segunda-feira, 25 de dezembro de 2023

Soneto de Natal para os tempos de cólera


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Por Viriato Gaspar

(em memória de Dona Sibá, minha mãe)


O Rei que nasce agora é o dos sem rumos,

dos perdidos, dos vãos, dos Zé Ninguém.

Dos famintos, sem nome, desse húmus

que aduba o mais e mais de quem já tem.


Dos que passam suando solidão,

dos que perderam o trem para o mais fundo.

Dos que nem sabem mais para onde vão,

por já não ter lugar nenhum no mundo.


O Rei que nasce agora é o dos sem nada,

dos que só têm de seu as mãos rachadas,

o cansaço sem fim ao fim do dia.


Coubesse em nós a Flor desse Menino.

Antes que templos, seitas, ódios, hinos,

crucifiquem o amor que Ele trazia.


Vi no blog do Zé Beto


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