quarta-feira, 11 de novembro de 2009

O vestido vermelho e o livre arbítrio.

Bons tempos àqueles em que os jovens viviam melhores os seus dias. Tinham a atenção focada em coisas mais importantes. Como a luta pela democracia e a cidadania. Não que hoje estejam alienados de tudo, mas distraem-se com acontecimentos isolados que nada tem a ver com o processo de preparação para o futuro quando o assunto é educação. Esta é a palavra que menos aparece nas notícias e opiniões sobre o caso do aluna da faculdade em São Bernardo do Campo-SP.[...]

Hipocrisia é a que mais aparece, seguida da palavra preconceito.

Nada se justifica o tumulto causado pelos alunos, quando a aluna apareceu trajando um vestido vermelho muito curto para assistir às aulas. Evidentemente que o modo de se vestir de uma pessoa não reflete aquilo que realmente ela é. Mas a atitude e o comportamento quando se encontra em um ambiente tende a ser condizente com o traje que ela usa. O modelito causador de toda a "muvuca" e polêmica, certamente não pegaria bem em um baile de Carnaval. Talvez faria muito sucesso na Balada. Mas causaria espanto na Igreja, por exemplo. Se é que esses jovens, de vez em quando possam frequentar.  Tudo depende muito do local, da hora e do motivo. Não entendo de moda, nem de moralismo mas em um  ambiente de uma universidade desde algum tempo o que me parece pegar bem, é um jins e uma camiseta. Apesar de que, a gente vê  muito o uso de shorts e sandália devido ao nosso clima tropical. Agora, em um país conhecido pela alegria e descontração, é um absurdo que um vestido justo, com perdão do trocadilho, tenha causado tanta "saia justa". O comportamento e a atitude, tanto dos alunos, como da aluna, e da universidade que expulsou a garota e depois anulou o ato, tem alguma coisa de "estranho."
Me parece existir um capítulo oculto em toda essa história. De repente àquela que possa envolver valores humanos e o livre arbítrio de cada pessoa. Antes que o episódio do vestido vermelho e curto vire um fantasma do Bullying, devemos considerar que o convívio dentro de uma sociedade harmônica obedece certas regras. Determinadas por ela mesmo, democraticamente. Ou  quando muito por usos e costumes que evoluem ao longo do tempo.
O que é mais estranho ainda, é o que as pessoas fazem com seu livre arbítrio. 


 Fonte: Ryot IRAS.     Via: Janela Lateral.
     
A primeira imagem vi no: Tosco.
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