sábado, 1 de maio de 2021

O dia do trabalho

www.seuguara.com.br/dia do trabalho/
Por Claudio Henrique de Castro - Os primeiros trabalhadores no Brasil forma os escravizados: indígenas e negros. A mãe África constrói o país há quinhentos anos. Nos últimos anos, a partir das contrarreformas do governo Temer e do atual presidente, os direitos dos trabalhadores têm sofridos duros golpes e retrocessos.
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A pandemia mostrou a indiferença e o ódio das elites do atraso contra os trabalhadores, os idosos, os professores e as periferias brasileiras.


Tudo somado ao negacionismo das medidas de prevenção à pandemia, a indiferença quanto a mais de quatrocentas mil mortes, o descaso com as riquezas nacionais, com a queima das florestas, o fim da biodiversidade, as vendas das jazidas, o desmonte de reservas indígenas e a venda a preços vis de empresas públicas centenárias. 


E os professores? Cargas horárias triplicadas, aulas remotas excessivas, tecnologias desconhecidas, redução salarial permitida por leis excepcionais, sobrecarga de tarefas e, por fim, o desprezo oficial do líder do governo chamando-os de vagabundos.


Aulas presenciais a caminho, sem vacina aos professores e aos funcionários, sob as desculpas de que álcool em gel e o falso distanciamento irão resolver isso.


O desprezo pela vida e pelo trabalho virou o grande mote desse governo bizarro e coalhado de denúncias de corrupção, das milícias e de tudo que o discurso moralista e as fake news que os elegeram combateram.


Ameaças às instituições a todo o momento, o "não estica a corda", palavrões e tantas expressões chulas próprias de quem nunca leu livros e despreza a ciência.


Ministros obscuros, pautas completamente fora da realidade e os privilégios oficiais à corporações estrangeiras, às mídias, grupos empresariais religiosos e aos bancos.


Quinze milhões de desempregados, cento e dez milhões de trabalhadores abaixo da linha da miséria. O que seria da economia sem os trabalhadores ou sem os professores?


As milícias avança, os setores religiosos obscurantistas e a agenda neoliberal de extrema direita tomaram o espaço da política, governos estaduais, assembleias legislativas, prefeituras e câmaras municipais.

O governo dos incultos é isso: privatizações, carestia, e indiferença pela vida e pelo trabalho, as promessas vazias e o besteirol em factoides midiáticos.


Esse quadro dantesco somente será revertido com a união.


Dos quinze mil sindicatos que o Brasil possuía, sete mil fecharam, o partidos, no geral, não têm nenhuma bandeira ideológica. E assim caminham os trabalhadores, sem feijão e arroz no prato, convivendo com o desemprego e a pandemia.


Enquanto isso o filho do presidente compra mansão de seis milhões de reais, o presidente e família gastam, nas férias oficiais, cerca de dois milhões e quatrocentos mil reais de dinheiro público. 


Não podemos cometer os mesmos erros do passado recente em eleger pessoas que apoiam e são aliadas das bandeiras da destruição dos direitos dos trabalhadores e da indiferença à população desfavorecida. 


Há muito que refletir e agir nesse primeiro de maio. 


Via: Zé Beto

Imagem: reprodução


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