terça-feira, 2 de agosto de 2011

Hackers lançam rede social própria

No último sábado, o grupo Anonymous criou a rede social denominada Anon+ (Anon Plus.com). A decisão foi tomada pelo grupo depois que o Google excluiu os perfis dos integrantes, sob a alegação de que vinham compartilhando conteúdo que infringiam as regras pré-estabelecidas pelo serviço. O anuncio da criação da rede foi feito através do twitter. Na página de apresentação do site, aparecem os motivos e objetivos para a criação da rede, e algumas de suas ideias. "É essencialmente o painel dos ativistas": é uma das frases utilizadas na descrição.
"Permitirá o intercâmbio através de moeda alternativa, sem alimentar aquelas empresas que desejam estrangular o salário do cidadão comum, sem uma consciência" - diz o Anonymous. Esta moeda seria a BitCoin: unidade monetária exclusivamente da internet sem mediação do Banco Central ou outra autoridade monetária qualquer.

Promete um ambiente livre de custos e censura. "Formatado para a ciberanarquia, onde as pessoas manterão a paz por meio do entendimento, e não pela força ou ameaça"- afirma o grupo. A rede social Anon+, cujo portal ainda está em formação, terá fórum de discussão, plataforma para chats, mecanismo para compartilhamento de documentos e veiculação de informações e notícias sobre hackers.

O grupo Anonymous ficou conhecido logo após a prisão de Julian Assange, fundador do Wikileaks. Site que vazou documentos secretos sobre a guerra do Iraque e do Afeganistão, e continua a publicar documentos sigilosos, que envolvem a diplomacia norte americana. Após este fato, os hackers desencadearam a "Operação Vingar Assange". Uma das ações foi o ataque ao site PayPal, em represália a suspensão das contas que faziam contribuições àquela organização. Notícias recentes dão conta que o FBI acaba de prender 14 membros do Anonymous, suspeitos de participar deste ataque.

O grupo promete ainda, orientar e atualizar as pessoas sobre tecnologia. "Nós não estamos tentando voltar atrás com qualquer coisa, mas criar nosso pedacinho da internet", concluem na apresentação. 

Ao que parece, a Anon+ será a precursora de outras redes sociais que virão confrontar governos e grandes corporações, em relação aos abusos praticados contra a sociedade. O fenômeno hacker se transformará em algo mais do que a anarquia das invasões .coms e .govs e da busca por fama e dinheiro, constituindo-se em força de enfrentamento coerente aos poderosos do mundo?  Nada pode se afirmar categoricamente. Mas como demonstram os fatos, enquanto não existirem Leis específicas, tipificando claramente crimes e transgressões virtuais, jovens hackers, como o Anonymous, continuarão a nadar de braçada na grande rede. Há uma guerra que está apenas começando. Cujo campo de batalha será, ou já é, o incomensurável mundo da Web.   




Fonte: Terra/tecnologia. 
Imagem: opiniãoenotícia.   
                            
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