odor de pólvora e caos, que demandou forças de segurança, prisões e inquéritos.


Agora, em 25 de julho de 2025, o drama persiste, mas de forma insidiosa e global. De Miami, um deputado autoexilado - foragido da justiça brasileira - lança ameaça: os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara, Hugo Motta, enfrentarão sanções americanas, proibidos de entrar nos EUA, como os oito dos onze ministros do STF, rotulados pela Casa Branca como riscos à democracia na semana passada.

Sem invasores armados de paus, surgem ameaças verbais agressivas e pressão econômica externa. Os Três Poderes, antes atacados internamente, agora sofrem assédio de uma superpotência que se impõe sobre a soberania alheia.

As similaridades entre as datas são evidentes no modus operandi:

Em 2023, o Executivo foi atingido diretamente, com o Planalto transformado em campo de batalha. Hoje, o golpe é econômico: tarifa de 50% sobre exportações brasileiras aos EUA, a partir de 1º de agosto de 2025, ameaçando indústrias, empregos e estabilidade governamental.


O STF, saqueado fisicamente em 2023, agora encara ultimatos: interromper o julgamento de Bolsonaro ou sofrer mais retaliações, interferindo na independência judicial via sanções pessoais. 

O Legislativo, depredado há dois anos, é coagido a agendas golpistas: na Câmara, anistia aos envolvidos em atos contra o Estado de Direito; no Senado, impeachment de Alexandre de Moraes, tido como perseguidor de extremistas.


Essas ações de 2025 reverberam o 8 de janeiro, mas com sofisticação transnacional. Antes, o inimigo interno, caótico; agora, é externo, calculado, com chancela da Casa Branca - diplomacia coercitiva misturada à beligerância. 

Ambos visam erodir instituições, questionar a soberania e impor autoritarismo. Em 2023, violência física; em 2025, híbrida, com sanções econômicas, vetos migratórios e exigências legislativas.


O padrão é de escalda: paralisar os Poderes, forçando concessões. Ceder abre portas a mais pressões - tarifas extras, isolamentos, intervenções sutis. Um ciclo vicioso em que a submissão nutre o agressor. A democracia brasileira, ferida internamente em 2023, resiste agora a uma ofensiva estrangeira massiva. Cabe aprender com o passado ou curvar-se ao incerto.


Como jornalista e professor de comunicação, guio-me por ética inabalável: sem inclinações políticas ditando palavras, ouvindo todos os lados e refletindo princípios. Busco opinar de forma clara, fundamentada e equilibrada, mas a palavra final é do leitor, soberano em interpretar, questionar e apresentar sua visão do mundo.

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terça-feira, 22 de julho de 2025

EUA poderiam bloquear GPS no Brasil? Entenda como funciona sistema de geolocalização

Reportagem de Rute Pina, da BBC News Brasil: A escalada de tensões entre Brasil e Estados Unidos subiu mais um degrau com o anúncio de sanções ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, pelo Departamento de Estado americano. O secretário de Estado americano, Marco Rubio, anunciou a revogação do visto do ministro do STF para entrar nos Estados Unidos citando "caça às bruxas" contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

www.seuguara.com.br/GPS/bloqueio/EUA/Brasil/

Segundo a Folha de S.Paulo, bolsonaristas disseram ter sido informados por membros do Departamento de Estado dos EUA que a revogação de vistos de Moraes e outros integrantes da Corte seria "apenas o começo".

Entre as novas sanções cogitadas, disseram aliados do ex-presidente ao jornal, estariam aumentar as tarifas de importação de produtos brasileiros de 50% p\ara 100%, adotar punições em conjunto com a aliança militar Otan e até mesmo o bloqueio do uso de satélites e GPS.


Como é e como funciona o GPS?


O sistema de Posicionamento Global, mais conhecido pela sigla em inglês GPS (Global Positioning System) oferece com rapidez e precisão a localização de um ponto na superfície terrestre.

Ele é utilizado em celulares, carros, aeronaves, embarcações e sistemas de monitoramento, como tornozeleiras eletrônicas, e é essencial para áreas como navegação, cartografia e monitoramento ambiental.


