quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Crime e (in)justiça - é bom lembrar

justiça
Graças a um habeas corpus concedido por um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) chamado Gilmar Mendes, um dos maiores criminosos deste país está livre como um pardal. O médico Roger Abdelmassih, condenado pela justiça a 278 anos de prisão por violentar mais de 60 mulheres, fugiu para o Líbano. O Brasil não tem tratado de extradição com o Líbano. Ninguém lembrou de resgatar seu passaporte. Por lá deve ficar um bom tempo, até que a justiça resolva tomar as providências cabíveis.
Como aconteceu com o banqueiro Cacciola, outro da mesma estirpe e caráter, que praticou uma série de crimes de corrupção e desvio de fortunas causando um prejuízo incalculável ao erário público. Há também uma outra figura que a mídia esqueceu. Daniel Dantas, preso pela Polícia Federal, uma, duas, três vezes e solto pela decisão do mesmo ministro quantas vezes foi preciso. Ambos, em termos de criminalidade e banditismo demonstraram serem capazes de colocar no chinelo qualquer um dos réus condenados implacavelmente pela Suprema Corte na ação penal 470. Esta Ação que terá possíveis desdobramentos   ficou conhecida como o processo do “Mensalão”.

Quem acompanhou o desenrolar do julgamento pode observar o ministro Gilmar Mendes falar com postura teatral sobre o desvio do montante de R$ 73 milhões de reais via Banco do Brasil/Visanet. Segundo a "blogosfera", o desvio de todo esse dinheiro é questionável. Informações de sites e blogs não integrantes aos grandes órgãos de imprensa, dão conta de que nos autos do processo consta que grande parte dessa quantia teve destino certo. Um dos mais importantes patrocínios do BB foi o da seleção brasileira de vôlei. A própria rede Globo teve participação expressiva nesse patrocínio com a promoção dos eventos da equipe.

Fica muito difícil para um cidadão de bem, leigo, compreender até onde se pratica a verdadeira justiça neste país quando acusados ou réus, são homens públicos poderosos ou políticos importantes.

Lembre também do Carlinhos Cachoeira. Outro mafioso condenado pela justiça a vários anos de prisão, que inexplicavelmente nesse entra e sai da cadeia vive como se fosse uma celebridade injustiçada, e ainda ovacionado pela mídia. Cachoeira, formava dupla com  V. Exª Demóstenes Torres na prática de pequenos, grandes e inimagináveis atos de corrupção. O ex-senador tido como paladino da ética e dos bons costumes, tratava das falcatruas da quadrilha do "empresário" no Congresso Nacional, formada por eminentes políticos e personalidades do setor privado, inclusive da grande mídia.
  
E mais incompreensível ainda, é que determinados julgadores valendo-se da debilidade do sistema judiciário brasileiro, possam se locupletar do poder que lhes foi confiado ao seu bel prazer. Usando-o para atender a interesses particulares, tão obscuros quanto escusos, em detrimento dessa (in)justiça que vemos acontecer em nosso país. A máxima mais comum em relação ao Estado de Direito, é que a justiça é cega. Ela também prevê a verificação imparcial dos dois lados da moeda. Um deles vem sendo constantemente negligenciado em todas as esferas dos tribunais.


Imagem: reprodução/Internet


              
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