quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Decreto do governo sobre posse de armas divide opiniões

O Decreto assinado por Bolsonaro na última terça-feira (15), que flexibiliza a posse de armas de fogo, divide opiniões do público em geral. Ativistas alertam para a tendência de aumento da violência. A aquisição, a posse e o porte de armas na forma prevista, é temida por boa parte da sociedade, mas encontra respaldo em expressiva parcela de pessoas favoráveis ao novo decreto. 
A ex-diretora do Instituto Sou da Paz, explica que o tema só pode ser decidido pelo Congresso. 

Confira o vídeo abaixo.



O mesmo DW/Brasil publicou matéria citando recente pesquisa do Datafolha, revelando que 61% do brasileiros querem que posse de armas seja proibida, pois "representa ameaça à vida das pessoas". Em outra, diz, que com o decreto sobre armas, Bolsonaro desagrada apoiadores e críticos

O Coronel da Reserva da PM, Luís Fernando Silveira de Almeida, acha que armar o "cidadão de bem" como resposta à violência, é uma ideia estúpida. É um argumento mais falacioso e inescrupuloso que já ouvi, diz Silveira de Almeida. "No ano passado, o Brasil registrou 59.103 mortes por crimes violentos letais e intencionais (CVLI). Na guerra da Síria, de 2017 a maio deste ano, portando cinco meses a mais, morreram 43 mil pessoas. Estamos em guerra, estamos em guerra!", afirma.

Daí, uma mente iluminada propõe como solução: mudar a legislação para armar o "cidadão de bem". A primeira pergunta: quem é o cidadão de bem? Quem decide, ou escolhe, ou elege o "cidadão de bem"? Obviamente, interesses políticos e comerciais norteiam o engodo de que armar as pessoas diminuirá o número de mortes, escreveu o Coronel da Reserva da PM em matéria publicada aqui.

Para o ex-deputado federal, Haroldo Lima, "Em um governo desatinado, isso parece ser um despropósito. Não diminuirá o número de homicídios, pelo contrário. A razão do decreto é outra. è uma grande vitória para a indústria de armas ter na Presidência da República um defensor do armamentismo. Por trás desse decreto há grandes interesses econômicos, o que menos preocupa esse governo é a vida dos brasileiros". Assista ao vídeo abaixo:


Para entender melhor quando o ex-deputado fala que, "por trás desse decreto há grandes interesses econômicos", basta ler a matéria escrita por Luis Nassif com o título "Xadrez da indústria de armas e o financiamento da direita", publicado no jornal GGN nesta quarta-feira (16). A conclusão do texto diz o seguinte: 

"A decisão de Jair Bolsonaro, de revogar o estatuto do desarmamento, e escancarar o mercado para importações de armamentos, atende a todas as demandas da NRA [National Rifle Association of America, organização que tem entre seus objetivos a promoção dos direitos dos proprietários de armas de fogo]. 

E, assim como por lá [nos EUA], recorreu-se a toda sorte de notícias falsas, como na inacreditável entrevista de Onix Loenzoni à Globonews, comparando acidentes com armas a liquidificadores, manipulando estatísticas, distorcendo conclusões. Ou na entrevista de Sérgio Moro, procurando legitimar as barbaridades do governo Bolsonaro, com um óbolo a ser pago à opinião pública para conseguir passar as reformas condenadas pela opinião pública. Um autêntico circo romano, sangrento e irresponsável". 


Imagem: reprodução

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