Criado pelo Departamento de Defesa dos EUA no final do século 20, o sistema foi desenvolvido originalmente com fins militares, como o direcionamento de mísseis, localização de tropas e execução de manobras táticas. 

A corrida espacial impulsionou a sua criação. Em 1957, a então União Soviética lançou o Sputnik, primeiro satélite artificial da história. Já o Primeiro satélite operacional do GPS foi lançado em 1978, e o sistema atingiu sua configuração plena em 1995, quando tinha 24 satélites em funcionamento. 

Nos anos 1990, a tecnologia passou a ser amplamente aplicada para usos civis, que vão do controle do tráfego aéreo a aplicativos de informações para rotas em celulares.


Atualmente, o sistema conta geralmente com 31 satélites em operação, que estão distribuídos em seis planos orbitais ao redor da Terra, de forma quer, em qualquer ponto do planeta, pelo menos quatro deles estejam sempre visíveis a um receptor GPS. Esse é o número mínimo necessário para o sistema funcionar corretamente.

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Cada satélite transmite continuamente um sinal de rádio com informações sobre sua posição e o horário exato de emissão, baseado em um relógio atômico.


O receptor, ao captar esse sinal, registra o tempo de chegada da mensagem e o compara com o horário indicado pelo satélite. A diferença de tempo permite calcular a distância entre o receptor e o satélite.

Como a onda de rádio se desloca à velocidade da luz, mesmo variações de frações de segundo representam milhares de quilômetros.


Com os dados de quatro satélites distintos, o receptor consegue triangular sua posição com alta precisão. Se os sinais forem captados somente de um ou dois satélites, a localização estimada seerá menos confiável ou ambígua.

O sistema oferece dois tipos de serviço: o Standard Positioning Service (SPS), disponível a todos os usuários civis do mundo, e o Precise Positioning Service (PPS), de uso restrito às forças armadas norte-americanas e seus aliados. 


É possível bloquear o GPS em um país?


Os sinais transmitidos pelos satélites do GPS são unidirecionais: saem do espaço e alcançam, ao mesmo tempo, receptores em qualquer parte do mundo, explica o engenheiro Eduardo Tude, especialista nas áreas de Redes Ópticas, Sistemas Celulares e Comunicações por Satélite e presidente da Teleco, consultoria em Telecomunicações. 

Por isso, ele afiram ser improvável cortar o sinal do GPS somente para um país ou território, sem afetar regiões vizinhas.

"Esse satélites ficam transmitindo continuamente um sinal para todo mundo. E o dispositivo que temos em Terra, pega o sinal desses satélites e calcula sua posição. É muito difícil bloquear isso para um país porque o sistema transmite para todo mundo, quem quiser pegar aquele sinal", explica.


"É como a TV aberta, eu poderia bloquear o acesso a ela numa casa se ela fosse projetada para ter um código, como a TV por assinatura tem para receber", continua o engenheiro. "Se os EUA resolvessem fazer isso, ele teria que mexer, primeiro, na forma como é transmitido esse sinal. Em termos práticos, seria praticamente inviável fazer isso, ainda mais no curto prazo."

"Não dá para cortar esse sinal sem atingir outros países e mesmo os EUA. Não acredito que eles estejam realmente cogitando isso."

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Poderiam existir maneiras, no entanto, de interferir localmente no funcionamento do GPS. Algumas dessas técnicas já foram usadas em zonas de conflito ou de interesse estratégico. 

A principal é o jamming, um bloqueio de sinal feito com dispositivos que emitem ondas de rádio para neutralizar o sinal original dos satélites.

"O jamning consiste em prejudicar a recepção do sinal do GPS com um transmissor na mesma frequência, mais forte. Para fazer isso para atingir o Brasil, por exemplo, seria necessário estar aqui para criar essa interferência, o que prejudicaria muita gente", diz Tude. "Seria um ato de sabotagem."


Em maio de 2024, a Rússia provocou interrupções em sistemas de navegação por satélite que afetaram milhares de voos civis, segundo especialistas ouvidos pela BBC News.

Naquele ano, um avião da Força Aérea Real britânica que transportava o secretário de Defesa do país chegou a ter seu sinal de GPS bloqueado ao sobrevoar áreas próximas ao território russo.


