terça-feira, 7 de abril de 2009

O alvo da Mídia.

Desde o século XIX opositores e críticos do regime governamental, já utilizavam uma forma inusitada e por vezes bem humorada de satirizar com ilustrações, um acontecimento politico-social envolvendo os protagonistas do cenário politico e personagens que se destacavam na sociedade de alguma forma.

Essas ilustrações, chamadas então de "charges" ou de cartoons, ganharam popularidade crescente, e chegaram até nossos dias com importante destaque no campo da comunicação. E com o progresso tecnológico amplia-se constantemente esse instrumental através da multi-mídia, já conhecida e utilizada pela maioria.
Acrescente-se aí, a criatividade inata do povo brasileiro, que tem como marca o espírito humorístico que lhe permite fazer graça até da descraça alheia, e a postura escandalosa e irresponsável de grande parte dos políticos, celebridades, e certos empresários igualmente corruptos e, teremos o quadro perfeito para apenas, rir.

Seria nossa opção mais lúcida àquela de simplesmente nos indiguinar diante de tanta nulidade, impostura, crimes, absurdos, impunidade, e maledicência.

Sortudos que somos, vivemos num país de plena liberdade de expressão, livres aparentemente de preconceitos. Curtimos nossa vocação carnavalesca, futebolística, e nossa tão diversificada tradição cultural. Podemos publicar tudo. Podemos nos manifestar conforme nosso pensamento, desde que nossa ação consciente não cause constrangimentos ou revolta à outra pessoa, à outro grupo, à outras convicções religiosas, ou a outras culturas, que não seja contra as Leis, nossas ou de outra nação.

Então, como no mundo das críticas às personalidades em destaque ou às idéias, sejam elas irrelevantes ou louváveis mesmo através de ilustrações, ninguém chuta um tigre morto. Isto é, se não mexem com a consciência humana, então esta crítica não provoca impacto algum, mas se ao contrário, pode provocar reações inesperadas.

Em 2005, foram publicadas pelo jornal dinamarques "Jyllands-Posten", caricaturas do profeta Maomé vestindo um turbante em forma de bomba com o pavio aceso.

Evidentemente, este ato provocou a revolta de países islâmicos, cujas crenças estão baseadas no fundamentalismo.

Imagine a imprensa, ou a Mídia desses países publicar alguma charge ou caricatura de Jesus Cristo, nos mesmos moldes. Qual seria a reação do mundo ocidental? Dos cristãos? Dos Evangélicos?
Talvez, nenhuma. No máximo uma enchurrada de charges, cartoons, artigos, mensagens em pps através do e-mail a entulhar nosso espaço cibernético.
Nem sequer uma exigência de retratação do chefe de governo daquele país muçulmano. Talvez um pedido de punição ao chargista oriental que teve a ousadia de criticar, exercendo o pleno direito da liberdade de expressão e, de ser... livre?

Livre como é o Charges.com .

Aliás, errei a fonte da última postagem, (ítens 5 e 6) quando disse de onde viria a primeira manifestação sobre o elogio de Obama ao Lula, naquela reunião do G-20.

Afinal, graças a Deus, estamos no Brasil!


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1 Comentário:

Adriano disse...

Mais ou menos como o Covil! A idéia de mostrar um desenho e fazer alguém refletir... De vez em quando de forma positiva, outras vezes negativa! Alguns utilizam charges, outros stencil, eu as camisetas... O negócio é gerar discussão!

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