Soneto de Natal para os tempos de cólera
Por Viriato Gaspar
(em memória de Dona Sibá, minha mãe)
O Rei que nasce agora é o dos sem rumos,
dos perdidos, dos vãos, dos Zé Ninguém.
Dos famintos, sem nome, desse húmus
que aduba o mais e mais de quem já tem.
Dos que passam suando solidão,
dos que perderam o trem para o mais fundo.
Dos que nem sabem mais para onde vão,
por já não ter lugar nenhum no mundo.
O Rei que nasce agora é o dos sem nada,
dos que só têm de seu as mãos rachadas,
o cansaço sem fim ao fim do dia.
Coubesse em nós a Flor desse Menino.
Antes que templos, seitas, ódios, hinos,
crucifiquem o amor que Ele trazia.
Vi no blog do Zé Beto

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