Na guerra com a Ucrânia, o país tem utilizado sistemas avançados de guerra eletrônica, como o Zhitel and Pole-21, para bloquear sinais de GPS em áreas próximas às áreas de conflito. A tática serve para "cegar" mísseis guiados, neutralizar dorones e dificultar a movimentação de tropas inimigas.

Outra técnica é o spoofing, que consiste em enganar o receptor, substituindo sinais legítimos por falsos, indicando uma localização incorreta.


A engenheira mecânica Luísa Santos, especialista em Indústria e Sistema Aerospaciais pela Universidade de Buenos Aires (UBA), também acredita que a possibilidade de os americanos restringirem ou degradarem o sistema é remota.

"Embora o sinal civil seja fornecido 'gratuitamente' ao mundo (pago indiretamente por impostos), os EUA mantêm a capacidade de negar ou degradar o acesso a dete4minadas regiões. No entanto, particularmente, acredito ser muito difícil devido questões diplomáticas de longo termo que temos com os EUA", afirma.


Alternativas ao GPS


Uma hipotética restrição do GPS afetaria diversos setores civis como transportes, com interrupções na aviação, navegação marítima e logística; telecomunicações e energia, já que as redes precisam do tempo preciso do GPS para sincronização; e até em bancos e finanças - o sistema é usado para fornecer o tempo em transações eletrônicas.

"Em caso de conflito, as forças dos EUA manteriam acesso aos sinais militares criptografados, enquanto civis e possíveis adversários poderiam ser bloqueados. Haveria impacto global, mas existem outras fontes de geoposionamento hoje", afirma Santos.


Como alternativa ao GPS, é possível desenvolver sistemas próprios, como o sistema russo GLONASS, o chinês BeiDou e o Galileo, da União Europeia. Há também sistemas regionais, como indiano NavIC e o QZSS, no Japão.

"Esses sistemas são interoperáveis e, em muitos dispositivos modernos, funcionam em conjunto com o GPS. Há também sistemas de backup terrestres, com o eLoran, Navegação de Longo Alcance Aprimorada, em uso em alguns países, para garantir posicionamento e tempo mesmo sem satélites", explica Santos.


A divulgadora científica Ana Apleiade, mestranda em Astrofísica na Universidade de São Paulo (USP), afirma que, em uma hipotética queda do sistema GPS, seria possível usar outras redes.

"Embora improvável, tecnicamente os Estados Unidos poderiam restringir ou degradar o sinal civil do GPS em determinadas regiões, por motivos militares ou estratégicos", diz.

"Ainda assim, o Brasil e o mundo não ficariam completamente no escuro. Há outros sistemas disponíveis, e a maioria dos celulares, aviões navios e equipamentos modernos já são compatíveis com múltiplas constelações de satélites. Ou seja, o GPS não é o único sistema disponível."

"Mas é um assunto mais delicado do que apertar um botão para desligar", finaliza.

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Damares culpa Moraes por tarifas, mas o culpado seria...Temer?

Na noite desta segunda-feira, 21, reunida com membros da oposição, a senadora Damares Alves anunciou qual será a prioridade absoluta para o retorno dos trabalhos legislativos neste segundo semestre: a votação do impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF. A parlamentar disparou críticas ao ministro e o acusou de supostas violações de direitos humanos, além de responsabilizá-lo por prejuízos à economia brasileira. "Foi por culpa dele que estamos sendo tarifados", esbravejou.

www.seuguara.com.br/Damares/tarifas de Trump/Alexandre de Moraes/Michel Temer/

Migalhas, sempre atento à origem das culpas nacionais, "apurou" que, para falarmos em responsabilidade, é preciso fazer uma breve viagem no tempo.

Voltemos a 2017, ano em que Alexandre de Moraes foi indicado ao Supremo. E por quem? Por ninguém menos que Michel Temer - sim, o vice da então impeachmada Dilma Rousseff.

Ao que tudo indica, o estigma do impeachmeant não larga Midas Temer.


Durante o Seminário de Verão, realizado no mês passado em Portugal, Moraes tratou de tirar o corpo fora com elegância tropical:

"Tive a grande honra de poder participar do governo do presidente Michel Temer como ministro da Justiça. Se a culpa é de alguém, é dele. Que me nomeou ministro do STF."


Honra reconhecida, culpa endereçada.

