quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Política - PPS usa música de Renato Russo para satirizar aliança entre "Eduardo e Marina"

O Partido Popular Socialista (PPS) que tem como presidente o deputado Robert Freire, inimigo ferrenho do atual governo de Dilma Rousseff, usou a música de Renato Russo "Eduardo e Mônica" para satirizar a mais nova aliança política entre a ex-senadora Marina Silva e o governador de Pernambuco e pré-candidato à presidência da República, Eduardo Campos.
Freire, já tinha oferecido o Partido para aliança com Marina, mesmo antes da recusa pelo TSE da criação de sua nova agremiação política, a Rede. Daí a iniciativa de Marina em buscar a aliança com outro Partido. Escolheu o Partido Socialista Brasileiro (PSB), de Campos, preterindo o PPS de Freire. Talvez esteja aí a razão da demonstração de rivalidade, ilustrada pela paródia de uma das mais famosas músicas da banda Legião Urbana, de Renato Russo.

A aliança "Campos-Marina",  os dois ex-ministros no governo Lula caiu como uma bomba no meio político brasileiro. Muda todo o cenário político para o ano de eleição, em 2014. Comenta-se que a união dos dois, que teria Marina Silva como candidata a vice-presidente e Campos como presidente nas próximas eleições, estaria fadada ao fracasso. Não agradou as bases. O PSB estaria na contramão da Cartilha de Marina Silva (ex-PT), que ganhou notoriedade mundial pela defesa do meio ambiente. 

A aliança torna possível outras parcerias políticas espúrias, como a da bancada dos ruralistas no Congresso liderada pelo deputado agropecuarista e latifundiário, Ronaldo Caiado que não tem nada em comum com os ideais de Marina Silva. Para os governistas, mais uma artimanha visando puramente o poder político para derrubar Dilma Rousseff no pleito do ano que vem. 

A referida paródia da música que foi sucesso nos anos 1980, na voz de Renato Russo, foi publicada no blog do PPS (Partido Popular Socialista) nesta segunda-feira (07). Na letra original o questionamento das "coisa feitas pelo coração" na sátira virou reflexão sobre as "coisas feitas pela oposição". Os personagens centrais Marina e Eduardo decidem se aliar mesmo sem afinidades políticas. 

Na brincadeira Marina é a moça que "falava coisas sobre sustentabilidade, também ecologia e metabolização"e Campos o cara que "ainda estava no esquema 'escola, hospital, porto, transposição". O autor da sátira ainda arrisca fazer uma previsão quanto ao futuro, lembrando que em "2014 a luta é dura, tem o Aécio e tem o Lula e a presidente Dilma tá bolada pensando só na reeleição". 

Confira a letra completa da paródia. 

Quem um dia irá dizer
Que existe razão
Nas coisas feitas pela oposição?
E quem irá dizer
Que não existe razão?

Eduardo abriu os olhos, mas não quis polemizar
Devolveu os cargos, bons cabritos não berram
Enquanto Marina tentava montar a sua Rede
Mas parou no TSE, como eles disseram

Eduardo e Marina um dia se encontraram sem querer
Nem conversaram muita coisa pra tentar se conhecer
Um carinha do partido do Eduardo que disse
"A Rede não tá legal, eles querem se unir"

Governo estranho, com base esquisita
"Eu vou pro outro lado, não agüento mais petista"
E a Marina riu, e quis saber um pouco mais
Sobre o governador que poderia apoiar
E o Eduardo, meio tonto, só pensava em ir pra casa
"Se eu não ligar pro Lula, eu vou me ferrar"

Eduardo e Marina trocaram telefone
Depois telefonaram e decidiram se aliar
O Eduardo sugeriu uma vice-presidência
Mas Marina queria mesmo era se candidatar

Eduardo e Marina eram nada parecidos
Ele estava na rabeira e ela tinha 26
Ela fazia discurso contra o velho esquemão
E o PSB no mundinho pequeno-burguês

Ela gostava do Sirkis e do Gabeira
Do Castells e de Sambô
E o Eduardo gostava era de frevo
E ocupava o cargo que era do seu avô

Ela falava coisas sobre sustentabilidade
Também ecologia e metabolização
E o Eduardo ainda estava no esquema
“Escola, hospital, porto, transposição”

E, mesmo com tudo diferente
Veio mesmo, de repente
Uma vontade de concorrer
E os dois se encontravam todo dia
E a campanha crescia
Como tinha de ser

Eduardo e Marina querem chegar em Brasília
Com o PPS e até o Kassab na coligação
Porque 2014 a luta é dura
Tem o Aécio e tem o Lula
E a presidente Dilma tá bolada
Pensando só na reeleição

E quem um dia irá dizer
Que existe razão
Nas coisas feitas pela oposição?
E quem irá dizer
Que não existe razão?

Fonte: Carolina Martins do R7
Imagem: reprodução/R7/crédito: José Cruz ABr

   
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