Salário dos políticos: 1º passo para o fim de mordomias

A opinião pública em geral condena as regalias usufruidas pelo político brasileiro, que não condizem com a realidade do país. Enquanto de um lado há a penúria do trabalhador de salário mínimo e dos aposentados, condenados a viverem seus últimos dias com muito sacrifício, de outro temos a disparidade dos exorbitantes salários e benefícios pagos aos deputados e senadores. Felizmente, notícias oriundas do congresso nos dão conta de que foi dado o 1º passo no sentido de acabar com o 14º e o 15º salários dos parlamentares.

O projeto de decreto legislativo (PDS 71/11) que pretende por um fim à essa mordomia, é de autoria da então senadora e atual ministra-chefe da Casa Civil da Presidência da República, Gleisi Hoffmann. Chegou à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) ontem (27) pela manhã, e obteve aprovação com unanimidade para o fim da chamada ajuda de custo aos parlamentares. 

Todos os 27 integrantes da Comissão foram favoráveis ao projeto, com o argumento de isonomia, e exclusivamente da economia gerada como o corte desses salários. Uma benesse injusta que vem desde a Constituição de 1946, sem que pudesse ser mexida. O texto aprovado prevê que o auxílio financeiro seja pago somente no início e no fim do mandato parlamentar.

Com a mudança serão economizados R$ 30,3 milhões que seriam pagos ao senadores depois de 8 anos de mandato, e R$ 82,2 milhões, ao deputados, depois de quatro anos de mandato na Câmara. O Congresso nacional deixa de pagar R$ 374 mil para cada senador, e R$ 160 mil a cada deputado no final do mandato. Durante a discussão do projeto, o relator da proposta, senador Lindbergh Farias (PT-RJ), disse que a adequação tem que ser feita, "Atualmente, não dá para explicar à sociedade brasileira essa ajuda de custo que é confundida com 14º e 15º salários".

O projeto passa pela Comissão da Mesa Diretora, e segue para a apreciação dos 81 senadores da República, que deverão concluir a sua análise dentro de 15 dias. Depois disso segue para a Câmara dos Deputados.
 
Será que fica nisso ou vão tentar mexer adiante para recuperar as perdas?    

Reprodução/DiárioDosCampos

Informações: CongressoEmFoco.

Imagens: DiárioDoCongresso.