Mas, justiça seja feita. Michel Temer, em entrevista ao programa Roda Viva em 2021, garantiu que nunca se arrepende do que faz. Inclusive, fez questão de reafirmar seu voto em Jair Bolsonaro no segundo turno de 2018.

Culpados devidamente apontados, resta agora aguardar as cenas dos próximos capítulos.


Enquanto isso, veja os trechos:




Redação/Migalhas

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quinta-feira, 10 de julho de 2025

O que a Copa do Mundo de Clubes deixa para além das quatro linhas?, por Walter Moreira Dias

Por Walter Moreira Dias, no GGN: A Copa do Mundo de Clubes caminha para a realização das esperada final no próximo domingo (13/07). Chelsea e PSG se enfrentarão em busca do primeiro título do torneio recém criado pela FIFA. Para além do sucesso de audiência, das enormes discussões apaixonadas nas redes sociais e do enorme espaço criado para patrocinadores, convém pensar politicamente o que fica desta Copa para o campo progressista.

www.seuguara.com.br/Mundial de Clubes 2025/

É fato que no neoliberalismo do século XXI, os ganhos das emissoras e organizadores do evento com foco total nos lucros; a massificação da publicidade, a contínua normalização dos anúncios de casas de apostas ditaram o tom. E é lógico, com o futebol como produto, se cristaliza a noção dele como somente entretenimento.


Apesar de diversos jogos da primeira fase terem um público local bastante reduzido, o resultado final da nova competição da FIFA é um estrondoso sucesso. De qualidade esportiva. De audiência. De publicidade. De lucros.

É o paraíso para os patrocinadores. Placas de publicidade digitais e transitórias; logos de marcas fixas ao lado do placar por longos períodos; reduções de tela para projetar comerciais durante o tempo regulamentar do jogo. Além, é claro, das atuais marcas nas camisas e a tradicional regra para que não as tire após os gols. Ou seja, cartões amarelos "patrocinados" pelos anunciantes.


Como então disputar o imaginário de torcedores e espectadores? É possível ter vozes dissonantes neste cenário?

Podemos ousar listar alguns pontos relevantes para a reflexão de uma outra cultura futebolística.

Ao menos, a Copa do mundo de Clubes serviu para tirar o pedestal de superioridade irrestrita e indiscutível que times europeus possuíam frente aos demais. O rendimento de clubes americanos, asiáticos e africanos surpreendeu o senso comum que vinha se construindo nas décadas recentes. Apesar do desnível financeiro, as vitórias inesperadas e alguns jogos equilibrados ajudaram a criar fissuras no eurocentrismo da bola.


Assim como a própria longevidade do Fluminense na competição que ajudou a chacoalhar outro lugar comum dos debates futebolísticos no Brasil: a ideia de que qualquer treinador europeu é superior aos técnicos brasileiros. Nos anos recentes vimos diversos clubes brasileiros contratando estrangeiros para dirigir os times apenas por serem estrangeiros. 

Apesar de ter sido na figura de um bolsonarista convicto, Renato Gaúcho, a campanha do Fluminense simbolicamente contribui para diminuir o menos prezo aos técnicos brasileiros. 


E ainda tivemos o goleador palestino do Ah-Ahly, Abou Ali, que nos fez lembrar do genocídio israelense apenas por sua identidade. Nascido na Dinamarca, com pai imigrante palestino, chegou a postar uma mensagem em sua rede social pouco antes da chegada aos EUA para a Copa: "Free Palestine". Para os que preservaram sua sensibilidade e empatia, a mídia ao retratar o "artilheiro palestino" já remete à memória do sofrimento de toda aquela nação. Para os que já deixaram o ódio tomar conta, é uma lembrança de que o país, a nação e os palestinos existem, vão continuar existindo e não serão varridos do mapa. 


Por fim, podemos também lembrar da flecha de Oxóssi por meio do Paulinho, que apesar de lesionado, conseguiu ser decisivo nas oitavas de final para o Palmeiras. Ele é um ícone de luta contra a intolerância religiosa e contra o racismo. Na cultura iorubá a flecha combate a miséria e a fome. Paulinho, com seu orixá, consegue, inclusive, combater males para além destes.


É pouco? Com certeza.

