domingo, 21 de março de 2021

'Estado de sítio no cercadinho'. Por Moisés Mendes

www.seuguara.com.br/cercadinho/Palácio do Planalto/Bolsonaro/

Por Moisés Mendes, em seu blog - A ameaça de Bolsonaro de que pode decretar estado de sítio parece ser, mas talvez não seja, um estágio além do blefe do golpe, quando o sujeito aparecia nas manifestações de Sara Winter. Pode ser apenas um sinal de que ele se sente ainda mais acossado e sem saída.
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Com um pouquinho mais de gente vacinada, é provável que já tivéssemos povo suficiente para voltar às ruas. Bolsonaro sabe disso. 


As manifestações em Brasília, o crescimento do escracho virtual e a demonstração de que não dá para ter medo das ameaças são sinais de que algo está acontecendo.


A conversa sobre estado de sítio pode ser apenas um delírio para a claque do cercadinho do Alvorada. Como se ele estivesse cochichando para aquela turma: eu to pronto para dar um jeito nisso daí.


Não parece que Bolsonaro tenha um método e um plano. Talvez esteja apenas garganteando para o seu público, sem controle do que diz.


Bolsonaro pode mesmo ter combinado alguma coisa com os militares, como sugeriu no cercado? Aí vem a questão que pode ser levantada por um amador em estratégia política e militar: Bolsonaro e os militares podem até entrar na aventura. O problema será sair.


Sim, os militares também são considerados parte do delírio, porque não há estado de sítio sem a imposição da força. O genocida terá de arrastar seus generais para a empreitada, incluindo o vice Hamilton Mourão.


A outra conclusão, tão antiga quanto os blefes, é que Bolsonaro vive da ameaça de que vai dar um golpe. Ele vai levando essa fanfarronice até onde der, para ver se, quando precisar, o golpe poderá um dia ser aplicado.


O interessante nisso tudo é que houve o telefonema de Luiz Fux para o sujeito nessa sexta-feira. O presidente do Supremo perguntou que história é essa de ameaçar com estado de sítio, e o homem desconversou, como sempre faz. 

O Brasil ficou sabendo do telefonema porque alguém avisou a imprensa do pito de Fux. E quem avisou, é claro, não foi o sujeito que ouviu os conselhos para que não continue blefando.


Fux mandou espalhar entre os amigos dos jornais que havia ligado para Bolsonaro. O ministro avisa que tomou a iniciativa de enquadrar Bolsonaro, e também informa Bolsonaro de que foi ele quem espalhou a notícia.

Fux manda dizer ao Planalto e aos generais que ainda tem coragem para espalhar a notícia do telefonema.


Bolsonaro pode dar o troco, agora com Silas Malafaia substituindo Sara Winter? Talvez não tenha condições, mesmo com a assessoria de guerra de alguém menos incapaz. 


Bolsonaro está se repetindo e ficando sem repertório.


Imagem: reprodução/Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil


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