Luís Nassif: "definitivamente, Bolsonaro virou carta fora do trabalho"
Com malandro-que-se-faz-de-louco que é, sabe que Alexandre de Moraes continuará com a bala de prata, pronto para atirar no primeiro filho a qualquer novo exagero retórico.
Além disso, depois da enorme mobilização para os comícios de São Paulo e Brasília, para a invasão da praça dos Três Poderes, e de ver dois dias depois o chefe maior se humilhando perante os adversários, que seguidor repetirá o ato de solidariedade?
Definitivamente, Bolsonaro virou carta fora do trabalho.
A partir de agora, em cima do vácuo criado pelos episódios, haverá dois movimentos políticos relevantes.
Do lado dos Centrões - o político, o militar e o jurídico - a tentativa de reconstruir o pacto com Supremo e com tudo, para enfrentar o adversário comum: a candidatura de Lula. E, principalmente, para terminar a obra de desconstrução nacional, consolidando o grande negócio da privatização.
A direita órfã, que provavelmente irá desaguar ou no PSDB - espelho sociável do bolsonarismo - ou nos DEMs da vida. E se limitará a louquinhos de palanque.
Agora, o Brasil velho de guerra volta a se manifestar. O pacto será a imagem de Michel Temer, a melhor tradução do país institucional. O presidente que foi gravado indicando um intermediário para um encontro com o subornador: o intermediário gravado saindo do encontro com uma pasta com R$500 mil, o político pequeno, encantador do baixo clero, o deputado eleito pelo jogo do bicho, que passou toda sua vida política se alimentando do feudo do porto de Santos, voltará a frequentar o panteão dos grandes nomes nacionais.
Leia a íntegra do xadrez no portal GGN.
Via: Brasil 247
Imagem: reprodução/Foto: Alan Santos/PR-Brasil 247

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