Frente aos bilhões que o jogo movimenta, entre casas de apostas, multinacionais e petrodólares, é muito pouco. Mas não podemos deixar de lado o esporte para conservadores, meritocratas, fanáticos religiosos e neoliberais.

Urge nascer uma contracultura futebolística  no Brasil. Conseguimos contar nos dedos os jogadores, técnicos, executivos e comentaristas que externam posições do campo da esquerda. Ao contrário, é bem comum encontrarmos falas conservadoras de personagens do mundo da bola.


Seria demais ter esperança em um clube de futebol aderir, por exemplo, à pauta contra a escala 6 x 1? Reduzir a carga horária de seus funcionários administrativos para 40h, com duas folgas semanais e sem redução de salário? Clubes, inclusive os que tem donos bilionários, serem a favor da taxação maior de grandes fortunas para subsidiar a redução da carga tributária dos mais pobres? Jogadores e técnicos participarem de atos públicos por pautas de esquerda?

Uma contracultura no futebol. Para não o ver apenas como entretenimento. Ainda dá. Estamos perdendo, mas a bola ainda está em jogo.

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terça-feira, 8 de julho de 2025

Veja a entrevista do ministro da Fazenda Fernando Haddad concedida ao site de notícias Metrópoles

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concedeu entrevista exclusiva ao Metrópoles, nesta terça-feira (08). O chefe da equipe econômica do governo Lula falou sobre a recente crise entre o Poder Executivo e Congresso Nacional envolvendo o IOF (imposto sobre Operações Financeiras), criticou o papel da oposição no Brasil, defendeu a meta fiscal e comentou sobre eleições 2026.

www.seuguara.com.br/Fernando haddad/ministro da Fazena/entrevista/

O ministro da Fazenda foi questionado sobre sobre outros temas da pauta econômica e sobre o futuro do governo e dele mesmo nas eleições de 2026. Haddad disse que em breve terá um encontro com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta. 


Veja a entrevista completa:



Fonte: Metrópoles

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segunda-feira, 7 de julho de 2025

Lula vira o jogo e coloca o Congresso na berlinda no debate do IOF

Redação/O Cafezinho: Um análise do Instituo Quaest sobre o debate do IOF nas redes sociais indica vantagem do Executo sobre o Legislativo. Segundo levantamento, 61% das menções ao Congresso Nacional tiveram tom negativo, enquanto apenas 11% das postagens sobre o governo registraram esse tom. O estudo considerou 4,4 milhões de postagens entre 24 de unho e 4 de julho em plataformas como X, Instagram, Faceboock, YouTube e em sites de notícias. O alcance médio foi de 32 milhões de contas por hora durante o intervalo analisado.

www.seuguara.com.br/Lula/redes sociais/IOF/congresso nacional/

A hashtag #InimigosDoPovo apareceu em cerca de 300.000 menções, presente em 18% das publicações. A expressão "Congresso da mamata" surgiu em 23% dos registros. Hugo Motta foi citado em 8% das postagens, o que evidencia personalização das críticas ao Parlamento.

O volume de publicações cresceu após 25 de junho, data em que o Congresso votou a derrubada do decreto que elevou a alíquota do IOF. A decisão levou o governo a recorrer ao Supremo Tribunal Federal e gerou movimentação de críticas ao Legislativo.


Lula foi citado em 15% das postagens. Dessas, 45% apresentaram apoio, 31% registraram crítica e 24% mantiveram tom neutro. Em casos de crise no INSS e em anúncio do aumento do IOF, ele teve 77% e 76% de menções com tom depreciativo.

O relatório afirma que "Lula não é o foco central do desgaste atual", sinalizando mudança de foco no debate e reposicionamento de narrativa. 

Parlamentares alinhados ao governo produziram quase 50% das postagens sobre o tema, enquanto a oposição respondeu por 31,5%. Parlamentares sem alinhamento registraram 18% das publicações.

Em números absolutos, 119 parlamentares aliados geraram 741 postagens, 112 da oposição publicaram 378 vezes e parlamentares de centro contaram 218 publicações. 


