Carta de Foz do Iguaçu - 1º encontro mundial de blogueiros
A cidade de Foz do Iguaçu-PR, foi sede do 1º Encontro Mundial de Blogueiros. O evento organizado pelo Instituto Barão Itararé, de estudos de mídia alternativa, realizado entre os dias 27 a 29 de outubro, teve o patrocínio da Itaipu Binacional, da Petrobras e da Sanepar, e promoção da Altercom. Apoiaram a iniciativa, as entidades: UNILA, Fundação Banco do Brasil, Loumar Turismo, Cataratas do Iguaçu S/A, portal Clickfoz e TAM.
Contou com a presença de de 468 ativistas digitais, jornalistas, acadêmicos e estudantes, de 23 países e 17 estados brasileiros, solidificando a importância das novas mídias, composta de sites, blogs e redes sociais.
O encontro evidenciou que essas novas mídias podem ser um instrumento essencial para o fortalecimento e aperfeiçoamento dos ideais da democracia, reafirmando como prioridades:
- A luta pela liberdade de expressão, que não se confunde com a
liberdade propalada pelos monopólios midiáticos, que castram a
pluralidade informativa. O direito humano à comunicação é hoje uma
questão estratégica;
- A luta contra qualquer tipo de censura ou perseguição política dos
poderes públicos e das corporações do setor. Neste sentido, os
participantes condenam o processo de judicialização da censura e se
solidarizam com os atingidos. Na atualidade, o WikiLeaks é um caso
exemplar da perseguição imposta pelo governo dos EUA e pelas corporações
financeiras e empresariais;
- A luta por novos marcos regulatórios da comunicação, que incentivem
os meios públicos e comunitários; impulsionem a diversidade e os
veículos alternativos; coíbam os monopólios, a propriedade cruzada e o
uso indevido de concessões públicas; e garantam o acesso da sociedade à
comunicação democrática e plural. Com estes mesmos objetivos, os Estados
nacionais devem ter o papel indutor com suas políticas públicas.
- A luta pelo acesso universal à banda larga de qualidade. A internet é
estratégica para o desenvolvimento econômico, para enfrentar os
problemas sociais e para a democratização da informação.
O Estado deve garantir a universalização deste direito. A internet não pode ficar ao sabor dos monopólios privados.
- A luta contra qualquer tentativa de cerceamento e censura na
internet. Pela neutralidade na rede e pelo incentivo aos telecentros e
outras mecanismos de inclusão digital. Pelo desenvolvimento independente
de tecnologias de informação e incentivo ao software livre. Contra
qualquer restrição no acesso à internet, como os impostos hoje pelos EUA
no seu processo de bloqueio à Cuba.
Participaram do evento, com depoimentos marcantes, personalidades como: Kristinn Hrafnsson, porta voz do Wikileaks; Ignácio Ramonet, teórico da comunicação e criador do Le Monde Diplomatique; e o jornalista Luis Nassif. Leia aqui, e aqui, sobre os seus depoimentos.
O encontro encerrou-se com um debate sobre a liberdade de expressão e a democratização da comunicação.
Acesse o site oficial.
Imagem: clickfozdoiguacu.
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