segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Relacionamento interpessoal no mundo corporativista

Não tem saída. Para ter sucesso profissional no mundo das grandes corporações é de fundamental importância a qualificação e o amadurecimento. Me refiro não apenas à aquisição de conhecimentos básicos para o exercício satisfatório das funções que nos serão atribuídas, mas principalmente ao desenvolvimento de virtudes pessoais. Isto é, tolerância e humildade obrigatoriamente serão requisitos essenciais na interação entre os membros de um mesmo grupo, e deste com outros dentro da mesma organização.
Como qualquer organização, seja ela de pequeno, médio, ou grande porte, geralmente adota o conceito de hierarquia como método para estabeler autoridade formal entre superiores e subordinados, é comum nos depararmos com situações antagônicas no ambiente de trabalho. Conflitos são inevitáveis, posto que o nível de compreensão nunca é o mesmo entre as pessoas, quando obrigadas ao relacionamento interpessoal, diariamente.    

Não é raro encontrarmos uma pessoa, que alçada a um nível superior dentro da estrutura organizacional da empresa, em dado momento, não esteja suficientemente preparada para exercer com probidade as funções do cargo. Se por um lado detém capacidade intelectual compatível para atingir os resultados almejados pela Diretoria, de outro faltam-lhe as qualidades pessoais de Liderança, inerentes ao cargo que passa a ocupar. Naturalmente ignoradas no ato da nomeção. Isto pode ser um foco de dispersão ou conflito no grupo.

É comum, onde estão reunidas um certo numero de pessoas, determinadas a cumprir um mesmo objetivo, que surjam opiniões divergentes. Muitas vezes, uma querendo se impor sobre a outra de maneira autoritária. Cada um representa uma personalidade própria, estabelecida por princípios e valores pessoais próprios que nunca são iguais aos dos outros. São cultivados ao longo da experiência de vida, determinando as virtudes e os vícios que certamente influirão sobremaneira no relacionamento harmônico entre os integrantes de qualquer grupo.

Aí podem surgir novos conflitos, que só serão superados se o nível de intolerância entre  superiores hierárquicos e subordinados, for o menor possível. O que irá contribuir para estabelecer um clima positivo de compreensão e respeito. Colocar-se no lugar do outro pressupõe um dos preceitos da liderança, uma atitude nobre, virtuosa. Jamais de rebaixamento ou humilhação, que é outra variante, igualmente conflitante nas relações humanas dentro das organizações. Também já ouvimos falar muito do assédio moral no ambiente de trabalho. Porém ele persiste como um dos principais entraves para um relacionamento interpessoal satisfatório. Ninguém gosta de ser pressionado ou sentir-se humilhado, desvalorizado. Muito menos publicamente, ou na presença dos colegas de trabalho. 

De forma que o relacionamento interpessoal dentro das corporações, está diretamente vinculado ao cultivo constante das boas virtudes. Antes das regras da boa educação e da ética, virtudes como tolerância e humildade, quando exercidas com sabedoria tornam o ambiente da organização um lugar de harmonia. Com influência direta na satisfação dos seus colaboradores, e por conseguinte na plena realização dos projetos fixados para o fiel cumprimento dos objetivos finais de qualquer organização.

Muito conhecido no meio corporativista, um dos executivos mais cobiçados do mercado brasileiro, agora consultor, palestrante, colunista de várias revistas, jornais e TV, Max Gehringer, certa vez respondeu em uma entrevista a seguinte pergunta: "Quais são os maiores problemas que o senhor detecta nas grandes corporações, no que se refere ao relacionamento interpessoal? - Os motivos são muitos, mas, se a gente espremer bem, acaba ficando com um: a quantidade de funcionários preocupados consigo mesmos e sem nenhuma consideração para com os colegas. Quanto mais gente assim uma empresa tiver, pior será o clima interno. Mas, alguém perguntaria, se essas pessoas são tão chatas e ficam envenenando o ambiente, por que a direção da empresa não as demite? Porque eles interessam à direção da empresa. São pessoas que, pensando na própria carreira, não medem esforços para conseguir resultados. E elas foram recrutadas exatamente por serem o que são, totalmente focadas na realidade prática e insensíveis aos sentimentos alheios. É bom para  a empresa, é bom para elas e é péssimo para quem quer fazer da empresa um lugar de convivência agradável". 

Hoje, as organizações estão de olho se o candidato a uma vaga de emprego, possui como qualidade, um diferencial de extraordinário, além do preparo intelectual. Saber trabalhar em equipe, por exemplo, é o mínimo exigido. Maturidade e inteligência emocional, para administrar e superar conflitos pessoais, antes que estes virem um impasse no relacionamento interpessoal, torna-se obrigatório. Determinante para definir se o futuro colaborador terá sucesso quando assumir um cargo superior dentro da hierarquia da organização. 



Crédito da imagem: attentus.   
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