A Copa das Copas: Os dez 'capítulos' mais marcantes do Mundial no Brasil
Rio – A Copa do Mundo chegou ao fim, mas está eternizada no país do futebol. Foram 32 dias de alegrias, emoção e futebol…muito futebol. O Brasil não conseguiu alcançar o desejado sonho do hexa, mas viu o povo festejar o troneio de uma forma muito além das quatro linhas. A festa foi completa e contou com uma grande coleção de pontos altos.
A taça foi para a Alemanha, mas os momentos ficam registrados em verde e amarelo. Se o vexame da seleção brasileira fica como ponto negativo, as zebras, heróis, craques, surpresas e todos as cenas que figuraram os dias de competição fazem do Mundial deste ano a Copa das Copas. Gigantes em queda
Atual campeã do mundo, a Espanha não mostrou o futebol encantador do Mundial na África do Sul. A equipe foi goleada por 5 a 1 para a Holanda na estreia e, na segunda rodada, foi derrotada por 2 a 0 para o Chile, no Maracanã. Já sem chances de se classificar, a despedida foi com vitória de 3 a 0. A equipe deve sofrer renovações no elenco para o Mundial de 2018, na Rússia. Itália e Inglaterra estavam na chave D, considerada o "Grupo da Morte", ao lado de Uruguai e Costa Rica, que avançaram. A Azzurra perdeu para o Uruguai, para a Costa Rica e venceu a Inglaterra. O English Team ficou na última colocação do grupo, com apenas um ponto conquistado, no empate com os costarriquenhos.
Eleito o melhor jogador do mundo em 2013, Cristiano Ronaldo não teve um bom desempenho no Mundial. Apesar da grande temporada pelo Real Madrid, tendo conquistado, inclusive, a Liga dos Campeões, o craque marcou apenas um gol, na vitória sobre Gana, a única de Portugal no torneio. O camisa 7 foi mais um a sofrer a "maldição" da eleição da Fifa de melhor jogador. Nunca o atleta que recebeu o troféu um ano antes da Copa foi campeão. Portugal caiu ainda na fase de grupos, na chave G.
Grata Revelação
James Rodríguez foi a maior revelação da Copa do Mundo. Aos 22 anos, o jogador atuou como um autêntico camisa 10, guiando a seleção da Colômbia pelos gramados dos estádios brasileiros. Ele anotou gols em todos os jogos da sua equipe, balançando as redes da Grécia, Costa do Marfim, Japão, Uruguai e Brasil. Os gols marcados nos japoneses e nos uruguaios foram duas verdadeiras pinturas. James Rodríguez caiu com a sua seleção nas quartas de final, na derrota para a Seleção por 2 a 1. Ainda assim, o craque foi o artilheiro do Mundial com seis gols.
A Zebra
A surpresa da Copa. No Grupo D, a Costa Rica era considerada a mais fraca. Enfrentar os já campeões Uruguai, Itália e Inglaterra era praticamente assinar o termo de suicídio na Copa do Mundo.
O que ninguém esperava era uma surpreendente e destemida equipe costarriquenha. Vitória sobre uruguaios e italianos e um empate com os ingleses. A liderança do grupo levou a Costa Rica para as oitavas de final e, lá, foi nos pênaltis, contra a Grécia, que mais um passo foi garantido. A zebra estava presente e iria enfrentar a Holanda nas quartas de final. O duelo, que ocorreu na Fonte Nova, no entanto, foi mais duro. Uma partida de 120 minutos e uma decisão por pênaltis novamente. O que ninguém esperava era a brilhante exibição de Krul, goleiro reserva da Laranja. Costa Rica eliminada, mas com orgulho e gosto de título.
A Holanda enfrentou a Costa Rica com a missão de garantir um lugar entre os quatro melhores times da Copa. O duelo das quartas de final marcou uma verdadeira batalha na Fonte Nova. O jogo de 120 minutos não saiu do 0 a 0 graças à boa atuação defensiva da Costa Rica e à segurança da equipe holandesa. A surpresa maior aconteceu antes do apito final do árbitro. O goleiro Tim Krul foi a opção do técnico Van Gaal para queimar a última substituição da Laranja. O titular Cillessen não acreditou no que via, deixou o campo revoltado, mas não escondeu a alegria após o término do duelo. O camisa 23 entrou no último segundo, defendeu duas cobranças e garantiu a classificação para a semifinal. O mais surpreendente herói do Mundial.
O Brasil ainda não havia mostrado o melhor futebol na Copa do Mundo e ainda tinha perdido Neymar para os dois últimos jogos do Mundial. Nada, no entanto, tirou a confiança de Felipão e da torcida para o jogo das semifinais contra a Alemanha. A opção do treinador foi a entrada de Bernard e a manutenção da tática. O início da partida foi bom, o Brasil tentava impor o estilo de jogo, mas um vacilo da zaga fez Müller abrir o placar aos 12 minutos. Um susto, mas nada que colocasse as esperanças no lixo.
