segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Impeachment de Dilma: A maior fraude de 2016

A votação do impeachment de Dilma Rousseff na Câmara dos deputados, processo que desde o início foi  comandado pelo ex-presidente da Casa, Eduardo Cunha, que logo depois foi cassado, preso e condenado a vários anos de prisão, constituiu-se em um verdadeiro circo. Uma vergonha para os cidadãos brasileiros, que se manifestaram com veemência através das redes sociais, demostrando sentimentos de indignação e perplexidade.
O comportamento circense dos parlamentares durante a votação, revelou coisas que não sabíamos sobre a Câmara dos deputados, além da repercussão negativa perante a imprensa internacional. Antes de mais nada, é a comprovação de que o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff foi uma grande fraude, tramada criminosamente nos bastidores da política brasileira.

De certo, não estaríamos agora vivendo dias de incertezas diante das ações do governo interino, que a toque de caixa vem tomando medidas que prejudicam a maioria dos brasileiros. O escuso pretexto de se acabar com a corrupção, também não prevaleu. Ao contrário, investigações em curso da Poder Judiciário revelaram que diversos integrantes do grupo que deu o golpe e assumiu o poder, estão envolvidos na prática de ilícitos.

Impeachment de Dilma: A maior fraude de 2016

Nossa Política, em 22.12.16

"O impeachment de Dilma Rousseff foi a maior fraude de 2016. A denúncia, peça jurídica assinada por Miguel Reale Jr, Hélio Bicudo e Janaína Paschoal, se baseou nos decretos de crédito suplementar, assinados por Dilma, segundo os acusadores, sem a anuência do Congresso Nacional.


Os deputados – e depois senadores – fizeram críticas ferrenhas a Dilma que, segundo eles, havia passado por cima da atribuição do Parlamento de referendar a assinatura dos decretos de crédito suplementar. 

A mídia cumpriu o seu papel de dar asas à imagem simbólica das ‘pedaladas fiscais’ para colocar sobre Dilma responsabilidade absoluta pelo que o TCU já antecipava como “maquiagem orçamentária”.

Nunca se viu tantas instituições a trabalharem juntas por um único resultado.

No final do processo, os senadores já não sabiam por que haviam votado pelo afastamento definitivo de Dilma: uns citavam as pedaladas, outros a crise, outros a inviabilidade política do governo. Mas nenhum conseguia imputar a Dilma um crime comprovado.

Dois dias depois de Michel Temer assumir definitivamente a presidência da República, a Câmara dos Deputados, sob a batuta de Rodrigo Maia, transformou as ‘pedaladas’ em lei. Ou seja, a assinatura de decretos de crédito suplementar, a partir de então, deixaria de ser crime.

O impeachment ampliou a fissura entre as instituições e fez prevalecer o desgaste entre as esferas de poder como nunca se viu nesta República. Em vez de acalmar os ânimos, o afastamento de Dilma deixou o país mais frágil do que antes.

O impeachment, chamado por nós de golpe, foi o primeiro passo para o desmonte de políticas públicas executadas pelos governos petistas. Os notáveis políticos que apoiaram o golpe só se notabilizaram mesmo por estarem, em sua maioria, na lista de propina da Odebrecht.

O pior de tudo, entretanto, foi a ascensão de Michel Temer ao poder, este presidente liliputiano que se esconde de vaias e não sabe fazer outra coisa senão destruir direitos adquiridos.

Os brasileiros ainda terão muito que aprender com a história fraudulenta."

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