Vacina de Oxford para Covid-19 é segura e funciona, dizem cientistas
A vacina, desenvolvida pela universidade em parceria com a biofarmacêutica anglo-sueca AstraZeneca, é uma das opções que estão na fase três de testes, diz a Organização Mundial de Saúde (OMS).
O estudo aponta que a resposta imune chamada de célula T é produzida 14 dias após uma primeira dose e os anticorpos apareceram depois de 28 dias. A segunda aumenta a imunidade.
"Exatamente o tipo de resposta que esperávamos", declarou Andrew Pollard, professor de pediatria na Universidade de Oxford, falando sobre os resultados.
Os efeitos colaterais constatados foram pequenos e puderam ser reduzidos com os pacientes tomando paracetamol. Entre eles estão a fadiga (em 70% dos que tomaram a vacina contra a covid-19) e dores de cabeça (em 68% dos que tomaram). Outros efeitos incluem dores musculares, calafrios e estado febril.
Outros estudos serão feitos, incluindo em grupos mais vulneráveis como idosos, para testar a segurança. Apesar da criação da resposta imune, ela foi medida em laboratório e ainda são necessários mais testes para confirmar, de fato, se a vacina impede a infecção, esclarecem os cientistas. Isso deve acontecer na fase 3 em andamento.
Corrida pela vacina
Segundo a OMS, há 163 vacinas em teste contra o coronavírus, 23 destas na fase de testes em humanos. Os dados são de balanço apresentado no último dia 14.
O vacinologista de Oxford Adrian Hill diz que é difícil comparar a efetividade das várias vacinas que estão sendo testadas, já que os parâmetros não são os mesmos. "Gostaríamos de testar as outras vacinas no nosso laboratório", afirma.
A produção de vacina tem três etapas. Na fase um, há avalização preliminar com poucos voluntários adultos, que são monitorados. Na fase dois, centenas de participantes são incluídos nos testes, que indicam informações sobre doses e horários que serão adotados na fase seguinte. Os pacientes são escolhidos de maneira aleatória e são bem controlados pelos cientistas. A expectativa é ter uma avaliação definitiva da eficácia e da segurança da vacina para só então acontecer o registro sanitário.
Embora os estudos avancem em várias partes do mundo, o prazo de 12 a 18 meses para liberação é considerado um recorde. A vacina mais rápida já criada, a da caxumba, levou pelo menos quatro anos para ficar pronta.
Fonte: Correio24horas
Imagem: reprodução
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['Não precisamos esperar por uma vacina, podemos salvar vidas agora', diz diretor-geral da OMS sobre a pandemia: (...) "Não precisamos esperar por uma vacina, podemos salvar vidas agora", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanon, afirmando que é urgente os países aplicarem a técnica do rastreamento dos contatos dos pacientes infectados pelo coronavírus. "Nenhum país conseguirá controlar sua epidemia se não souber onde está o vírus", orientou Tedros. "O rastreamento de contatos é essencial para localizar e isolar casos, além de identificar e colocar em quarentena os seus contatos."]
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