As postagens governamentais e de oposição receberam 1 000 000 de curtidas cada. O volume de comentários foi de 154 000 para publicações aliadas e de 159 000 para opositoras. Para o instituto, "a oposição saiu enfraquecida, enquanto parlamentares governamentais buscavam manter uma mobilização anti-Congresso".

O levantamento identifica ação de confrontação institucional por parte da base aliada. o relatório descreve uso de " tensão a relação com o Legislativo, usando o tema como instrumento de confronto político contra a oposição e retórica de responsabilização institucional". 


O resultado mostra mudança de dinâmica em ambiente que costumava destacar o desgaste ao governo. Ao transformar o Congresso em alvo de críticas, a base aliada conquistou espaço na opinião pública e reforçou presença no debate.

O campo de esquerda saiu fortalecido na disputa de narrativa, historicamente dominada por forças conservadoras, e demonstrou capacidade de impacto real em menções e engajamento nas redes.

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Política: 'O problema não é o Centrão e o Congresso Nacional. O problema são os eleitores'

Por Eberth Vênio, em Bula Conteúdo: Carece deixar de dizer que política não presta e que os políticos são todos iguais, porque eles não são. O problema do Brasil é o brasileiro. O cidadão ufanista que enche a boca para declarar que odeia política, contudo, nunca mais leu um livro desde que saiu do colégio. O problema é aquele transgressor contumaz de normas e regulamentos que domina fiscalização de trânsito como "indústria da multa". É o indivíduo que sempre arruma o jeito certo de fazer a coisa errada.

www.seuguara.com.br/Centrão/congresso nacional/eleitores/

É o patriota que sonha, acima de tudo, em se mudar do Brasil - um "país sem futuro" - para viver numa nação "mais decente" onde lavará pratos, erguerá paredes, fará faxinas e tomará conta dos filhos dos outros, até ser preso e humilhado pela imigração. Antes de mais nada, o problema é a indecência do hipócrita inveterado. Daquele que não abre mão de um bom esquema. Do néscio que se alimenta das sombras para defender ditaduras e a volta dos milicos ao poder. Do aquartelamento dos ímpios e dos seus corações selvagens. Do cristão convicto que se declara favorável a armar com trabucos os cidadãos de bem. Bem, parece que o real problema é não amar.


O problema é o tiozão do do WhatsApp, sempre íntegro, austero e nacionalista, que prática discursos de ódio e compartilha fake news. O problema são os acomodados, os preguiçosos que desconhecem a história e ainda assim se consideram os donos da verdade. São os negacionistas da ciência que engrossam o caldo do Movimento Antivax.

O problema não é o Centrão e o Congresso Nacional. O problema são os eleitores. O problema nunca forma os comunistas. Comunistas não comem criancinhas. Pobres não comem picanha. E vida que segue. A saga brasileira rumo à cidadania plena continuará hercúlea. O problema reside também numa classe dominante que se locupleta com o cinismo ao defender a ascensão social dos miseráveis por meio da meritocracia. 


Ora, ninguém merece passar por tamanho escárnio. O problema é o indivíduo que se orgulha da própria ignorância e vocifera impropérios aos quatro ventos valendo-se da falsa premissa da "liberdade de expressão". Vamos expressar de maneira mais honesta o pouco ainda que nos resta de humanismo e de dignidade. O problema é o desavergonhado desprezo de muitos pela arte pela cultura, aquele tipo de atividade humana - é o que eles dizem - que não enche barriga, que não leva o país a lugar algum. 


E quem haverá de dizer para qual lugar devemos ir? O problema do Brasil é a inércia. É a nefasta mistura entre política e religião, por pura má fé. O problema não é a falta de transparência das emendas impositivas do Congresso Nacional. O problema é de quem colocou aqueles indivíduos lá dentro. Resta óbvio que o problema do Brasil é a gente mesmo. Estamos mal na fita. A situação vai piorar? Aí depende. Depende da sapiência popular, por meio do voto nas urnas. A democracia representa muito mais para o futuro do país. Mas, quem de fato se importa?

