Quem eram os 11 de Bolsonaro? Por Moisés Mendes
Por Moisés Mendes, em seu blog - No dia 22 de maio, Bolsonaro bateu na mesa diante dos seus generais, gritou palavões e anunciou que tomaria o Supremo. Na sua cabeça, ainda sem cloroquina, ele tinha certeza de que seria possível mandar o cabo e o soldado num jipe e, logo atrás, numa Kombi, os 11 substitutos para os ministros que seriam derrubados.
A reportagem de Monica Gugliano na revista Piauí conta como foi a cena que está fazendo muita gente rir. Por achar que poderia ter o celular confiscado por ordem do ministro Celso de Mello, o sujeito anunciou:
- Vou intervir.
Claro que era um blefe para jogar para a torcida fardada que estava na sala. Duas dúvidas são acionadas pelo blefe. A primeira: como Bolsonaro iria fechar o Supremo? A segunda: quem tomaria o lugar dos 11 ministros?
Monica conta que os substitutos poderiam ser civis ou militares. Bolsonaro tinha uma lista?
Eduardo Pazuello, se é hoje ministro interino da Saúde, poderia ter sido também ministro interino do Supremo? Onix Lorenzoni poderia ocupar o lugar de Edson Fachin? E o véio da Havan? E Osmar Terra?
Quem são os civis que topariam ocupar o lugar de Celso de Mello, Marco Aurélio, Gilmar Mendes?
De onde Bolsonaro tiraria nomes que topassem uma empreitada condenada a se transformar num fiasco?
O texto de Monica se baseia em informações de gente que estava na reunião. São Quatro informantes. Dois eram figurantes no local do teatro.
É talvez a cena definitiva da figura patética do Bolsonaro garganteiro e dos que estão no seu entorno.
Generais da ditadura teriam vergonha dos parceiros que o sujeito reuniu para governar e blefar.
A Piauí liberou o link da reportagem para não-assinantes. Está logo abaixo:
Imagem: reprodução
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[PS do blog do Guara: Confira abaixo o vídeo com a opinião do jornalista Bob Fernandes, incluindo posicionamento sobre este assunto, e outros fatos importantes da política envolvendo o governo Bolsonaro nos últimos dias]

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