Bancários rejeitam proposta e greve continua
Paralisação atinge 1.174 agências bancárias em todo o Estado do Paraná. Na capital e região são 353 agências paradas. Em assembléia realizada ontem à tarde, o sindicato dos bancários de Curitiba e região rejeitaram a contraproposta da Federação Nacional dos Bancários (Fenaban) e decidiram pela continuação da greve, que já dura 20 dias.
Veja matéria completa sobre a greve dos bancários.
Veja matéria completa sobre a greve dos bancários.
Bancários de todo o país rejeitam contraproposta patronal e mantém greve
Stênio Ribeiro*
Repórter da Agência Brasil
"Brasília – Bancários de todo o país rejeitaram hoje (7) a contraproposta
apresentada sexta-feira (4) pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e
decidiram continuar em greve. A proposta da Fenaban, que elevou o reajuste de
6,1% para 7,1%, foi considerada “melhoria irrisória” pelo Comando Nacional dos
Bancários, que orientou as federações e sindicatos a rejeitar o ganho salarial
de 0,97% – parcela acima da inflação de 6,1% acumulada nos últimos 12 meses.
Os bancários pedem reajuste de 11,93% (aumento real de 5%) e valorização do piso
salarial e dos vales refeição e alimentação, entre outros benefícios.
No início da noite, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro
(Contraf) divulgou nota destacando a participação “massiva” de trabalhadores nas
assembleias de hoje, que rejeitaram a proposta da Fenaban. Segundo os bancários,
nesta segunda-feira 11.717 agências e centros administrativos de bancos públicos
e privados foram paralisados em todo o país. A greve completa 20 dias amanhã
(8).
Procurada pela Agência Brasil, a Fenaban não se manifestou sobre a rejeição da contraproposta, nem sobre a continuidade da mobilização dos bancários. O presidente da Contraf, Carlos Cordeiro, ressaltou, porém, que nas assembleias de hoje os bancários deixaram claro mais uma vez aos banqueiros que "não aceitam uma proposta rebaixada, absolutamente incompatível com a rentabilidade do sistema financeiro, com o aumento da produtividade dos trabalhadores do setor e com o lucro astronômico dos bancos”.
Os efeitos da greve já aparecem no mercado financeiro. O Indicador Serasa
Experian informou que o número de pessoas em busca de crédito diminuiu 9,8% em
setembro, em comparação com o total de agosto, em razão da greve iniciada dia 19
do mês passado. A Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas estima perdas
significativas nas vendas do comércio, em níveis até 30%, em regiões como o
Nordeste, onde o uso de dinheiro no varejo é mais intenso.
O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região informou que a
paralisação atinge 608 locais de trabalho da base da entidade e que cerca de 32
mil trabalhadores estão em greve."
Da Agência Brasil
*Colaborou Elaine Patricia Micossi
Edição: Nádia Franco
Imagem: reprodução/ricmais

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