sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Politização amplifica prejuízo da suspensão da vacina

www.seuguara.com.br/vacina/Covid-19/Oxford/

Por Fernando Brito, em seu blog: O NY Times diz , sem confirmação oficial, que a suspensão dos testes da vacina produzida por um consórcio do Laboratório Astrazêneca e a Universidade de Oxford, deveu-se a um caso mielite transversa, uma doença rara e que, há anos, é objeto de estudos por sua associação com a aplicação de vacinas.
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Em 2016, a própria Universidade de Oxford publicou um estudo científico sobre isso, sem resultados significativos para esta suposta consequência indesejada.  


Não é um caso "pão-pão; queijo-queijo", que permita conclusões imediatas: no estudo feito sobre o registro de 64 milhões de registros do Vaccine Safety Datalink do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos forma localizados apenas sete casos de mielite transversa nas primeiras quatro semanas após vacinação e 66 nos nove meses seguintes a imunização.


Isso não quer dizer que haja uma necessária ligação de causa e efeito, porque a doença tem uma incidência parecida entre a população em geral - sem necessária vinculação à vacina, na faixa de 1 por milhão por causas, em boa parte, desconhecidas.

 

Tudo isso, porém, é uma questão de estudos científicos, não para polêmicas jornalísticas, até porque os interesses econômicos e políticos são imensos. 


Anúncios precipitados de vacinação em massa - como o que fez Donald Trump prometendo vacinação antes das eleições de novembro nos EUA e a que fez ontem [08/09] o general Eduardo Pazuello, falando em estar "vacinando todo mundo" em janeiro - só servem para aumentar a desconfiança pública quando surge um episódio que exige reavaliação sobre efeitos colaterais, o que não é nada raro em desenvolvimento de vacinas. 


O governo brasileiro, além disso, não pode "colocar todas as fichas" numa das dezenas de vacinas que estão em testes, porque não tem o direito de chegar atrasado em outras que, eventualmente, se provem mais eficazes e/ou viáveis, por características de produção, armazenamento e distribuição, que podem ser decisivas quando se trata de imunizar 212 milhões de pessoas em 8,5 milhões de Km². 


Imagem: reprodução


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