terça-feira, 13 de outubro de 2009

Quem deve saber sobre o que?

Neste fim de semana prolongado pelo feridão nacional da segunda-feira, dia da criança, o "seuguara" visitou e recebeu visitas do "chegados" (parentes e sobrinhos) e pode assim trocar novas e antigas idéias. E até comemorar um aniversário de importante membro da família Primo, de onde surgiram alguns papos interessantes que vou mencionar adiante. Antes porém, quero me referir à uma matéria que li no Blog do Maragão onde comenta uma reportagem da revista "Veja" de 17 anos atrás, sobre o comportamento sexual dos jovens. O texto destaca uma entrevista feita com jovens daquela época (decada de 90), e desperta a curiosidade do blogueiro com relação a uma pergunta específica sobre atividades lúdicas. Dá pra perceber a evolução da juventude tal como a vemos hoje. Mas o que mais me chamou atenção foi a capa da revista.


É estranho que desde muito tempo mandatários do primeiro escalão do governo, que deveriam estar sempre bem informados à respeito de seus comandados, preferem a omissão que assumir publicamente as consequências de suas ações ou atividades.

Se estes estão agindo de forma imprópria, por que da omissão em punir ou exonerar do cargo alguém que não está cumprindo seu dever? Na minha humilde opinião quem age visando interesses escusos ou particulares está cometendo um ato ilícito, no mínimo de insubordinação. Se dentro de uma equipe alguém procede de forma inequívoca está ignorando o correto cumprimento de seu dever. Ou estaria agindo com a conivência de seus líderes? E esses ao determinar a execução de uma tarefa não teriam que cobrar o resultado conforme o procedimento ético previsto na administração pública? Tenho a impressão que essa postura do "eu não sabia" seria uma forma de não se comprometer com as falcatruas de um grupo mal intencionado. É inconsebível a idéia de que não se possa tomar conhecimento do que está ocorrendo com pessoas que estão diretamente ligadas a você. No mínimo seria um ato de omissão, uma vez que quando se designa alguém para uma missão é de se esperar o devido retorno. Ou seja, os resultados tem que ser de conhecimento de quem administra as ações dentro do grupo. Ou será que cada um procede da forma que bem entende? Ou seria prática corriqueira no meio político quando a traição vem à tona simplesmente declarar "eu não sabia"? Será que o comprometimento com a verdade dos homens públicos, está há muito relegada ao desprezo? Será que não devem satisfação a ninguém e simplesmente se escondem debaixo do pano da imunidade, julgando-se acima do bem e do mal?
Ao tomar conhecimento da matéria na edição do dia 24 de junho de 1992 da revista mencionada, verifiquei que dois dos personagens  da matéria atuam até hoje na política brasileira. Aliás, são líderes no Congresso Nacional! fiquei com a impressão que desde muito tempo ninguém sabe ou finge não saber de nada do que ocorre nos bastidores dos ministérios. Muito menos o que estão fazendo àqueles que deveriam prestar contas aos primeiros gestores da coisa pública, ou até para a própria sociedade brasileira!  Será que nada pode mudar mesmo? Que o candidato político para 2010, fique de olho no Brasil. Os cidadãos estão sendo melhor informados.

Tenho dito que a revolução que hoje está em curso, é a revolução da informação. Porém, devemos levar em conta que um bom papo e a troca de idéias entre pessoas de diversas correntes de pensamento e nível cultural diferente é deveras edificante. Permite conhecer fatos  até então desconhecidos. Pontos de vista com informação relevante e outros sem procedência nenhuma.
Nesta segunda, pra fechar o feriado estive reunido com alguns amigos. E aí só não se conversou sobre o sexo dos anjos, no mais surgiu conversa até sobre o "plano real." Sim isso mesmo. Quem seria o pai do Plano que tirou a país da maior inflação de todos os tempos? Na opinião de alguns fora mesmo o FHC. Na de outros Itamar Franco. Entre o que dissera a mídia na ocasião e o que foi divulgado pelo governo, me lembrei do então ministro Rubens Recupero e do escandalo da Parabólica, logo no início do lançamento do plano. Enfim permeou uma nuvem de dúvidas. À noite fui dar uma pesquisada para clarear as idéias.  Na verdade o plano fora trabalhado por uma equipe de economistas, alunos e professores da PUC. Dentre eles: Pérsio Arida, André Lara Resende, Gustavo Franco, Pedro Malan, Edmar Bacha, e mais alguns. Pejorativamente chamados pela oposição de "Filhos da PUC". Consta que a princípio o Plano se chamaria "Plano Bacha". Isto se deu durante o governo de Itamar Franco, que substituiu Collor de Melo. Depois do escandalo que envolveu Recupero, este foi demitido por Itamar que nomeou  Ciro Gomes para ministro da Fazenda. FHC ministro licenciado já estava em campanha para presidente, sendo o maior beneficiado político do lançamento do Plano. No entanto, Itamar Franco toma pra si  a responsabilidade da implantação do Plano Real, juntamente com seus ministros e economistas da época. "Itamar afirmou que combaterá o PSDB se o partido defender a paternidade do Plano Real durante as eleições 2010." Independentemente da sigla partidária, quem deve saber disso é o eleitor.
Veja o vídeo.

         
RSS/Feed: Receba automaticamente todas os artigos deste blog.
Clique aqui para assinar nosso feed. O serviço é totalmente gratuito.

0 comments:

Postar um comentário

Seu comentário é muito importante para agregar valor à matéria. Obrigado.

Arquivos

Site Meter

  ©Blog do Guara | Licença Creative Commons 3.0 | Template exclusivo Dicas Blogger