domingo, 12 de agosto de 2012

Futebol - Brasil deixa escapar a chance de conquistar o ouro olímpico

Não foi desta vez. Há um passo de conquistar o único título que o futebol brasileiro ainda não tem, a seleção olímpica mais uma vez adia o sonho do ouro olímpico. Realizou uma boa campanha sem perder uma partida nas olimpíadas de Londres até chegar a final,  e sofrer a derrota para a seleção do México. O golpe fatal veio logo aos 29 segundos da partida. Convenhamos, tomar um gol tão rápido abala a melhor equipe.
Um erro de fundamento básico da defesa originou o primeiro gol mexicano que desmontou o time mal escalado por Mano Menezes. O golpe demorou a ser assimilado. Até que vieram as mudanças no esquema tático. Mas não deu certo. Tomamos o segundo gol. A virada ficou quase impossível. A mudança teria que vir mais cedo. Afinal, a medalha de prata não nos interessava.

No futebol isso sempre acontece. Quando as vitórias vão acontecendo há um otimismo exagerado, e a humildade é esquecida. Exaltamos o talento individual dos jogadores como se fossem fenomenais e relegamos o espírito de equipe a um segundo plano. Foi isso que faltou à seleção olímpica. Não que fossem para a decisão como monges budistas, mas com a convicção que ainda nada fora conquistado. Só a medalha de ouro interessava, já que a de prata já estava na mão. A impressão era de que a seleção olímpica já entrou em campo como se fosse campeã.



Como é inevitável a crítica depois da derrota, não se deve esquecer as lições que podemos tirar dela. Analisar os erros cometidos para não tornar a repetí-los. A verdade é que o primeiro erro foi cometido já na escalação da equipe para a disputa final. Ressalvados os critérios pessoais, a melhor opção seria uma postura de ataque, antes que defensiva. Por que não três atacantes? Neste caso a derrota seria uma fatalidade, com realmente foi. Porém, a vitória teria que ser conquistada a todo o custo. Por que não Hulk e Lucas desde o começo?    

Analisando sem paixões, um erro de fundamento originou o gol inesperado, que acabou com a tranquilidade da equipe. Não se dá um passe na "fogueira". Isso, até os peladeiros de fim de semana sabem. Atenção na bolas cruzadas na área é fundamental. No segundo gol sofrido pela seleção brasileira, o atacante cabeceou à vontade. Quando os sagueiros se deram conta, a bola já estava no fundo da rede. 

Sem tirar o mérito dos mexicanos, que foram mais aplicados que os brasileiros, a seleção olímpica perdeu a medalha de ouro porque errou mais que o adversário. E achou, como todo o torcedor brasileiro, que a medalha de ouro já estava no "papo". A conquista do sonho olímpico fica para 2016.

Imagens: reprodução/soccerBrasil10/foto: AFP

                    
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