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sexta-feira, 4 de julho de 2025

Globo escancara defesa do Centrão e parte para guerra contra o governo Lula

Redação/O Cafezinho: Em editorial publicado nesta sexta-feira (4), o jornal O Globo saiu em defesa do Congresso Nacional e fez críticas à mobilização por justiça tributária, que ganhou força nas últimas semanas com manifestações e ações simbólicas contra privilégios parlamentares e isenções fiscais. Sob o título "Ataques ao Congresso são inaceitáveis", o texto do grupo Globo rejeita as pressões populares por mudanças estruturais no sistema de arrecadação e repete argumentos alinhados a interesses do Centrão e de setores econômicos de alta renda.

www.seuguara.com.br/Globo/Governo Lula/IOF/Centrão/

A publicação ocorre em em meio à repercussão de vídeos e campanhas que expõem os benefícios fiscais e o papel de deputados como Hugo Motta (Republicanos-PB) e Arthur Lira (PP-AL), presidente e ex-presidente da Câmara, respectivamente.

As crítica ganharam fôlego com atos como a ocupação de uma agência bancária na Avenida Faria Lima, em São Paulo, onde manifestantes exigiram taxação sobre grandes fortunas e lucros. A ação foi parte de uma ofensiva por maior progressividade no sistema tributário, apontado como um dos mais regressivos do mundo.


Mesmo após apelos por moderação vindos de lideranças como a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann - que declarou que "não é assim que vamos construir saídas para o Brasil" -, os protestos não diminuíram. A insatisfação popular tem sido direcionada a benefícios fiscais concedidos a setores privilegiados, ao mesmo tempo em que a carga tributária incide proporcionalmente mais sobre os trabalhadores de baixa renda. 


No editorial, O Globo afirma que existe uma "campanha polarizadora e mendaz" encabeçada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e por integrantes do PT, e classifica como "perturbador" o uso de termos como "inimigo do povo" para se referir ao Congresso ou à imprensa.

A publicação também associa esse tipo de linguagem a regimes autoritários, mas omite que a expressão foi amplamente empregada por políticos como Donald Trump para deslegitimar adversários e veículos de imprensa - inclusive o New York Times, frequentemente criticado pelo ex-presidente dos Estados Unidos.


O jornal também procurou minimizar os escândalos envolvendo o Congresso, afirmando que a instituição tem atuado historicamente com equilíbrio e que "todos os avanços do Brasil passam pelo Parlamento". Como exemplos, mencionou a reforma da Previdência e a reforma tributária. Esta última, entretanto, ainda está em debate e, segundo o próprio editorial, não altera regimes especiais como o Simples Nacional e o Lucro Presumido - mecanismos que concentram benefícios em segmentos empresariais.


O Globo classificou como "absurda" a proposta do governo de elevar o IOF como forma de corrigir distorções regressivas na tributação, enquanto considerou "meritória" a decisão do Congresso de barrar esse aumento.

A avaliação ignora que a medida favorece setores com maior poder econômico e mantém o peso dos tributos sobre os mais pobres. O jornal também critica o slogan "taxar os super-ricos", apesar de reconhecer que existem R$ 544 bilhões em isenções e subsídios tributários no Brasil - muitos deles sem comprovação de impacto positivo para a sociedade.


Além disso, o editorial atacou diretamente a campanha popular por uma reforma tributária mais justa. Ao adotar tom tecnocrático, o texto tenta desqualificar propostas que têm apoio de amplos setores da sociedade civil. Um dos pontos abordados foi a possível desvinculação do reajuste do salário mínimo dos benefícios previdenciários. O Globo nega que haja defensores dessa medida, embora existam registros de articulações no Congresso em torno dessa possibilidade. 


A crítica à mobilização social também foi expressa quando o jornal classificou os protestos por justiça fiscal como atos de "radicalização" e o debate sobre a desigualdade como mera "polarização". A abordagem desconsidera o cenário de concentração de renda no país e ignora demandas por equidade no sistema tributário, como a inclusão de lucros e dividendos na base de impostos e a instituição de tributos sobre grandes fortunas. 


Na leitura de setores progressistas, o editorial representa uma tentativa de blindagem do Congresso em meio à crescente pressão popular por mudanças estruturais. Ao defender o status quo, o grupo Globo se distancia do debate sobre como tornar o sistema fiscal mais justo, e adota uma linha de enfrentamento às pautas que ganham adesão em diferentes faixas da sociedade.

