A ficha corrida do novo presidente da CBF
Um dos casos mais importantes envolve a Comissão da Verdade, pois Nunes é militar. O novo cartola foi um dos beneficiados coma a anistia dos crimes cometidos pela ditadura. Outro episódio lamentável aconteceu numa votação para escolha de sede da Copa de 2026. O combinado era que os 10 países da Conmebol votassem pela candidatura dos EUA.
Mas a ficha corrida de Nunes remonta aos anos 1970. Segundo reportagem de 2016 da Agência Pública, à época, Nunes recebia R$ 14.768 de salário da Força Aérea como anistiado, "vítima de ato de exceção de motivação política". Márcio Thomaz Bastos, concedeu, além das prestações mensais, uma indenização retroativa de R$ 243.416,25.
Porém, os registros das Forças Armadas, da Polícia Militar do Pará e a história de vida de Antônio Carlos Nunes mostram quadro oposto ao de alguém oprimido nos anos do Regime Militar. Nunes teve seis promoções em 24 anos e quatro delas foram na Ditadura.
"Em maio de 1971, vem a prova definitiva de confiança do regime em Antônio Carlos Nunes de Lima: é nomeado comandante da Companhia Independente da Polícia Militar de Santarém (CIPM), atual 3º Batalhão (PM/PA), onde fica até abril de 1974", conta Castro.
Estratégica para o governo, Santarém era uma das cidades mais vigiadas no começo dos anos 1970. Em 21 de setembro de 1969, o governo, através do Decreto-Lei 866, inclui Santarém com 'Área de Segurança Nacional'". Nunes era o comandante da PM de Santarém nessa época.
Imagem: reprodução

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