quarta-feira, 9 de março de 2011

Dia internacional da mulher: 130 iniciaram a saga de libertação.

Antes chegar atrasado do que não chegar. Afinal, foi ontem, 08/03/2011, o dia exclusivo de reconhecimento da importância das mulheres na sociedade. Para não dizer na vida do próprio homem, cuja existência seria desprovida de prazer e um poço de monotonia não fosse a presença da mulher. Acho até que muitas irão receber suas homenagens só depois do Carnaval, pois estarão brilhando nas avenidas do país afora. Desta vez, resolvi não vincular homenagem em som e imagem, tão comuns quanto necessárias nesta ocasião. Mas reportar-se a alguns fatos históricos importantes na luta da mulheres pelos direitos de igualdade e liberdade. E lembrar sua trajetória pelo poder, que até então julga-se ser exclusividade masculina.

A história comprova que no decorrer dos tempos, a mulher foi tratada como um ser subalterno, inferior. Até que um acontecimento violento deu início ao caminho de libertação há muito almejado. Tudo começou quando em 08 de Março de 1857, empregadas de uma grande fábrica iniciaram uma greve para reivindicar equiparação salarial e igualdade da carga horária de trabalho. A reação dos empregadores gananciosos fora imediata. Ajudados por policiais corruptos, prenderam um grupo de 130 tecelãs num galpão da indústria. Em seguida, atearam fogo no local, usando de muita violência. Indefesas, nenhuma delas sobreviveu.

O episódio inspirou, em 1910, a criação do Dia Internacional da Mulher em homenagem àquelas operárias que morreram carbonizadas ou asfixiadas, cuja aspiração era tão somente um pouco de dignidade. Muito tempo depois, em 1975, esta homenagem foi oficialmente reconhecida.

Daí pra frente a luta continuou. Por pressão de um abaixo assinado de iniciativa das mulheres, com 400 assinaturas, os Estados Unidos aprovam no congresso a Emenda 13, dando fim a escravidão. Décadas antes, a Princesa Isabel já havia decretado o mesmo aqui no Brasil.

Há um século e 18 anos, do outro lado do mundo, em 1886, na Nova Zelândia, as mulheres conquistam o seu primeiro direito ao voto, em eleições municipais. Em 1902, ocorreria o mesmo na Austrália. Por aqui, uma desconhecida professora chamada, Deolinda de Figueiredo Daltro, foi a primeira mulher a concorrer a um cargo na Constituinte, em 1933. E lá pras Bandas do nordeste, o Estado do Rio Grande do Norte foi o primeiro a aceitar o voto das mulheres. A primeira prefeita eleita, chamava-se Alzira Soriano, do município potiguar de Lajes. Curiosamente, o Equador foi o primeiro país da América do Sul a conceder o direito do voto feminino, em 1929. 

Um Estudo divulgado pela Organização da Nações Unidas (ONU), em Outubro de 2010, apontava 14 mulheres que ocuparam cargo de Chefe de Estado. No mesmo mês, o Brasil elegia a sua primeira presidenta, Dilma Rouseff. Antes, a Argentina elegeu duas mulheres como presidente: Isabelita Perón, e Cristina Kirchner, atualmente no cargo e pensando em reeleger-se. Cristina foi alçada ao poder por seu marido, Nestor Kirchner. Enquanto Dilma foi indicada pelo ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, o mais popular presidente do Brasil, eleito para dois mandatos.

Foram 8 os países latinoamericanos com uma mulher ocupando o poder: Bolívia, Chile, Costa Rica, Equador, Guiana, Haiti, Nicarágua e Panamá. Em países pelo mundo, vários importantes exemplos da mulher como a principal gestora pública. Na Libéria, cujo nome deriva de "Liberdade", uma ex-estudante de Harvard, Ellen Johnson Sirleaf, foi eleita com a maioria votos. Angela Merkel comanda a Alemanha, e Mary McAleese, a Irlanda. Na Finlândia, Tarja Halonen, está no poder desde 2.000, figurando entre os 4 de 11 presidentes que se reelegeram. Três mulheres poderosas sobrevivem na monarquia: Margarida na Dinamarca, Beatriz na Holanda, e Elisabeth, no Reino Unido.

No mundo executivo, cuja presença masculina é mais expressiva,  o destaque vai para a Chief Executive Officer (CEO) mundial, Indra Krishnamurthir Nooyi, da Pepsico. Uma simpática senhora de 55 anos, que exerce influência inclusive no Fôrum Econômico Mundial.

Mulheres seguem firme, a passos largos, nas conquistas de seus espaços. O desprezo por sua competência,  a capacidade de pensar, e de exercer seus seus plenos direitos fica cada vez mais longe, nas brumas do passado. Lá onde uma vez, eram queimadas em fogueiras por ousar pensar diferente.

Muito se discute atualmente, se seriam as mulheres capazes de exercer o papel de Liderança em pé de igualdade com os homens. Posso afirmar com tranquilidade que sim. Em certos casos com mais brilhantismo e assertividade. O que se verifica na realidade contemporânea é que as mulheres estão presentes em quase todos os setores. Vitoriosas em qualquer ramo profissional, e nos diversos aspectos da atividade humana, independente das diferenças biológicas. Inclusive no mundo da Blogosfera.

Mais uma vez, deixo aqui um afetuoso abraço a todas as mulheres do mundo.

Fonte das informações: OpiniãoEnotícias.        
Imagem: TiaLenise.           
 
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