quinta-feira, 15 de julho de 2021

Flávio não foi ao hospital para assistir Emanuela? Por Fernando Brito

www.seuguara.com.br/Simone Tebet/CPI da Covid/
Por Fernando Brito, no Tijolaço: Faz sucesso na internet o "fora" que a senadora Simone Tebet deu em Flávio Bolsonaro durante a sessão desta quarta-feira da CPI da Covid, onde era ouvida Emanuela Medrades, peça chave na história da compra da vacina indiana Covaxin.

www.seuguara.combr/Simone Tebet/CPI da Covid/

O vídeo está aqui


De fato, chamou a atenção, mas deveria chamar mais atenção o fato de Flávio ter comparecido - e permanecido por horas - à reunião de uma comissão da qual não é membro titular ou suplente e, portanto, não pode falar senão ao final da tarde, depois de todos os integrantes, no mesmo dia em que seu pai, Jair Bolsonaro, era internado às pressas, com uma obstrução intestinal inflamada e um litro de líquido no diafragma.


Desde a manhã, Flávio plantou-se no plenário, interferindo, provocando. Do pai, soube pelo médico que "passou o telefone para meu pai, ele ainda estava meio grogue, disse que ia ficar tudo bem".

O cuidado do pai - e a furiosa postagem de tweets - ficou por conta de Carlos Bolsonaro, justamente aquele que, em meio de semana, deveria estar no Rio de Janeiro, cumprindo seu mandato de vereador.


Seria falta de amor filial ou, ao contrário, uma demonstração de quanto a família cuida de si que  Flávio, indiferente ao perigo pelo qual passa Jair, permanecesse ali no plenário, bem visível a Emanuela que, da figura frágil e descontrolada de terça-feira, assumia a mais ousada e desafiadora personagem já ouvida na CPI? 


Na terça-feira, o governismo havia sumido da CPI e sequer um senador governista se manifestou. Ontem, todos eles estavam presentes, combativos, sem deixar passar uma e tumultuando quando se evidenciavam situações suspeitas.


Se estivesse escrevendo um romance policial - e alguém duvida que está se escrevendo um romance policial no drama da vacinação no Brasil? - diria que a presença de Flávio Bolsonaro seria a "assinatura" de um compromisso com a depoente, que já não se sentiria só e abandonada. 


Nas famílias mafiosas, o amor filial é a fidelidade nos negócios do clã. 


Imagem: reprodução/G1


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