A controvérsia em torno do texto reforça a tensão entre os veículos da grande imprensa e movimento sociais que cobram uma nova agenda econômica para o país. Enquanto isso, cresce o apoio à tributação progressiva como resposta à desigualdade e às distorções do modelo vigente.

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quinta-feira, 3 de julho de 2025

Debate sobre IOF supera discurso 'rico contra pobres' e ganha adesão popular

Por Camila Bezerra, no GGN: A mídia tradicional destaca, nesta quarta-feira (02), que o Partido dos Trabalhadores (PT) está inflamando o discurso de ricos contra os pobres, tendo em vista a série de vídeos explicativos que o partido lançou nas redes sociais sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). No vídeo, a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) lembra que esta foi a primeira vez que o Congresso Nacional vetou o aumento do imposto, que agora segue  para o Supremo Tribunal Federal (STF).

www.seuguara.com.br/debate/IOF/Câmara dos deputados/discurso/

No entanto, não se trata de uma promoção do "nós contra eles", como a mídia tradicional costuma apontar sobre as ações de governos petistas, mas sim uma construção de narrativa que está ganhando o entendimento e apoio popular, como demonstrou a jornalista Eliara Santana, no programa Desinformação & Política, na última terça-feira (1º).


Durante a última semana, a cena política brasileira foi marcada por uma reviravolta envolvendo o Congresso Nacional e o governo federal, após uma manobra conduzida pelos presidentes das casas legislativas, Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP). A movimentação, inicialmente recebida como um golpe duro ao Executivo, passou a ser reavaliada sob outro prisma: o de uma disputa entre interesses de classes, escancarada no campo tributário. 

Segundo análises veiculadas na mídia e repercutidas por economistas e articulistas, como Miriam Leitão, a motivação do Congresso não seria, como alegado, uma preocupação com o peso dos impostos sobre a população. " A questão não é econômica, nunca foi", afirma Eliara.


O Brasil vive hoje um cenário de crescimento econômico, queda do desemprego e aumento da renda média, fatores que indicam relativa estabilidade fiscal.

O desconforto do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com a mudança repentina no trâmite da pauta no Congresso, reforçou essa leitura. Desde o início, ele se mostrou firme, expressando surpresa com a guinada no debate.

A tentativa de desviar o foco da proposta original do governo - que busca corrigir distorções no sistema tributário - passou a ser percebida como uma estratégia articulada por setores privilegiados da elite econômica.


Ao longo da semana, a narrativa midiática foi se transformando. Se um um primeiro momento a imprensa interpretou o movimento do Congresso como derrota do governo, rapidamente essa visão foi ajustada como uma tentativa de impedir o avanço de medidas que ampliariam a justiça social. "No Brasil, quem paga imposto é o pobre", passou a ser uma frase recorrente entre analistas.

Essa guinada narrativa evidenciou o embate entre uma proposta de maior equidade tributária - como a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil - e os interesses dos setores mais ricos da sociedade, historicamente beneficiados por brechas e privilégios ficais.

"O que ocorre é exploração. Os ricos não querem pagar impostos e conseguem mobilizar o Congresso para manter seus benefícios", continuou a apresentadora do Desinformação & Política. 


A discussão não ficou restrita aos gabinetes ou aos estúdios de televisão. O discurso sobre a desigualdade tributária começou a circular em outros espaços, como nas redes sociais e nas conversas cotidianas. Um exemplo simbólico foi o de um motorista de aplicativo em São Paulo, que, ao ouvir na Jovem Pan uma crítica ao governo, reforçou a ideia de que "quem está embaixo paga mais imposto".

"É assim mesmo, né? a gente do andar de baixo paga, acaba pagando muito mais imposto, sempre, né? E aí os ricos não querem pagar imposto, não querem que a gente deixe de pagar imposto", comentou o motorista à jornalista. 


Essa circulação do discurso evidencia o alcance da questão. "O peso do discurso se percebe quando ele começa a circular por todas as camadas da população. Está se formando uma consciência coletiva sobre a injustiça fiscal no Brasil", destacou Eliara.

A resposta do governo, articulada especialmente por Haddad, tem sido clara: não se trata de um aumento de carga tributária, mas de uma redistribuição mais justa. Essa proposta, no entanto, encontra resistência em  um Congresso que tem grande representação de setores econômicos poderosos.




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