A Seleção continuou buscando o ataque, mas Miroslav Klose aproveitou boa jogada alemã e ampliou a vantagem no placar. O gol que fez o alemão quebrar o recorde de Ronaldo na história das Copas atingiu a equipe brasileira de maneira inacreditável: um apagão geral. A Alemanha aproveitou o embalo e fez mais três gols nos seis minutos seguintes.
Surpreendente! O primeiro tempo acabou com o placar de 5 a 0 para os europeus e, na segunda etapa, não havia mais o que fazer. Schürrle ainda entrou durante a segunda etapa e fez dois gols. Um vexame da seleção brasileira, que só diminui a dor com um gol de Oscar aos 45 minutos. O sonho do hexa foi adiado novamente e a equipe canarinho anotou a maior vergonha na sua história. A despedida da Copa foi com mais uma derrota: 3 a 0 para a Holanda. O Brasil terminou a Copa das Copas em quarto lugar e desperdiçou a segunda chance de ser campeão em casa.
Festa da Nação
Os 200 milhões de brasileiros não tiveram o resultado esperado da Seleção, mas não perderam a cahnce de transformar a Copa do Mundo numa grande festa. Os 32 dias que marcaram o Mundial foram um misto de alegria, adrenalina e muita emoção. Os torcedores coloriram o país dentro e fora dos estádios e deram um show de receptividade no retorno da competição para o país após 64 anos. A badalada Fifa Fan Fest foi uma prova disso: as culturas se misturavam com o intuito de comemorar o maior evento do futebol mundial. A Copa das Copas aconteceu no lugar mais indicado: o país do futebol.
Luva de ouro
A Copa do Mundo apresentou ao mundo uma safra de ótimos goleiros. Alguns já internacionalmente reconhecidos, como titular da Alemanha, Manuel Neuer, verdadeiro paredão germânico e dono da Luva de Ouro, prêmio ao melhor goleiro. O arqueiro do Bayern de Munique mostrava segurança sob o gol. Dona da campanha mais surpreendente do Mundial (chegando até as quartas de final), a Costa Rica contou com Navas.
O goleiro mostrou elasticidade e defendeu pênalti grego nas oitavas de final. Bravo, do Chile, foi um dos responsáveis pela bela campanha chilena. Sua eficiência foi tanta que chamou a atenção do Barcelona, que contratou o camisa 1 chileno. Outro pegador de penalidade máxima, Romero colocou a Argentina na decisão após 24 anos, ao defender duas cobranças da Holanda. Ochoa é outro goleiro que pode estar de mudança para uma grande potência do futebol europeu. O mexicano fez ótimas defesas pela seleção. Ele operou um milagre ao defender, em cima da linha, cabeçada de Neymar, no jogo válido pela segunda rodada do Grupo A.
O Mundial do Brasil está sendo considerado a Copa das Copas. Um dos fatores para receber esta alcunha é o número elevado de gols nas partidas. Muitas goleadas, algumas surpreendentes, como a da Holanda sobre a Espanha (5 a 1) e a da Alemanha sobre o Brasil (7 a 1), colocam o torneio como uma das edições com o maior índice de bola na rede. Foram 171 gols, recorde ao lado da Copa da França.
Alemanha levanta a taça
A Copa do Mundo teve um grande capítulo para encerrar mais uma edição. A Alemanha venceu a Argentina na prorrogação e garantiu o tetracampeonato mundial. O gol foi do reserva Mario Götze e a festa de uma das seleções mais adaptadas ao país do futebol. Os alemães viveram o Mundial como uma verdadeira festa. O dia a dia junto aos torcedores e o carisma com o povo brasileiro marcaram os 32 dias de Mundial dos tetracampeões. Podolski foi um dos destaques, mesmo que fora de campo.
O camisa 10 não teve muitas oportunidades no torneio, mas foi o jogador mais querido pelos brasileiros, principalmente pela boa comunicação nas redes sociais. O craque chegou a declarar que estava tão feliz que tinha um "coração verde e amarelo". A festa foi completa. Cinco dias depois de adiar o sonho do hexa brasileiro com uma goleada por 7 a 1 sobre os anfitriões, a Alemanha levanta a taça após derrotar os arquirrivais dos donos da casa. Um verdadeiro sonho dourado.
Imagens: reprodução/O DIA
Imagem inicial: reprodução/google

Clique aqui para assinar nosso feed. O serviço é totalmente gratuito.
0 comments:
Postar um comentário
Seu comentário é muito importante para agregar valor à matéria. Obrigado.