quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Velhos, jovens e crianças.

Uma coisa lamentável que verificamos em nossos dias é a dificuldade de relacionamento entre as pessoas jovens, as que tem mais tempo de vida, e as crianças.

O correto na minha opinião, para se viver harmonicamente com o elemento tempo nas relações humanas seria não atribuirmos o conceito de velho, novo, e o que estar por vir quando nos referimos às pessoas. Antes que você queira me detonar ou me condenar pelo "chiste" filosófico vou tentando me explicar. Existem por aí muitos jovens velhos, velhos jovens, e crianças que nos confundem se são realmente crianças ou se já nasceram adultas. Lugar comum é rotular as pessoas quanto à sua idade cronológica. Ao se referir ao que tem mais idade como ultrapassado, ao jovem como um aprendiz, ou a criança como "ela é apenas uma criança", estamos criando uma barreira ou um preconceito levando em conta apenas e tão somente ao tempo de existência de cada ser humano.
Ainda está parecendo um pensamento meio estranho? Vamos racionar juntos. Quem é que não tem em seu subconsciente alguma coisa que ouviu de alguém mais velho e que jamais esqueceu como um grande ensinamento? Quem, em conversa com pessoas mais jovens não escutou palavras de uma ideia nova jamais pensada? E por fim, quem já não ouviu as crianças falando uma coisa surpreendente?
Então voltamos aos velhos conceitos de que ninguém sabe tanto que não possa aprender. De que sabe tão pouco que não possa ensinar. E que criança diz cada uma! pois evidentemente, ainda não sabe mentir.
Então você há de convir comigo que o progresso tecnológico esta nos tirando algo precioso. A capacidade de aprendermos uns com os outros levando em conta a experiência de vida de cada um, através do diálogo frente a frente.
Não seria salutar para o desenvolvimento do ser humano a presença real da pessoa querida, seja ela um velho, um jovem ou uma criança?
Penso que às vezes dá uma vontade de ouvir as histórias da avó. Ou daquele amigo ou irmão mais velho que conta com orgulho uma passagem que lhe trouxe muito ensinamento e que talvez possa te trazer uma reflexão importante para esclarecer alguma dúvida que te parece insolúvel. Ou de ouvir uma criança falando, tentando se comunicar através das palavras mal pronunciadas de uma forma tão surpreendentemente verdadeira.

Talvez você conheça alguns velhos queridos e adoráveis crianças que desconhecem ainda o fabuloso mundo a comunicação virtual. Sem desmerecer todo o processo evolutivo da comunicação entre as pessoas, através do MSN, orkut, twitter, celulares, mensagens instantâneas. De repente possa existir o desejo da presença. Do ouvir a voz, de olhar nos olhos, do abraço fraterno. Coisas dos seres humanos que dentre todas suas necessidades não poderão viver plenamente felizes sem convívio do velho, do jovem e da criança.
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1 Comentário:

Priscila disse...

Gostei muito desse post! As relações sociais não devem ser rotuladas nem fragmentadas de forma nenhuma... seja por idade, religião ou classe social....todos os seres humanos devem ser respeitados igualmente....sempre temos algo a repassar e a aprender...

beijos pai!

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